Resumo
A política de indexaçâo construida a partir dos objetivos e características de cada ins- tituiçào otimiza o tratamento temático da informaçào e assegura a qualidade tanto da indexaçâo quanto da recuperaçào por assunto. Para tanto, este estudo tem por objetivo, investigar a realidade organizacional e comunicacional da Coordenadoria de Comunicaçào Social da Universidade Federal de Sào Carlos (CCS-UFSCar), Brasil, a partir do contexto sociocognitivo de profissionais da informaçào e usuarios, tendo em vista o estabelecimento de diretrizes para a elaboraçào de urna política de indexaçâo de sistemas automatizados junto as Coordenadorias de Comunicaçào Social em am- bientes universitarios brasileiros. Os resultados demonstraram que a CCS-UFSCar nào possui urna política e ,nem mesmo, um guia para sistematizar o processo de in- dexaçâo de clippings. Assim, sugeriu-se à unidade o desenvolvimento de urna política e de um manual de indexaçâo para clippings a partir de suas peculiaridades.
Palavras chave: política de indexaçâo; coordenadoria de comunicaçào social; trata- mento temático de clippings; protocolo verbal.
Resumen
La política de indización construida a partir de los objetivos y características de cada institución optimiza el tratamiento temático de la información y asegura la calidad tanto de la indización tales como de la recuperación por materia. Por lo tanto, este es- tudio tiene como objetivo investigar la realidad de la organización y de comunicación de la Coordinación de Comunicación Social de la Universidad Federal de Sào Carlos (CCS-UFSCar), Brasil, en el contexto sociocognitivo de los profesionales y usuarios de información con el fin de establecer directrices para la elaboración de una política para la indexación automática de Coordinación de Comunicación Social en ambientes universitarios brasileños. Los resultados demuestran que la CCS-LTFSCarno tiene una política y una guía para el proceso sistemático de recortes de periódicos. Por lo tanto, se sugirió para la unidad, el desarrollo de una política y de un manual de indización para los recortes de periódicos por medio de sus peculiaridades.
Palabras clave: política de indización; coordinación de comunicacipon social; trata- miento temático de la información; protocolo verbal.
Cómo citar este artículo: KOCHANI, Ardala Ponce, BOCCATO, Vera Regina Ca- sari, RUBI, Milena Polsinelli. Política de indexaçâo para clippings: otimizaçâo do tratamento temático em coordenadorias de comunicaçào social brasileiras. Revista Inter americana de Bibliotecología, 2012, vol. 35, no. 3, pp. 257-273.
Policy index to clippings: optimization of treatment of the theme in brazilian social communication coordinations
Abstract
The indexing policy constructed from the objectives and characteristics of each institution optimizes the thematic treatment of information and ensure the quality of both the indexing as a retrieval by subject. Therefore, this study aims to investigate the reality of organizational and communicational of the Coordination of Social Communication of the Federal University of São Carlos (CCS-FUSCar), Brazil, from sociocognitive context of the information professionals and users, for the elaboration of a indexing policy of automated systems of Coordination of Social Communication in brazilian university environments. The results showed that the CCS-FUSC does not have a policy and a guide for the systematize the process of clippings indexing. So, we are suggesting to unit the developing of a policy and of a manual of indexing for clippings by their peculiarities.
Keywords: indexing policy; social communication coordina- tion; thematic treatment of clippings; verb protocol.
How to cite this article: KOCF1ANI, Ardala Ponce, BOCCA- TO, Vera Regina Casari, RUBI, Milena Polsinelli. Política de indexaçào para clippings: otimizaçào do tratamento temático em coordenadorias de comunicaçào social brasileiras. Revista IntcramcricamdcBibliotccoíogia, 2012, vol. 35, no. 3, pp. 257-273
1. Introduçào
A Ciencia da Informaçào (CI), vista como urna ciencia social aplicada, dialoga com outras ciencias, entre as quais se destaca as Ciencias da Comunicaçào (CC), na busca de teorías e metodologías inovadoras que permi- tem o tratamento, a transferencia e uso da informaçào por usuarios locáis e remotos em diferentes sistemas de recuperaçào e ambientes de informacionais. A interdis- ciplinaridade existente entre essas duas ciencias (CI e CC) é evidente, pois ambas apresentamo mesmo objeto de estudo: a informaçào.
Para Le Coadic (2004, p. 4) a informaçào é "[...] umco- nhecimento inscrito (registrado) em forma escrita (im- pressa ou digital), oral ou audiovisual, em um suporte"; urna vez que ela percorre os caminhos da comunicaçào - destaque para o clipping como instrumento informa- cional interlocutor entre a Ciencia da Informaçào e as Ciencias da Comunicaçào.
O clipping é urna ferramenta usada para diversas finalida- des: utilizado como documento e repositorio de memo- ria enquanto guarda informaçôes históricas através de noticias, semelhante às hemerotecas de bibliotecas; ele é importante para a compreensào do fluxo informacional, já que serve de feedback aos releases enviados à imprensa televisiva e radiofónica; bem como instrumento de ges- tào estratégica da informaçào, pois também é um subsi- diador para o gerenciamento da imagemda instituiçào.
Resultados de pesquisas realizadas no contexto de bi- bliotecas universitarias (FUJITA; RUBI; BOCCATO, 2009) indicam sobre a necessidade de sistematizaçào do processo e dos procedimentos de indexaçào, a partir da construçào de urna política de indexaçào que propi- cie a qualidade tratamento temático, visando o alcance de recuperaçôes de informaçôes úteis pelos usuarios de bibliotecas.
No ámbito das Coordenadorias de Comunicaçào Social em ambientes universitarios, essa realidade também é presenciada (KOCFIANI, BOCCATO, RUBI, 2011), re- querendo, assim, urna política de indexaçào desenvol- vida no contexto administrativo de cada urna délas e que reflita os seus objetivos organizacionais e suas par- ticularidades gerencias, informacionais, tecnológicas e culturáis, aspectos norteadores no tratamento temático dos clippings realizado pelos profissionais da informaçào.
Diante do exposto, este estudo tempor objetivo inves- tigar a realidade organizacional e comunicacional da CCS-LTFSCar, a partir do contexto sociocognitivo de profissionais da informaçào e usuários, tendo em vista o estabelecimento de diretrizes para o possível estabe- lecimento de urna política de indexaçào para sistemas automatizados de Coordenadorias de Comunicaçào Social em ambientes universitários.
2. O diálogo entre a ciencia da informaçào e as ciencias da comunicaçào
Durante muito tempo as ciéncias e seus pensadores apontavam a "interdisciplinaridade,, como um fator fragmentador do conhecimento. Já a partir do século XX, com o grande crescimento de informaçôes, as re- laçôes interdisciplinares passaram a ser urna prática entre as ciencias, pois o conhecimento especializado já nâo explicava com mais afinco as problemáticas cientí- ficas e sociais.
A ciencia pós-moderna permitiu "[...] urna concepçào menos fechada e limitada, mas instaurada a aproxima- çào dos saberes" (DALEVEDOVE, 2010, p. 35) susten- tando assim, nesse novo paradigma, novas formas de concepçôes do conhecimento. A partir de entáo, nessa sociedade contemporánea, ser especialista em um de- terminado assunto nào significava deter de um conheci- mento rico. É neste novo paradigma que a complexida- de das disciplinas e suas interlocuçôes estào pautadas, surgindo, assim, os "temas transversals", tambémdeno- minados interdisciplinares.
A interdisciplinaridade entre campos do conhecimento pode ocorrer em níveis diferentes, conforme aponta Ja- piassu (1976): multidisciplinar, pluridisciplinar, ínter- disciplinar e transdisciplinar. No contexto deste estudo, considera-se o nivel da interdisciplinaridade, que abran- ge disciplinas que estào em contextos hierárquicos dife- rentes, mas que apresentamobjetivos comuns entre elas.
Para Nicolescu (1998), a interdisciplinaridade refere-se à transferencia dos métodos de urna disciplina à outra, podendo ser identificado très graus de ocorrências, as- sim exemplificados:
1) um grau de aplicaçào, quando acontece a transfe- rencia dos métodos da Física Nuclear para a Medicina, resultando no aparecimento de novos tratamentos de cáncer;
2) um grau epistemológico, quando sao transferidos os métodos da Lógica Formal para a área do Direito, ge ran- do análises interessantes da epistemología do Direito;
3) um grau de geraçào de novas disciplinas, observa- do quando sào transferidos os métodos da Matemáti- ca para a Física na geraçào da Física Matemática e, na transferencia de métodos da Física de Partículas para a Astrofísica, produzindo-se a Cosmología Quántica.
Entende-se que o movimento interdisciplinar nào pre- tende subestimar a especializaçào disciplinar ou, se quer, frear o desenvolvimento do conhecimento huma- no. Fal movimento consiste em agregar, ampliar, coo- perar, aproximar e dinamizar os estudos e saberes da sociedade.
Diante de tais colocaçôes, entende-se que a Ciéncia da Informaçào se insere no campo interdisciplinar do co- nhecimento, pois, para muitos autores (SHERA, 1968; OFLEF, 1934) ela se desenvolveu a partir de influéncias de duas importantes disciplinas: a Biblioteconomia e a Documentaçào.
No contexto da Biblioteconomia e na perspectiva nor- te-americana das teorías de Shera (1968), a CI volta-se "[...] na produçào de produtos de organizaçào e repre- sentaçào do conhecimento,\ No ámbito Documentaçào, comOtlet (1934), ela concentra-se na "[...] busca de me- todologías que propiciassema consisténcia dos proces- sos [...]" documentais, tais como o tratamento temático da informaçào. (BOCCAFO, 2009, p. 111).
Nessa perspectiva, pode-se observar na CI um compo- nente de ciéncia pura quando indaga o assunto semter em conta a sua aplicaçào e um componente de ciéncia aplicada quando se propóe a desenvolver serviços e pro- dutos. Nessa ótica, a Biblioteconomia e a Documenta- çào sào áreas colaborativas de sua formaçào epistêmica.
Re visitando-se também o estudo clássico de Borko (1968), vé-se a CI como a disciplina que investiga as propriedades e o compórtamento da informaçào, as for- ças que regem o fluxo informacional e os meios de pro- cessamento da informaçào, para a otimizaçào do acesso e uso. Ela está relacionada a um corpo de conhecimen- to que abrange a origem, coleta, organizaçào, arma- zenamento, recuperaçào, interpretaçào, transmissào, transformaçào e utilizaçào da informaçào, incluindo a investigaçào, as representaçôes da informaçào tanto no sistema natural como no artificial, o uso de códigos para urna eficiente transmissào de mensagens e o estudo de serviços e técnicas de processamento da informaçào e seus sistemas de programaçào.
O autor aínda reforça o caráter interdisciplinar que a CI possui, demonstrando sua derivaçào e seu relaciona- mento comvários campos do conhecimento, exemplifi- cados pela Matemática, Lógica, Lingüística, Psicología, Fecnologia computacional, Artes Gráficas, Comunica- çào, Bblioteconomia, Documentaçào e demais áreas si- milares. (Grifos nossos).
Para Saracevic (1996, p. 47)
A CIENCIA DA INFORMAÇÀO é um campo dedi- cado às questöes científicas e à prática profissional voltadas para os problemas da efetiva comunicaçào do conhecimento e de seus registros entre os seres huma- nos, no contexto social, institucional ou individual do uso e das necessidades de informaçào. No tratamento destas questöes sào consideradas de particular inte- resse as vantagens das modernas tecnologías informa- cionais.
Le Coadic (2004, p. 17) expöe que a CI baseia-se emtrês conceitos: conhecimento, comunicaçào e informaçào. O autor salienta aínda que ela concentra os seus esforços em estudar "[...] as propriedades da informaçào e os processos de sua construçào, comunicaçào e uso.'\ bem como, influenciada pelo desenvolvimento das "ativida- des científicas,\ do aparecimento das "industrias da in- formaçào,, e das "novas tecnologías eletrônicas,\ (Grifo nosso).
Pode-se notar que as definiçôes apresentadas sobre a CI, tratam da informaçào como um fenómeno sob os seus aspectos científico, prático-profissional e interdis- ciplinar; ela recebe das Ciencias Sociais e das Ciencias da Comunicaçào os seus traços identificadores e no uso das tecnologías seu enfoque principal.
Sobre as Ciencias da Comunicaçào, ela possui seus tra- ços delineados desde a antiguidade, aproximadamente nos meados do século II a.C.. Influenciada pela Filosofía e pelos estudos de Aristóteles, ela aborda "[...] o proces- so de transmissào de informaçôes, sobretudo pela ótica da persuasào e da influencia de um interlocutor em seu meio social.,, (JANUÁRIO, 2010, p. 156).
Todavía, Shannon (1949, p. 31) aponta que o problema fundamental da comunicaçào era o de se reproduzir de um dado ponto a mensagem selecionada à um ou- tre ponto. No final da década de 1940, Shannon, jun- tamente como Weaver, elaboram urna teoría que nào contempla "conceitos e pressupostos teóricos, mas sim urna sistematizaçào do processo comunicativo a partir de urna perspectiva puramente técnica e quantitativa" (ARAÚJO, 2003, p.121). Esse modelo denominado Teo- ría da Informaçào ou Teoría Matemática da Comunica- çào é fundamentalmente urna formulaçào matemática, que propicia a expansào direta da industria das teleco- municaçôes durante o período do pós-guerra. Refere-se essencialmente ao estudo quantitativo da informaçào em mensagens e dos fluxos de informaçào entre emis- sores e receptores, com aplicaçôes muito práticas ñas Ciéncias Eletrónicas da Comunicaçào, ñas quais é ne- cessário computar quantidades de informaçào e pro- jetar canais, transmissores, receptores e códigos que facilitem a manipulaçào eficiente da informaçào. Além disso, contribuí para a compreensào da comunicaçào social ao proporcionar urna útil conceituaçào da natu- reza da informaçào Figura 1.
Tal iniciativa teórico-prática contribuiu para que estu- diosos entendessemas CC como a ciéncia que estuda as questöes que envolvem a produçào, o tratamento e os efeitos comunicaçào. (SERRA, 2007, p.10).
A CC consolidou-se como um "paradigma dominan- te" caracterizada pelos seus aspectos epistemológico, ontológico, metodológico e político (SERRA, 2007, p. 29). "Esta visào das ciéncias da comunicaçào nào nega que, e como se afirma correntemente, elas constituam umespaço interdisciplinar [...] que trabalha emconjun- to com outras disciplinas, relevado neste estudo pela Ciéncia da Informaçào,\
Sob essa vertente, Januário (2010, p. 157) cita a pers- pectiva de Pierre Lévy (2007) a respeito dos estudos da comunicaçào a partir de "instrumentos simbólicos,\ apontando que existiram cinco estágios de comunica- çào simbólica: 1) a oralidade (memoria oral); 2) a escrita (signos ideográficos); 3) o alfabeto (universalizaçào e digitalizaçào da escrita); 4) os meios de comunicaçào de massa (informaçào e democracia); 5) o ciberespaço (capacidade de açào autónoma).
Consequentemente, os processos ou estágios de comu- nicaçào ocupam parte importante do tempo de estudo dos cientistas da comunicaçào. A comunicaçào é, por- tante, o processo intermediario que permite a troca de informaçôes entre pessoas [...] é um ato, um processo, um mecanismo, e que a informaçào é umproduto, urna substancia, urna materia. (LE COADIC, 2004, p. 11).
Assim, concorda-se com a citaçào do autor Januário (2010, p. 8) ao afirmar que interdisciplinaridade entre a CI e as CC
mostra-se a partir de varias dimensöes, citando-se acima apenas duas délas. De um modo geral, para a CI a informaçào é um fenómeno, enquanto que para Comunicaçào é um processo. Porém, um fenómeno precisa de um processo para se efetivar, enquanto que um processo precisa de urna origem - nesse caso o fenómeno informaçào - para ter o qué processar. Ambas estào interessadas na comunicaçào humana e este é um dos motivos pelos quais elas devem ser estudadas em conjunto, pois visam o mesmo fim - em aspectos diversos e/ou correlatos - mas com objetivos comuns. (Grifo nosso).
Dessa forma, vé-se urna aproximaçào histórica entre os campos da Ciencia da Informaçào e das Ciencias da Co- municaçào determinada a partir de dois latos: 1) da pro- pria trajetória histórica que caracteriza tais disciplinas e das ciencias em geral e; 2) da necessidade de inves- tigaçào do processo comunicacional em consonancia com o pressuposto da importancia da recuperaçào da informaçào. (FREIRES, 2007, p. 133,135-136).
A partir desse consenso, destaca-se a ferramenta infor- macional dos clippings, que de acordo com Rabaça e Bar- bosa (2001, p. 138) é um
Serviço de apuraçào, coleçào e fornecimento de recor- tes de jomáis e revistas sobre determinado assunto, so- bre as atividades de urna empresa ou instituiçào, sobre determinada pessoa etc. E realizado geralmente pela área de comunicaçào [...] da organizaçào, pela agência de [...] publicidade que atende à empresa ou por uma agência especializada nesse tipo de serviço [...].
Ao abordar o clipping pode-se estabelecer um paralelo entre ele e a hemeroteca, que, no campo da Biblioteco- nomia "[...] refere-se a um acervo de jornais e revistas, de modo que apresente urna determinada organizaçào técnica que facilite o processo de busca e recuperaçào da informaçâo,, (MEDEIROS; MELO; NASCIMENTO, 2008, p.8) (Grifo nosso).
Convém notar que tanto o acervo de clippings quanto o acervo das hemerotecas estào indissociavelmente vinculadas ao desenvolvimento de processos e proce- dimentos de tratamento temático da informaçào com vista a sua recuperaçào por usuarios locáis e remotos em sistemas automatizados de diferentes unidades de informaçào, exemplificadas pelas Coordenadorias de Comunicaçào Social.
3. As coordenadorias de comunicaçào social como unidades de informaçào jornalística
As Coordenadorias de Comunicaçào Social (CCSs) tém por finalidade estabelecer as políticas de comunicaçào da instituiçào em se encontram vinculadas, sejam elas de caráter público (universidades, setores governamen- tais, entre outras.) ou privadas, como foco no planeja- mento estratégico e ñas açôes que possibilitam a busca pela exceléncia da instituiçào e sua interaçào coma so- ciedade.
Encontram-se diferentes denominaçôes para as CCSs, tais como: Diretoria de Comunicaçào, Assessoria de Comunicaçào, Coordenadoria de Comunicaçào Social e Marketing Institucional, Secretaria de Comunicaçào e Divulgaçào, Assessoria de Comunicaçào, Núcleo de Comunicaçào Social, Diretoria de Divulgaçào e Comu- nicaçào Social, Agência de Comunicaçào, Agência de Noticias, Secretaria de Comunicaçào e Multimeios, e entre outros. No entanto, possuem a mesma e funçào: administrar os processos de comunicaçào e intermediar a informaçào produzida pelo assessorado e seus consu- midores informacionais.
Para os autores Ferraretto e Ferraretto (2009, p. 153) as Assessorias de Comunicaçào Social apresentam:
Serviço especializado que coordena todas as ativida- des de comunicaçào entre um cliente e seus públicos, por meio do estabelecimento de urna política especí- fica e da aplicaçào de estrategias predefinidas, englo- bando açôes ñas áreas de jornalismo, relaçôes públi- cas e publicidade e propaganda.
No contexto deste estudo, enfocarse a Coordenadoria de Comunicaçào Social da Universidade Federal de Sao Carlos (CCS-UFSCar), departamento responsá- vel pela gestâo dos processos de comunicaçào e fluxo de informaçôes da universidade, a partir da elaboraçào de estrategias de divulgaçào que ampliem o alcance da UFSCar na mídia local, regional e nacional do Brasil e que atendam as expectativas das comunidades interna e externa da Universidade. Para isso, desenvolve diver- sos produtos, dentre eles o clipping. (UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÄO CARLOS, 2013).
O acervo de clippings da CCS-UFSCar é formado por noticias, notas e fotografías publicadas em meios de comunicaçào impressos e eletrônicos (jomáis, revistas, sites, etc.) referentes a assuntos sobre a Universidade e de interesse da comunidade académica (Figura 2). O processo manual de elaboraçào de clipping iniciou-se em 1998 e a partir de 2008 foi totalmente automatizado ge- rando os clippings eletrônicos, mais conhecidos por cli- ppings (clctronic clippings).
Dessa maneira, os clippings säo indexados para busca e recuperaçào no Sistema de Apoio à Comunicaçào Inte- grada (SACI), ambiente que permite a gestâo de infor- maçôes, conteúdos, produtos e veículos de comunica- çào. O SACI possui duas interfaces: Figura 3: interface de entrada de dados (de acesso regulamento), a quai é destinada aos profissionais da informaçào (iornalistas, bibliotecários) que produzem e registram os materials informativos no Sistema.
Figura 4: interface de busca (de acesso livre), a quai está disponível para toda a comunidade interna e externa à universidade que desejam realizar a busca e a recupe- raçào da informaçào jornalistica sobre a UFSCar e re- ferente a ela.
Atualmente, as noticias relativas à UFSCar que passam pelo processo de clipagem sào indexadas por meio de termos aleatorios que nào passam por uma padroniza- çào adequada. Dessa forma, com a indexaçào feita sem metodología e instrumentos apropriados, bem como, feita por profissionais que nào passam por treinamen- to, é muito provável que determinadas informaçôes nào sejam posteriormente recuperadas de forma precisa e eficaz por parte do usuario.
Nesse sentido, é de grande importancia a criaçào de uma política de indexaçào para essa organizaçào, jà que ela, como dito anteriormente, tem como um de seus principios o compromisso com a comunidade, tanto in- terna quanto externa à UFSCar, além da divulgaçào da informaçào ali produzida.
Por conseguinte, se torna necessário estabelecer dire- trizes para urna Política de Indexaçào dos clippings em ambientes universitarios. Para tanto, a qualidade da indexaçào e da recuperaçào da informaçào depende da qualidade do manual de indexaçào estabelecido dentro de urna açào administrativa a partir de urna Política de Indexaçào.
4. A política de indexaçào na perspectiva das coordenadorias de comunicaçào social de ambiente universitario
A Política de Indexaçào, de acordo com a autora Car- neiro (1985, p. 221)
deve servir como um guia para tomada de decisöes, deve levar em conta os seguintes fatores: característi- cas e objetivos da organizaçào, determinantes do tipo de serviço a ser oferecido; identificaçào dos usuarios, para atendimento de suas necessidades de informaçào e recursos humanos, materials e financeiros, que dé- limitant o funcionamento de um sistema de recupe- raçào de informaçôes.
Rubi (2004, p. 20) completa a afirmaçào de Carneiro explicando que "[...] a política de indexaçào nào deve ser vista como urna lista de procedimentos a serem se- guidos, e sim urna filosofía que reflete os interesses e objetivos da biblioteca" e/ou unidade de informaçào.
Assim, no contexto da Análise e Representaçào da In- formaçào, aborda-se o Traíamento Temático da Infor- maçào, ou seja, representaçào do conteúdo de um docu- mento por meio da análise documental.
A análise documental abrange très principáis opera- çôes: a análise, a síntese e a representaçào de conteúdos, as quais possibilitam as seguintes atividades: a classifi- caçào, elaboraçào de resumos, indexaçào e catalogaçào de assunto, com a finalidade da recuperaçào da infor- maçào.
Pautaremo-nos, neste momento, na operaçào de in- dexaçào que "[...] é o ato de descrever o conteúdo de um documento com termos representativos dos seus as- suntos e que constituem urna linguagem de indexaçào,, (ASSOCIAÇÀO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNI- CAS, 1992, p. 2).
Seguindo a mesma linha, o autor Chaumier (1988, p. 63) caracteriza a indexaçào como a [...] "operaçào que con- siste em descrever e caracterizar um documento, como auxilio da representaçào dos conceitos nela contidos". Aínda segundo o autor a indexaçào caracteriza-se como a parte mais importante da análise documental.
Lancaster (2004, p. 1) elucida que "[...] os processos de indexaçào identificamo assunto que trata o documento [...] e ela atua emdois momentos fundamentals: na lei- tura e na representaçào dos termos selecionados".
Na indexaçào pode-se elencar alguns fatores que in- terferem na sua qualidade, sào eles: fatores ligados ao profissional indexador; lato res ligados ao proprio docu- mento; fatores ligados à linguagem documental; fatores ligados ao processo e fatores ligados ao ambiente fisico.
A partir da exposiçào de Boccato (2010), detalha-se no Quadro 1, a seguir, os fatores que interferemna qualida- de da indexaçào.
Neste estudo, o foco está nos fatores ligados à Fingua- gem Documental, mais específicamente na política de indexaçào, ao entender-se que é um conjunto de pro- cedimentos que permite a qualidade tanto no momen- to do tratamento temático por parte dos profissionais quanto no momento da busca e recuperaçào da infor- maçào por parte dos usuarios.
De acordo coma autora Carneiro (1985, p. 221) a políti- ca de indexaçào
deve servir como um guia para tomada de decisóes, deve levar em conta os seguintes latores: característi- cas e objetivos da organizaçào, determinantes do tipo de serviço a ser olerecido; identificaçào dos usuarios, para atendimento de suas necessidades de informaçào e recursos humanos, materials e financeiros, que dé- limitant o luncionamento de um sistema de recupe- raçào de informaçôes.
Ao estabelecer urna política de indexaçào alguns requi- sitos devem ser destacados:
- a identificaçào da organizaçào à quai estará vincula- do o sistema de indexaçào;
- a identificaçào da clientela a que se destina o siste- ma;
- os recursos humanos, materials e financeiros. (CAR- NEIRO, 1985, p. 221)
Urna política de indexaçào tambémdeve conter os ele- mentos: Cobertura de assuntos; Seleçào e aquisiçào dos documentos-fonte; Processo de indexaçào; Escol- ha da linguagem; Capacidade de revocaçào e precisào do sistema; Estrategia de busca; Tempo de resposta do sistema; Forma de salda e Avaliaçào do sistema (CAR- NEIRO, 1985).
Combase na literatura, pode-se entender que a política de indexaçào deve ser desenvolvida a partir dos obje- tivos e especificidades de características de cada orga- nizaçào refletindo. Além disso, deve ser devidamente registrada em um documento oficial administrativo, um manual, permitindo urna descriçào sistemática das etapas da indexaçào com o objetivo de garantir tanto a qualidade desse processo como a posterior recuperaçào dos documentos indexados.
Assim, as autoras Rubi e Fujita (2003, p. 70) afirmam que
O manual de indexaçào de um sistema de informaçào constituí também sua documentaçào oficial, pelo lato de estar descrito em ordem lógica de etapas a serem seguidas para a análise de assuntos, por fornecer as regras, diretrizes e procedimentos para o trabalho do indexador e por conter os elementos constituintes da política de indexaçào adotada pelo sistema. Dessa ma- neira, é por meio dos manuais, principalmente, que a política de indexaçào do sistema poderá ser observada.
O livro "A indexaçào de livros: a percepçào de catalogado- res e usuários de bibliotecas Universitárias,,, organizado pela pesquisadora Mariângela Spotti Lopes Fujita, publi- cado no ano de 2009, fundamenta a importancia da cons- truçào de urna política de indexaçào, bemcomo, apresenta complementaçôes a respeito da construçào de urna políti- ca de indexaçào dos elementos que devem compor.
Neste, a autora Rubi (2009, p. 83-84) afirma que:
A política de indexaçào deve ser compreendida como urna decisào administrativa que reflita os objetivos da biblioteca, identificando condutas teóricas e práticas das equipes envolvidas no tratamento da informaçào da biblioteca para definir um padrào de cultura orga- nizacional coerente com a demanda da comunidade académica interna e externa. Além disso, a política de indexaçào deve estar descrita e registrada em manuais de indexaçào que possa ser constantemente avahada e modificada, se preciso.
A autora aínda, combase na obra de Carneiro (1985), ex- plana sobre alguns elementos que devem compor a polí- tica de indexaçào e suas influencias para a determinaçào de outros elementos. Os elementos que foramdetalhados por ela sào: exaustividade, especificidade, capacidade de revocaçào e capacidade de precisào do sistema.
Assim, diante no aporte teórico estudado detalha-se a seguir a metodología utilizada para o desenvolvimento deste estudo. A saber, aplicaçào do questionário técni- co-organizacional e da técnica introspectiva de coleta de dados do Protocolo Verbal.
5. Metodología
Esta pesquisa está articulada ao projeto de extensào "Organizaçào e gestào da inovaçào emprocessos e pro- dutos informacionais para a comunicaçào na UFSCar", coordenado pela Proía. Dra. Vera Regina Casari Bocea- to, tendo sido submetida e aprovada pela Pró-Reitoria de Extensào da Universidade Federal de Sao Carlos (ProEx-UFSCar), no Editai 2010 de Apoio as Ativida- des de Extensào, no Programa de Divulgaçào Científi- ca, Comunicaçào e Inclusào Social, com inicio das ati- vidades em março de 2010. Ela também foi submetida ao Comité de Ética em Pesquisa em Seres Humanos da Universidade Federal de Sao Carlos (CEP-UFSCar), tendo sido aprovada em reuniào realizada no día 01 de março de 2011, sob o parecer n° 133/2011.
A metodología escolhida e utilizada foi qualitativa- quantitativa com a aplicaçào da técnica de coleta de dados denominada de "Análise de Conteúdo", a qual caracteriza-se por ser
um método de tratamento e análise de informaçôes, colhidas por meio de técnicas de coleta de dados, con- substanciadas em um documento. A técnica se aplica à análise de textos escritos ou de qualquer comuni- caçào (oral, visual, gestual) reduzida a um texto ou documento. (CHI2ZOTTI, 1991, p. 98).
Dessa maneira, a metodología utilizada foi composta por dois instrumentos de coleta de dados: questionário técnico-organizacional e a aplicaçào da técnica intros- pectiva do Protocolo Verbal em Grupo (PVG).
O questionário técnico-organizacional foi enviado aos diretores/responsáveis de 53 Coordenadorias de Comu- nicaçào Social pertencentes às Universidades Federais Brasileiras vinculadas a Associaçào Nacional dos Di- rigentes das Instituiçôes Federais de Ensino Superior (ANDIFES) e foi composto por doze questöes entre abertas, fechadas e mistas. O objetivo da aplicaçào do questionário foi o de caracterizar o contexto técnico- -organizacional das unidades.
O Protocolo Verbal é urna técnica introspectiva de cole- ta de dados, caracterizada pela observaçào dos proces- sos mentais verbalizados espontáneamente durante a realizaçào de urna tarefa, apresenta duas modalidades: a individual e a em grupo. Neste estudo utilizou-se o Protocolo Verbal na modalidade em Grupo.
Emestudos da autora Fujita (2009, p. 51) indica que o Protocolo verbal é urna técnica que:
consiste em analisar todo processo de verbalizaçào do participante enquanto realiza sua atividade, com o mínimo de interaçào com o pesquisador. Essa exterio- rizaçào é gravada e transcrita literalmente, produzin- do protocolos verbais.
Aínda de acordo com a autora essa técnica introspecti- va de coleta de dados
permite a observaçào do processo de leitura porque o leitor verbaliza o conhecimento processual que possui para o desenvolvimento da atividade. O con- hecimento processual permite que a leitura seja cons- ciente, que o leitor perceba a forma como o texto está sendo lido e os níveis de compreensào atingidos por ele. Nesse contexto, o Protocolo Verbal fornece in- formaçôes sobre passos de processamento individual, tais como verbalizaçôes espontáneas e sequéncia de movimentos com os olhos, exteriorizando seus pro- céseos mentais e maniendo a sequéncia das infor- maçôes processadas.
Para a realizaçào da coleta de dados foi utilizado um gravador digital, no quai as declaraçôes dos sujeitos participantes deste estudo foram gravadas e posterior- mente transcritas na íntegra com vistas à eleiçào de categorías para a análise dos dados coletados. Os su- jeitos participantes compuseram um grupo de pessoas constituido por: diretor CCS-UFSCar, um indexador de clippings, um usuario interno e um usuario externo do sistema automatizado de recuperaçào de clippings, de- nominado Sistema de Apoio à Comunicaçào Integrada (SACI), utilizado pela unidade. A coleta foi realizada na propria unidade, sendo importante destacar que os nomes dos sujeitos utilizados ñas transcriçôes sào fic- ticios, a fim de manter o sigilo sobre a identidade dos sujeitos participantes.
A análise dos dados coletados pelo protocolo verbal em grupo foi efetuada mediante o estabelecimento de dez categorías a partir da fundamentaçào teórica, dos obje- tivos e das declaraçôes emitidas pelos sujeitos partici- pantes da pesquisa, a saber: 1) Importancia do processo de indexaçào e da elaboraçào de resumo; 2) Procedi- mentos para indexaçào; 3) Processo de recuperaçào da informaçào; 4) Linguagem documental; 5) Capa- cidade de revocaçào e precisào do sistema; 6) Avalia- çào do Sistema de Apoio à Comunicaçào Integrada; 7) Fontes de informaçào para a elaboraçào dos clippings; 8) Forma de apresentaçào e divulgaçào dos clippings; 9) Po- lítica de indexaçào e manual de política de indexaçào; 10) Valorizaçào do bibliotecario indexador.
6. Resultados e discussào
Os resultados apresentados sào referentes à análise in- terpretativa dos dados do questionário-técnico organi- zacional aplicado aos diretores/responsáveis das Coor- denadorias de Comunicaçào Social das Universidades Federais Brasileiras e da análise do protocolo verbal em grupo realizado com os sujeitos no ambiente da CCS- -UFSCar em comparaçào com a literatura em Ciencia da Informaçào.
A partir da construçào do referencial teórico observou- se a interlocuçào entre a Ciencia da Informaçào e as Ciencias da Comunicaçào, com vistas ao objeto infor- maçào. Identificou-se, também, a importancia do trata- mentó temático dos clippings, bemcomo, identificou-se os elementos norteadores para a construçào de urna po- lítica de indexaçào que sistematize e otimize tal trata- mento em sistemas automatizados de Coordenadorias de Comunicaçào Social, objetivando a recuperaçào da informaçào por parte dos usuarios.
Apresenta-se agora a análise dos resultados alcançados a partir do questionário técnico-organizacional aplicado a cinquenta e très diretores/responsáveis das Coordena- dorias de Comunicaçào Social pertencentes às Universi- dades Federais Brasileiras vinculadas à ANDIFES.
Dos 53 convites enviados obteve-se retorno de 17 uni- dades, dos quais 14 realizam o registro de clippings. O processo de armazenamento desses documentos reali- za-se, principalmente, de maneira impressa e digital e quem o faz, majoritariamente, sào estagiários do curso de Jornalismo, jornalista(s) e servidores institucionais.
Identificou-se também que a maioria das Coordenado- rias de Comunicaçào Social nâo possui urna política, bem como, um manual de indexaçào com procedimen- tos pré-estabelecidos para realizar o armazenamento dos clippings.
As unidades utilizam palavras-chave no processo de indexaçào dos clippings, entretanto, nâo possuem urna lista de termos pré-definidos para que possam repre- sentar adequadamente o conteúdo armazenado.
Os tipos de usuarios realizam a recuperaçào dos clippin- gs sào: alunos de graduaçào, alunos de pôs-graduaçào e docentes. Esses usuarios do sistema de recuperaçào de clippings realizam suas buscas, principalmente, de ma- neira nào automatizada e pelos campos: data e assunto.
Com os dados obtidos e analisados foram alcançados os objetivos deste estudo, investigando a realidade or- ganizacional e comunicacional das Coordenadorias de Comunicaçào Social das Universidades Brasileiras vinculadas à ANDIFES. As análises possibilitaram ob- servar que as unidades realizam o armazenamento dos clippings, porém nào possuem procedimentos pré-esta- belecidos para otimizar, sistematizar e garantir a qua- lidade, tanto da indexaçào quanto da recuperaçào, des- ses documentos.
Fambém acredita-se ter identificado um potencial es- paço de atuaçào para o profissional bibliotecario, pois as Coordenadorias de Comunicaçào Social assumem urna posiçào de unidade de informaçào pautada nos très pilares da Ciência da Informaçào: o armazenamen- to, o tratamento e a disseminaçào da informaçào com vistas às necessidades dos seus usuarios.
No que se refere à aplicaçào do PVG e por meio das dez categorías de análises, exemplificadas por algumas de- claraçôes dos sujeitos, sistematizamos, no Quadro 2, a seguir, os resultados obtidos da pesquisa, seguidos da discussào realizada com parte dos pressupostos apre- sentados na literatura abordada:
Em suma, a análise das declaraçôes dos sujeitos parti- cipantes do PVG demonstrou que a CCS-UFSCar nao possui urna política e um manual de indexaçào dos cli- ppings. No entanto, os sujeitos participantes reconhe- cema importancia do seu estabelecimento na unidade.
7. Consideraçôes Fináis
Retomando-se o objetivo de pesquisa sobre "investigar a realidade organizacional e comunicacional da Coor- denadoria de Comunicaçào Social da Universidade Fe- deral de Sao Carlos (CCS-UFSCar), Brasil", a partir do contexto sociocognitivo de profissionais da informaçào e usuarios, tendo em vista o estabelecimento de diretri- zes para a elaboraçào de urna política de indexaçào de sistemas automatizados de Coordenadorias de Comu- nicaçào Social em ambientes universitarios brasileiros, entendeu-se, portante, que a política de indexaçào deve servir de base para o tratamento temático dos clippings, norteando o trabalho do profissional indexador, bem como garantindo a qualidade tanto do processo de in- dexaçào quanto na recuperaçào desses documentos por parte dos usuarios.
Dessa maneira, a problemática foi a falta de urna políti- ca de indexaçào para o tratamento temático de clippings em sistemas automatizados de Coordenarias de Comu- nicaçào Social, já que sào ambientes contemplam inter- disciplinaridade existente entre as áreas das Ciencias da Comunicaçào e da Ciencia da informaçào.
Com a análise dos dados obtidos por meio do questio- nário técnico-organizacional e da aplicaçào do Proto- colo Verbal na modalidade em Grupo, identificou-se que há a ausencia de urna política e de um guia para sistematizar o processo de indexaçào dos clippings. As- sim recomenda-se às Unidades, e em particular à Coor- denadoria de Comunicaçào Social da UFSCar, o desen- volvimento de urna política e um manual de indexaçào a partir de peculiaridade de cada instituiçào.
Para tanto, fundamentados na literatura e no contexto sociocognitivo de profissionais da informaçào e usuá- rios, sujeitos desta pesquisa, sugere-se, no Quadro 3, a seguir, as diretrizes e os elementos para o estabeleci- mento de urna política de indexaçào em sistemas auto- matizados de Coordenadorias de Comunicaçào Social em ambiente universitário brasileiro, visando a otimi- zando do tratamento temático de clippings.
Este estudo requer continuidade sobre a investigaçào da realidade da CCS-LTFSCar aplicando-se a propos- ta de diretrizes para a elaboraçào de urna política de indexaçào em sistemas automatizados de Coordena- dorias de Comunicaçào Social em ambientes univer- sitarios brasileiros, de modo a elaborar um manual de indexaçào que subsidie o trabalho do profissional in- dexador das Unidades de comunicaçào social. Ressal- ta-se que tal proposta pode-se ser aplicável em diferen- tes contextos e espaços informacionais, que envolvam diversos tipos de materials, localizados em distintas regiöes do mundo.
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Ardala Ponce Kochani
Formada em Bibliotcconomia e Ciencia da Informaçùo pela Universidade Federal de Sao Carlos (LlFSCar). Participa do Grupo de Pesquisa Organizaçûo do Conhecimento para Disseminaçao da Informaçào, coordenado pela Profa. Dra. Vera Regina Casari Boccato, [email protected]
Vera Regina Casari. Boccato
Professora Adjunta do Departamento de Ciencia da Informaçùo e do Programa de Pos-Graduaçùo em Ciencia, Tecnología eSociedade, da Universidade Federal de Sùo Carlos (LlFSCar), Brasil. Coordenadora do Grupo de Pesquisa Organizaçûo do Conhecimento para Disseminaçùo da Informaçùo, vboccato@ ufscar.br
Milena Polsinelli Rubi
Diretora e coordenadora de projetos de extensùo da Biblioteca do campus Sorocaba (BSo) da Universidade Federal de Sao Carlos (LlFSCar), Brasil. Participa do Grupo de Pesquisa Grupo de Pesquisa Organizaçûo do Conhecimento para Disseminaçùo da Informaçùo, coordenado pela Profa. Dra. Vera Regina Casari Boccato, [email protected]
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Abstract
The indexing policy constructed from the objectives and characteristics of each institution, optimizes the thematic treatment of information and ensure the quality of both the indexing as a retrieval by subject. Therefore, this study aims to investigate the reality of organizational and communicational of the Coordination of Social Communication of the Federal University of Sao Carlos (CCS-FUSCar), Brazil, from sociocognitive context of the information professionals and users, for the elaboration of a indexing policy of automated systems of Coordination of Social Communication in Brazilian university environments. The results showed that, the CCS-FUSC does not have a policy and a guide for the systematize the process of clippings indexing. So, the authors are suggesting to unit the developing of a policy and of a manual of indexing for clippings by their peculiarities.
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