ABSTRACT
Objective: to conduct a systematic review on nursing care in emergency care units from 2005 to 2009. Method: A systematic review, based on the analysis of articles available on the Virtual Health Library Results: it was observed that the conditions and labor relations trigger stress; emergencialist the nurse is the primary care manager and immediate qualitative and as such the victim require upgrades in the area. The nurses are skilled professionals in emergency care; ambulatorialization of the urgent and emergency units is a problem that affects the quality of care, nursing has been performing in terms of emergency services and emergency positions. Conclusion: Increasingly the nurse has assumed a prominent position in providing care to patients in emergency situations, for the sake of producing a comprehensive and interdisciplinary care. Descriptors: Emergency nursing, Nursing care, Intensive care, Role of professional nursing.
RESUMO
Objetivo: realizar uma revisão sistemática acerca da assistência de enfermagem nas unidades de urgência e emergência no período de 2005 a 2009. Método: revisão sistemática, a partir da análise de artigos disponíveis na Biblioteca Virtual de Saúde. Resultados: evidenciou-se que as condições e relações de trabalho desencadeiam estresse; o enfermeiro emergencialista é o principal gestor de cuidados imediatos e qualitativos à vítima e como tal necessita de atualizações na área. Os enfermeiros são hábeis profissionais no atendimento de emergência; a ambulatorialização das unidades de urgência e emergência é um problema que compromete a qualidade do atendimento; a enfermagem vem atuando em modalidades de serviços de urgência e emergência em posições de destaque. Conclusão: cada vez mais o enfermeiro vem assumindo posições de destaque na prestação de cuidados a pacientes em situações emergenciais, em prol da produção de um cuidado integral e interdisciplinar. Descritores: Enfermagem em emergência, Cuidados de enfermagem, Cuidados intensivos, Papel do profissional de enfermagem.
RESUMEN
Objetivo: Realizar una revisión sistemática sobre los cuidados de enfermería en las unidades de atención de emergencia desde 2005 a 2009. Método: Se realizó una revisión sistemática, basada en el análisis de los artículos disponibles en los Resultados Biblioteca Virtual en Salud. Resultados: se observó que las condiciones de trabajo y el estrés desencadenar relaciones; emergencialista la enfermera es el administrador de atención primaria y cualitativa inmediato y, como tal, la víctima requieren actualizaciones en el área. Las enfermeras son profesionales especializados en la atención de emergencia; ambulatorialização de las unidades de urgencia y de emergencia es un problema que afecta a la calidad de la atención, la enfermería ha estado llevando a cabo en términos de los servicios de emergencia y puestos de emergencia. Conclusión: Cada vez que la enfermera ha asumido una posición prominente en la atención a los pacientes en situaciones de emergencia, en aras de producir una atención integral e interdisciplinaria. Descriptores: Enfermería de emergencia, Cuidados de enfermería, Cuidados intensivos, Función de los profesionales de enfermería.
INTRODUÇÃO
A equipe de enfe rmagem, formada pelo enfermeiro, técnico e auxiliar de enfermagem, é uma das responsáveis diretas pela assistência prestada ao paciente portador de qualquer patologia.
Enquanto líder dessa equipe, o enfermeiro tem a função primordial de coordená-la, pr oporcionando ações de cuidado individualizadas, de qualidade e eficazes, visando o restabelecimento do estado de saúde do usuário bem como abstê-lo de quaisquer danos ou complicações.
Esse trabalhador necessita estar sempre atualizado em seus conhecimentos e adquirir habilidade técnica e científica a fim de otimizar a assistência prestada e administrá-la para que possa proporcionar ao indivíduo resultados satisfatórios. Assim, o enfermeiro e sua equipe devem inserir na realidade dos setores de Urgência e Emergência uma atenção diferenciada ao paciente dessas unidades, adotando uma postura eficiente e atenciosa a fim de que lhe seja oferecido um ambiente propício à sua recuperação.
O atendimento de emergência é uma assistência prestada em um primeiro nível de atenção, aos portadores de quadros agudos, de natureza clínica, traumática ou psiquiátrica. Pode- se, afirmar, ainda, que diante de uma emergência, a Enfermagem deve estabelecer prioridades de assistência de acordo com a avaliação preliminar, de forma a garantir a identificação e o tratamento das situações que ameaçam a vida do paciente.1
A unidade de enfermagem oferece serviços de alta complexidade e diversidade no atendimento a pacientes em situação de risco iminente de vida, e as tecnologias avançadas utilizadas neste atendimento nem sempre garantem a qualidade da assistência, pois há influência decisiva de fatores relacionados ao objeto e à força de trabalho neste processo. Para essas autoras, oferecer uma assistência humanizada de enfermagem no ambiente que envolve pacientes críticos é um desafio.2
Diante disso, foi inspirada a temática desse trabalho, somada à prática profissional da autora em unidades de urgência e emergência, como enfermeira, no interior de Pernambuco.
A construção deste estudo tem o objetivo primordial de realizar uma revisão sistemática acerca da assistência de enfermagem nas unidades de urgência e emergência no período de 2005 à 2009, através da analise de publicações científicas extraídas de bases de dados virtuais.
Com isso, espera-se ampliar a discussão sobre a atuação do enfermeiro nos setores de urgência e emergência, trazendo a importância e necessidade do seu trabalho no atendimento a pacientes em situações críticas desde seu atendimento inicial aos cuidados de enfermagem no que diz respeito ao processo de enfermagem dentro dessas unidades.
Assim, o estudo poderá contribuir para que o profissional de enfermagem busque subsídios na assistência a usuários expostos a situações de risco e estar ciente da grande importância da sua atuação nestes setores. Além de suscitar o investimento em novas pesquisas que possam ampliar a discussão sobre a temática.
Revisão de literatura
O enfermeiro e o cuidar de enfermagem nas unidades de urgência e emergência. Há mais de 145 anos, a pioneira Florence Nightingale, manifestando interesse em frequentar hospitais e exercer atividades nada convencionais para uma "moça direita", foi contrária à tradição de sua família e iniciou o exercício empírico da enfermagem, que naquela época não podia prever o meio complexo das instituições hospitalares e serviços de saúde.3
Em 1970, a classe de enfermagem já representava um grupo de profissionais do sistema de atendimento à saúde colaborando para que, em 1986, surgisse a Lei 7.498/86 que regulamenta o exercício da profissão da enfermagem.3,4
A enfermagem é uma ciência humana, de pessoas e experiências, com campo de conhecimento, fundamentação e prática de cuidar de seres humanos, que abrange do estado de saúde ao estado de doença, mediado por transações pessoais, profissionais, científicas, estéticas, éticas e políticas.3
Nessa perspectiva, autores relatam que em qualquer campo de trabalho, o enfermeiro assume três funções primordiais: o papel assistencial, que engloba a capacidade de promover ações procedimentais atendendo as necessidades de cuidados diretos ao paciente; o papel de líder, que envolve os poderes de decisão, relacionamento, persuasão e facilitação; e o papel de pesquisador, que tem função de contribuir para a prática científica da enfermagem.5
Dessa forma, embora cada papel tenha a sua responsabilidade própria, eles se correlacionam e são encontrados em todos os campos da enfermagem. Além disso, eles são estruturados para atender os cuidados imediatos e futuros, assim como as necessidades dos consumidores de cuidados de saúde- pacientes que são receptores dos cuidados de enfermagem.
Neste contexto, a enfermagem está se adaptando para atender as mudanças nas expectativas e necessidades da saúde, adotando medidas para melhorar a distribuição dos serviços de saúde e diminuir os custos da assistência. Uma dessas medidas é a ampliação do papel do enfermeiro, percebido pela abertura de diversos cursos de especialização acadêmica, educação continuada e pela criação do processo de enfermagem, o que favorece para o crescimento e valorização dessa profissão, tornando esse profissional estrategista científico e colaborador no sucesso do processo saúde-doença.5
Os serviços de emergência contemporâneos possuem uma especificidade que os distingue de todos os outros serviços de saúde, exigindo uma assistência imediata, eficiente e integrada e amplo conhecimento técnico, habilidade profissional e o emprego de recursos tecnológicos.6
Assim, como uma parte especializada da enfermagem, o serviço de emergência é bem difundido. Ao contrário do que acontecia antigamente, hoje, o grau de conhecimento, habilidade e capacidade dos enfermeiros de emergência são reconhecidos. Os enfermeiros têm correspondido ao que deles se espera, conquistando o seu lugar como hábeis profissionais especializados no atendimento de emergência.
O enfermeiro emergencialista, como a própria nomenclatura diz, é aquele habilitado para trabalhar no campo de tratamento de urgência e emergência. A organização e as normas desse departamento determinam sua eficiência, mas um enfermeiro bem treinado deve ser capaz de proporcionar tratamento de emergência, fazer a avaliação e executar o plano de ação.
Diante disso, enfermeiros de unidades de urgência e emergência são líderes, professores, conselheiros e coordenadores.7 Como coordenadores podem completar com eficiência os esforços dos administradores, dos médicos, do auxiliares e dos departamentos públicos no atendimento de emergência.
Atualmente, a Portaria no 2048/GM, do Ministério da Saúde, estabelece como uma das diretrizes dos sistemas estaduais de urgência e emergência a criação de núcleos de educação em urgências, proporcionando capacitação, habilitação continuada de recursos humanos nesta área.8
Em 1983, a Associação Americana de Enfermagem (ANA) estabeleceu os padrões da Prática de Enfermagem em Emergência e classificou os enfermeiros em três níveis, onde o primeiro exige competência mínima para prestar cuidado ao paciente traumatizado; o segundo requer especialização na área de emergência; e o terceiro precisa de especialização em área bem definida e atuar nos níveis pré e intra- hospitalar.7
Além das suas funções e competências, é possível verificar na enfermagem o fato de não se poder exercer a profissão sem saber os fundamentos científicos e específicos que norteiam a prática do cuidado.3 Também é importante considerar que as articulações entre o grupo de enfermagem e outras equipes devem ser evidentes, uma vez que o sujeito do cuidado é único.
Esta mesma autora define que a articulação entre todos os profissionais é importante e necessária, considerando as diferenças, o saber científico, as atribuições e hierarquias. Com isso, primeiramente, o enfermeiro deve saber distinguir as suas funções dentro da sua própria equipe, diferenciando seu papel em relação ao técnico e auxiliar de enfermagem, e, posteriormente, diferenciar as suas atribuições das de outros profissionais, como o médico.
O enfermeiro, por sua vez, direciona a assistência na qual uma parte de seu trabalho é independente e, a outra, depende da colaboração de seu grupo e de outras equipes. Essa dependência parcial torna importante a articulação, o que propicia um cuidado de qualidade devido à interdisciplinaridade, ou seja, a junção de todos os profissionais com conhecimentos e atribuições distintas favorece um prognóstico satisfatório pela grande bagagem científica adquirida pela equipe.
Na interdisciplinaridade, a equipe de enfermagem não atua sozinha. Juntos, formando a equipe multidisciplinar, compartilham os profissionais da área de medicina, farmácia, serviço social, fisioterapia, psicologia, nutrição, fonoaudiologia, terapia ocupacional e serviço de apoio. Na sua essência, a equipe de enfermagem presta cuidados diretos e indiretos ao paciente por uma variedade de métodos organizacionais sob supervisão do enfermeiro envolvido em todo o processo.3
As funções da enfermagem de emergência são independentes, interdependentes e de colaboração, e todo enfermeiro deve conhecer as limitações legais de suas atribuições e conservar- se dentro delas.3
Por isso, seu trabalho junto com os médicos e outros profissionais da unidade de urgência e emergência deve ser amistoso, respeitando as competências da classe alheia e acreditando que o sucesso do individuo depende da qualidade e dos esforços de todo o grupo.
Devido à contínua escassez de médicos e à localização geográfica defeituosa dos serviços existentes, as atribuições do enfermeiro emergencialista dependerão do local que ele exerce seu trabalho. As leis que determinam a esfera de suas atividades variam de estado para estado, e os decretos que regulam a profissão dos enfermeiros registrados estão sendo expandidos para definir o seu papel mais amplo, o que leva ao aumento das responsabilidades desses profissionais no serviço de emergência.4
Outro fato colaborativo para essa situação se deve á tendência nacional de tornar acessível um serviço médico de melhor qualidade e à eficiência de enfermagem nos serviços emergenciais. Como alicerces no tratamento de emergência, os enfermeiros têm conhecimentos e práticas que os habilitam coordenar a Unidade de Urgência e Emergência. Além disso, a expansão do seu papel os permite obter a história do paciente, fazer os exames físicos e executar tratamentos, aconselhando e ensinando a manutenção da saúde e orientando os enfermos para a continuidade do tratamento e sinais vitais.9
Poucas profissões como a medicina e a enfermagem tem, inerente, o relacionamento de causa e efeito. Assim, o enfermeiro deve estar sempre preparado, pois as suas funções no serviço de emergência vão desde a escuta da história do paciente, exame físico, execução de tratamento, orientação aos doentes à coordenação da equipe de enfermagem, aliando conhecimento científico e capacidade de liderança, agilidade e raciocínio rápido e a necessidade de manter a tranquilidade.10
A partir da experiência profissional na assistência de enfermagem, observa-se que alguns profissionais, no desempenhar de suas atividades em unidade de emergência, denotam a preocupação, como foco principal, nos aspectos biológicos do ser humano, sem considerar os demais aspectos do ser, na maioria das vezes. Dessa forma, fragmentam o cuidado, pois não consideram o ser humano em sua totalidade e complexidade.
Uma unidade de emergência é permeada de condições complexas inerentes ao próprio ambiente e aos seres humanos que cuidam e são cuidados, que experienciam e vivenciam as também complexas relações humanas no processo de cuidar/cuidado, em um sistema organizacional hospitalar.
O profissional de enfermagem ao atuar em unidade crítica de saúde deve demonstrar destreza, agilidade, habilidade, bem como, capacidade para estabelecer prioridades e intervir de forma consciente e segura no atendimento ao ser humano, sem esquecer que, mesmo na condição de emergência o cuidado é o elo de interação/integração/relação entre profissional e cliente. Na relação de cuidado, esse trabalhador estabelece o elo entre o ser cuidador e o ser cuidado, e a partir de condutas imbuídas de zelo, atenção e respeito, fortalece a ligação entre os mesmos.11
A capacidade de empatia do profissional de enfermagem e a manifestação de atitudes permeadas de carinho, amor, delicadeza e atenção, atreladas à característica simpática deste ser, possibilitam ao cliente sentir-se cuidado e acolhido no ambiente hospitalar, mesmo quando lotado. Assim, manifestam-se a dedicação e o compromisso com o cuidado que fundamentam a prática profissional.11
Além destas formas variadas de cuidado, a abordagem sistemática da equipe de enfermagem e a avaliação da situação emergencial pela Enfermeira, torna-se essencial na identificação e priorização das reais necessidades do indivíduo.
O paciente que procura uma unidade de urgência e emergência necessita de cuidados imediatos em situações críticas que são descritas pelos próprios como uma experiência de dor e sofrimento. Para seus familiares, observadores diretos desta realidade, torna-se evidente a dificuldade existente, muitas vezes de entendimento, no que se refere às prioridades de atendimento.12
Tais prioridades no cuidado ao paciente e/ou família, devem ser estabelecidas a partir da comunicação, da observação, do conhecimento científico, bem como da sensibilidade e capacidade de liderança da Enfermeira em discernir as diferentes situações que requerem ação imediata e maior atenção em unidade de urgência e emergência.
METODOLOGIA
Como referencial metodológico foi adotado o método descritivo e a revisão sistemática, assim considerando que se constitui um estudo secundário, em uma forma de síntese dos resultados de pesquisas relacionadas a um problema específico.
As revisões sistemáticas reúnem, de forma organizada, grande quantidade de resultados de pesquisas e auxiliam a explicação de diferenças encontradas entre estudos primários que investigam a mesma questão. Uma revisão sistemática responde a uma pergunta específica e utiliza métodos explícitos e sistemáticos para identificar, selecionar, e avaliar criticamente os estudos e para coletar e analisar os dados dos estudos incluídos na revisão.
Essa revisão foi realizada a partir da análise de artigos publicados nas bases de dados Literatura Latino- Americana e do Caribe em ciências da Saúde (LILACS), MEDIars onLINE literatura internacional (MEDLINE), Base de Dados de Enfermagem (BDENF), disponíveis na Biblioteca Virtual de Saúde.
Optou-se por essas fontes por apresentarem bases de dados conhecidas e de ampla divulgação. Os critérios para inclusão das publicações na amostra foram: apresentar as expressões urgência e emergência, enfermagem e/ou atuação do enfermeiro, e terem sido publicadas entre os anos de 2005 e 2009.
Para tanto, foram lidos e analisados os artigos de todas as obras inclusas no período de 2005 a 2009 e excluídos aqueles que continham informações que não contemplavam o tema citado.
A coleta dos dados desenvolveu-se por catalogação dos dados por bases, destacando-se o número de produções que apresentaram entre seu conteúdo as palavras-chave citadas e a correlação entre elas. Foi aplicada a análise estatística dos dados, tendo sido construídos quadros, os quais demonstram os achados, além da discussão sobre o material encontrado nos artigos e sua discussão à luz da literatura.
RES ULTADOS E DISCUSSÂO DOS DADOS
Ao analisar os dados encontrados, identificou-se que para os descritores urgência e emergência existe um total de 4325 artigos, enquanto que associando os descritores urgência e emergência e enfermagem esses diminuem para 464. Já, correlacionando os descritores urgência, emergência e atuação do enfermeiro, esse número foi reduzido a 25 artigos, dos quais apenas 13 foram publicados nos últimos 5 anos.
O Quadro 1 mostra a estratificação das publicações encontradas, distribuídas por base de dados virtuais e categorizadas de acordo com a correlação das palavras-chave mencionadas, merecendo destaque aquelas com anos de publicação compreendidos no intervalo de 2005 a 2009.
Analisando o Quadro 1, percebe-se que de um total de publicações no período que interessa ao estudo, um número restrito de 13 artigos tratavam de assuntos pertinentes à atuação do enfermeiro em urgência e emergência.
Vale ressaltar, que desses 13 artigos, 3 são comuns entre as Bases de Dados LILACS e BDENF, que os 4 artigos da base MedLine foram excluídos da análise por não serem pertinentes ao assunto. Como também, a inacessiblidade a 2 dos artigos o que impossibilitou sua análise, onde 1 deles é comum entre as duas bases citadas. Conseqüentemente, permaneceram apenas 4 artigos para serem analisados.
O Quadro 2 retrata a distribuição de estudos por freqüência, além do percentual de publicações compreendidas no período do estudo.
O quadro anterior evidencia que a base de dados LILACS representa a totalidade de artigos analisados entre os anos de 2005 a 2009, quando comparada às outras duas bases de dados em questão. Revela que, apesar do LILACS apresentar muito mais publicações com relação à temática, como evidenciado do Quadro 1, ao especificarmos a pesquisa esse número regride. Deve-se considerar que o LILACS não é especifico da enfermagem como a BDENF, o que pode ter ocasionado essa inversão. A categoria 3 foi enfatizada por ser o grupo no qual estão inseridos os artigos analisados.É importante esclarecer que somente foram analisadas as publicações da LILACS por contemplar aquelas contidas na BDENF.
Com isso, fica claro o reduzido investimento que se tem destinado aos estudos sobre a importância da atuação do enfermeiro nos serviços de urgência e emergência, levando ao questionamento de que esse tema, apesar da sua relevância, não tem sido tratado com a devida pertinência e é pouco difundido na literatura científica.
É necessário esclarecer que os artigos das bases de dados analisados, apesar de contemplar os descritores em questão, não enfocam especificamente a atuação do enfermeiro em urgência e emergência, mas destacam pontos importantes como a capacidade de intervenção desse profissional nesses setores, bem como suas habilidades e imprescindível papel na coordenação, gerenciamento e liderança da equipe de enfermagem nas situações de emergência.
Tratam, ainda, de como o ambiente de trabalho e as condições limítrofes interferem nos aspectos emotivos e físicos, destacando o estresse como uma conseqüência desse processo.
Também, apontam perspectivas de atuação do enfermeiro em diferentes setores de urgência e emergência, ao mesmo tempo em que suscitam investimentos no sentido de aperfeiçoar os conhecimentos e a prática de enfermagem, visando a melhoria da qualidade da sua assistência. Assim, a discussão que se segue diz respeito a esses aspectos.
Diante dessas colocações, ao ser admitido na unidade de urgência e emergência, nem sempre em condições favoráveis, o usuário se depara com uma equipe de profissionais de saúde com o intuito de prestar atendimento para o restabelecimento de suas funções vitais a fim de afastar os riscos que colocam em questão a sua vida. Mas, por outro lado, a vítima desconhece o potencial científico que essa equipe possui, pois a mera presença desses profissionais não garante o sucesso na assistência se eles não dispuserem, dentre outras coisas, de conhecimentos previamente adquiridos em sua formação.
A enfermagem é parte integrante e fundamental dessa equipe e o enfermeiro emergencialista é o principal gestor de cuidados imediatos e qualitativos à vítima. Tendo a função primordial de organizar e coordenar toda a assistência de enfermagem ao paciente que necessita do serviço de urgência e emergência, bem como de providenciar todos os recursos materiais e humanos necessários para um atendimento favorável.
Além disso, sua responsabilidade não se limita aos conhecimentos previamente adquiridos, sendo crucial sua constante atualização em assuntos de interesse da sua área de atuação, bem como o compartilhamento e envolvimento de seus conhecimentos com a equipe de profissionais da unidade de emergência.
A unidade de emergência caracteriza-se pela grande demanda por atendimentos, oriunda de quadros clínicos e/ou traumáticos de diferentes complexidades. Esse fato, associado às questões de organização e gestão, faz com que essa unidade nem sempre conte com condições adequadas de trabalho, em termos de quantidade de pessoas e recursos materiais, para a realização de assistência qualificada.
Concordando com essa idéia, define-se unidades de emergência como locais apropriados para o atendimento de pacientes com afecções agudas específicas e que exigem um trabalho de equipe especializado, podendo ser divididas em pronto atendimento, pronto socorro e emergência.13
Essas autoras afirmam que os enfermeiros das unidades de emergência, por possuírem mais domínio e agilidade nas ações e diferenciado modo de cuidar, direcionado a pessoas em situações de urgência e emergência, devem atuar conforme um processo gerenciado de cuidado, acompanhando os pacientes em todo seu processo clínico, até a definição e conclusão do seu tratamento.
Dessa forma, os enfermeiros necessitam estar aptos para obter uma história do paciente, exame físico, executando tratamento imediato, preocupando-se com a manutenção da vida e orientação dos pacientes para a continuidade de tratamento.
Assim, é fundamental para o profissional enfermeiro, também, ter sensibilidade e conhecimentos para trabalhar com os sentimentos, valores e crenças do paciente, da sua família e da equipe, além de lidar com suas próprias emoções.
A emergência representa, portanto, uma situação ameaçadora e brusca que requer medidas imediatas de correção e defesa, diferenciando-se do atendimento em consultórios, unidades básicas de saúde, ou de tratamento programado, pois os sujeitos apresentam uma ampla variedade de problemas atuais ou potenciais, podendo seu estado alterarem-se repentinamente.
Desse modo, a decisão da equipe necessita ser imediata, baseada num atendimento sistematizado e preciso, geralmente estabelecendo prioridades através de protocolos de emergência.
Considerando esta realidade, torna-se relevante que as pessoas que trabalham em serviços que prestam assistência à saúde precisam estar preparadas tanto técnica como eticamente, para dar um atendimento competente respeitando os direitos do paciente.
Entretanto, quando eles prestam atendimento em situações de urgência, não conseguem visualizar a trajetória dos usuários e as dificuldades pelas quais passam para a satisfação de suas necessidades de saúde. Por isso torna-se importante a compreensão dessas situações para tornar o atendimento mais acolhedor, utilizando uma abordagem que leve à solução competente e satisfatória para o usuário.14
A coordenação do cuidado de enfermagem tem início na entrada do usuário, seja em serviços de urgência, consultórios ou clínicas, com abertura de um percurso que se estende, conforme as necessidades do beneficiário, através de serviços de apoio diagnóstico e terapêutico, atenção especializada e hospitalar.13
Tendo em vista o papel diferenciado do enfermeiro nas unidades de urgência e emergência, é reconhecido seu exercício na assistência, liderança e pesquisa, todas igualmente fundamentais, embora a função assistencial seja o foco prioritário deste profissional. A liderança situacional pode contribuir para fundamentar o exercício da liderança do enfermeiro da Unidade de Emergência e que existe a necessidade de se aliar a competência humanísticas à técnico-científica.15
Corroborando com essa idéia, os enfermeiros precisam integrar sua fundamentação teórica à capacidade de liderança, iniciativa e habilidades assistenciais e de ensino dispondo, simultaneamente, de raciocínio rápido uma vez que são responsáveis pela coordenação da equipe de enfermagem.13
Em relação ao gerenciamento das situações de emergência pelo enfermeiro, profissional mais capacitado para exercer tal função, tanto pela amplitude do seu conhecimento clínico quanto pela habilidade para oferecer cuidado holístico e forte tendência de defender a integridade do paciente.13
Assim, estratégia do gerenciamento de caso possibilita um profissional gerenciando a situação na própria unidade, podendo o enfermeiro conduzir e acompanhar o usuário, evitando o retorno desnecessário pelo mesmo ao serviço de emergência e, em outros casos, a piora do seu estado com seqüelas e hospitalização, bem como o aumento do custo para o sistema.13
Um fator bastante observado estatisticamente e que deve ser ressaltado, está relacionado à ambulatorialização das unidades de urgência e emergência, na qual vários indivíduos as procuram em condições que não justifiquem o atendimento e terminam por descaracterizar o serviço.
Estudos revelam que mais de 85% dos atendimentos de um serviço de emergência pode ser decorrente da busca por atendimento no Pronto Socorro para situação sem risco ou sofrimento imediato. Isso leva à perda da identidade dessas unidades e colabora para ineficiência do atendimento, uma vez que as superlotações majoritariamente com pacientes que podem ser atendidos em ambulatórios, ocupam os profissionais que ocasionalmente deveriam estar promovendo uma assistência de qualidade a pacientes em situações críticas.16
Com isso, essa alteração da função das unidades de urgência e emergência associadas às condições de trabalho insalubres e inseguras com o cumprimento de tarefas prioritariamente burocráticas, a falta de profissionais qualificados na equipe de enfermagem, o ambiente físico impróprio e as características complexas dos serviços de emergência, levam o enfermeiro emergencialista a situações de estresse emocional o que contribui para a diminuição da qualidade de assistência desse profissional e de sua equipe como um todo.17
Tendo em vista, ser o ambiente de serviços de urgência e emergência propício à sobrecarga física e mental do cuidador, é interessante ressaltar que o estresse vivenciado pelo enfermeiro nas unidades de urgência e emergência, onde, este trabalhador atua em setores considerados desgastantes, tanto pela carga de trabalho, como pelas especificidades de suas tarefas.17
A pesquisa aponta para o fato de o estresse existir quando o ambiente de trabalho se torna uma ameaça ao indivíduo e repercute no plano pessoal e profissional, surgindo demandas maiores do que a sua capacidade de enfrentamento e conclui que o enfermeiro de unidades de emergência deve obter o mínimo de recursos humanos e materiais a fim de prestar assistência de qualidade e resolutiva ao paciente diante das intercorrências ocorridas nesse setor.17
A cerca do que já foi apresentado, não se pode deixar de destacar o cuidado de enfermagem nos diferentes setores de emergência. Cada vez mais esse trabalhador vem se aperfeiçoando e realizando atividades importantes desde os níveis básicos de atenção à saúde até os de mais elevada complexidade. Sua atuação nessas unidades não se restringe ao âmbito hospitalar, fazendo parte do seu campo de assistência, o componente pré- hospitalar, inclusive em unidades móveis, equipes de resgate e integrando o corpo militar de instituições governamentais.
Torna-se pertinente, nessa discussão, conhecer o estudo pioneiro realizado pela Marinha do Brasil, no qual a prática de enfermagem traz uma nova perspectiva de atuação denominada Enfermagem Operativa.
Esse termo foi criado pela Escola de Saúde da Marinha para avultar a enfermagem militar e trata-se de uma tentativa inicial de atuação, proposta para implantação em âmbito militar, de cuidar e assistir em situações limítrofes que, no espaço militar, fica mais caracterizado em campos de guerras. Esse estudo mostra que a atuação do enfermeiro de urgência e emergência não se restringe a serviços em nível pré-hospitalar ou hospitalar, enfatizando a importância do serviço desse profissional em bases militares na assistência a situações de maior ou menor extremidade, buscando sua legitimação como serviço diferenciado, inovador e contemporâneo junto aos órgãos nacionais competentes.18
Demonstrando outro campo de prática oportuno, um estudo que enfatiza a importância da capacitação de enfermeiros na Atenção Pré- hospitalar (APH), destaca entre suas competências, nesta modalidade de atendimento em urgência e emergência, o raciocínio clínico para a tomada de decisão e a habilidade para executar as intervenções prontamente.19
Embora o enfermeiro tenha seu espaço relativamente reconhecido na APH, os cursos de especialização em emergência ou em APH ainda são recentes no Brasil. Os estudos apontam que o enfermeiro brasileiro vem se qualificando nessa área, por meio de cursos de especialização (lato sensu) em emergência ou APH, atendendo as diretrizes do Ministério da Educação e do Conselho Federal de Enfermagem.19
Em âmbito brasileiro, a atuação do enfermeiro e a sua capacitação estão em atraso quando comparados com outros países como os Estados Unidos e a França, que possuem um sistema de APH mais desenvolvido, nos quais os enfermeiros têm sua função consolidada e reconhecida em seus sistemas de atendimento. Mas, apesar desse avanço nos países desenvolvidos, a atuação do enfermeiro é constantemente repensada.20
Nessa perspectiva, a participação da enfermeira na estruturação dos serviços, desenvolvimento de ações educativas e gerenciamento desta modalidade de atenção ainda requerem um esforço organizado para sua ampliação.15, 20
É necessário expandir a atuação da enfermeira, não se restringindo puramente à prestação da assistência, mas estender-se à organização e gerenciamento do atendimento como o Suporte Básico a Vida, acrescentando um novo olhar aos serviços de APH.
Estes estudiosos apontam, ainda, a necessidade de treinamento especifico e aperfeiçoamento técnico-científico para os profissionais que atuam em unidade de emergência, justificada pelo fato de ser neste local que a equipe de enfermagem em conjunto com a equipe médica, executa um atendimento sincronizado ao paciente vítima de trauma.
Esse fato norteia a necessidade de implantação de programas direcionados para o desenvolvimento de competências nessa área e o fortalecimento de habilidades do enfermeiro que ajudem na consolidação da sua prática nesses serviços, uma vez que demandam grande destreza tanto no campo técnico quanto no científico.
Ao mesmo tempo, torna-se imprescindível que gestores, profissionais e usuários tenham clareza da finalidade do trabalho executado na unidade de emergência que deverá ser pactuada com demais serviços e instituições. Qualquer desencontro entre eles acarretará embates e conflitos que terão como produto a insatisfação de todos os envolvidos no processo.
Dessa maneira, entende-se que apesar das conquistas conseguidas pelo enfermeiro em sua trajetória de cuidado, em especial na assistência de caráter urgencista e emergencista, ainda há muitos desafios a serem superados rumo à concretização e valorização do seu trabalho, sendo de fundamental relevância sua contribuição na busca da consolidação do Sistema de Atenção às Urgências como uma estratégia resolutiva e eficaz na atenção à saúde dos indivíduos, norteada pela Política Nacional de Atenção ás Urgências.
CONCLUSÃO
As unidades de urgência e emergência constituem importante e vasto campo de intervenção de enfermagem. Elas representam o ambiente em que são assistidos usuários em situações críticas que comprometem a sua vida, e requerem do enfermeiro habilidade, vasto conhecimento técnico e científico, agilidade, capacidade de liderança e de gerenciamento do cuidado.
Como parte integrante da equipe interdisciplinar de saúde, que presta assistência nesses estabelecimentos, cada vez mais o enfermeiro vem assumindo posições de destaque na prestação de cuidados a pacientes em situações emergenciais e vem sendo apontado como o profissional apropriado para assumir a gerência de casos e situações de urgência e emergência.
Além dessas atribuições, a atuação do enfermeiro urgencista compreende sua função primária de assistência à saúde, bem como a coordenação da equipe de enfermagem na prestação de cuidados, mas não está limitada a esses aspectos.
Suas funções ultrapassam o campo da assistência, na medida em que, na grande maioria das instituições, esse profissional exerce atividades administrativas e burocráticas que muitas vezes resultam no negligenciamento do objetivo central do seu cuidado. Isso ocorre, segundo a literatura, devido a fatores como as condições de trabalho insalubres e inseguras com o cumprimento de tarefas prioritariamente burocráticas, a falta de profissionais qualificados na equipe de enfermagem, o ambiente físico impróprio e as características complexas dos serviços de emergência, levando à diminuição da qualidade de assistência desse profissional e de sua equipe como um todo.
Nessa perspectiva, é evidente o despreparo de grande parte dos profissionais atuantes em urgência e emergência, mesmo embora as iniciativas recentes nesse sentido, o que justifica a necessidade de maiores investimentos na capacitação, treinamento e qualificação nessa área por parte das instituições e órgãos competentes, sobretudo no Brasil.
Este estudo permitiu conhecer diferentes modalidades de serviços de urgência e emergência em que o enfermeiro assume posições de destaque como o Pronto Socorro, o Atendimento Pré- Hospitalar, a Enfermagem Operativa e os Hospitais, dentre outros.
Em todos eles, não se pode deixar de reafirmar o processo de enfermagem como a principal ferramenta do enfermeiro na prestação de um cuidado eficaz e de qualidade ao usuário em situação crítica. Ele ajuda o trabalhador de enfermagem a planejar sua assistência, dinamizando, sistematizando e relacionando suas ações no cuidado direcionado ao paciente, permitindo também a valorizar o trabalho da equipe de enfermagem como parte imprescindível na reabilitação do ser cuidado.
Finalmente, essa pesquisa permitiu a constatação de que a atuação do enfermeiro nas situações de urgência e emergência não tem recebido a devida importância junto à comunidade científica. Apesar de uma busca intensiva e detalhada, é escasso ainda o acervo de estudos específicos sobre essa problemática.
Faz-se necessário, portanto, a ampliação das discussões acerca da finalidade do trabalho nos serviços de urgência e emergência, de forma que o trabalhador possa assumir postura crítica de seu processo de trabalho, tornando-se, em conjunto com usuários e gestores, protagonista de ampla reorganização do sistema de atenção às urgências.
Só assim a equipe de enfermagem pode aprofundar sua atuação profissional e consolidar seu papel de destaque, entendendo que os enfermeiros têm papel central e articulador que lhes possibilita grandes oportunidades de interação e influência sobre as ações profissionais que são desenvolvidas na unidade de emergência, em prol da produção de um cuidado integral e interdisciplinar.
CONCLUSÃO
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Received on: 18/09/2011
Required for review: no
Approved on: 21/03/2013
Published on: 01/10/2013
Priscylla Helena Alencar Falcão Sobral1, Adriana Maria Pereira da Silva2, Viviane Euzébia Pereira Santos3, Rafaella Ayanne Alves dos Santos4, Amanda Larissa Souza dos Santos5
1Enfermeira. Mestranda em Enfermagem pela UFBA. Professora do Departamento de Enfermagem e membro pesquisador do grupo de pesquisa Teorias e Práticas em Saúde, Doença e Cura da Universidade de Pernambuco, campus Petrolina, Pernambuco, Petrolina, Brasil. E-mail: [email protected]. 2Enfermeira. Residente da Residência Multiprofissional em Urgência em Enfermagem do Hospital de Urgências e Traumas pela Universidade Federal do Vale do São Francisco, Petrolina, Pernambuco, Brasil. E-mail: [email protected]. 3Enfermeira. Doutora em Enfermagem. Professora do Departamento de Enfermagem e Pós Graduação em Enfermagem. Vice-líder do grupo de pesquisa laboratório de investigação do cuidado, segurança e tecnologias em saúde e enfermagem da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, Rio Grande do Norte, Brasil. E-mail: [email protected]. 4Enfermeira. Residente de Enfermagem na Área de Saúde da Mulher do Hospital Dom Malan pelo Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira, Petrolina, Pernambuco, Brasil. E-mail: [email protected]. 5Enfermeira na Estratégia Saúde da Família. Professora do curso técnico em Enfermagem no Centro Territorial de Educação Profissional do Piemonte Norte do Itapicuru, Jaguarari, Bahia, Brasil. Email: [email protected].
PRACTICE NURSING IN EMERGENCY SERVICES: SYSTEMATIC REVIEW
ATUAÇÃO DE ENFERMAGEM EM SERVIÇOS DE EMERGÊNCIA: REVISÃO SISTEMÁTICA
PRÁCTICA DE ENFERMERÍA EN LOS SERVICIOS DE URGENCIAS: REVISIÓN SISTEMÁTICA
ABSTRACT
Objective: to conduct a systematic review on nursing care in emergency care units from 2005 to 2009. Method: A systematic review, based on the analysis of articles available on the Virtual Health Library Results: it was observed that the conditions and labor relations trigger stress; emergencialist the nurse is the primary care manager and immediate qualitative and as such the victim require upgrades in the area. The nurses are skilled professionals in emergency care; ambulatorialization of the urgent and emergency units is a problem that affects the quality of care, nursing has been performing in terms of emergency services and emergency positions. Conclusion: Increasingly the nurse has assumed a prominent position in providing care to patients in emergency situations, for the sake of producing a comprehensive and interdisciplinary care. Descriptors: Emergency nursing, Nursing care, Intensive care, Role of professional nursing.
RESUMO
Objetivo: realizar uma revisão sistemática acerca da assistência de enfermagem nas unidades de urgência e emergência no período de 2005 a 2009. Método: revisão sistemática, a partir da análise de artigos disponíveis na Biblioteca Virtual de Saúde. Resultados: evidenciou-se que as condições e relações de trabalho desencadeiam estresse; o enfermeiro emergencialista é o principal gestor de cuidados imediatos e qualitativos à vítima e como tal necessita de atualizações na área. Os enfermeiros são hábeis profissionais no atendimento de emergência; a ambulatorialização das unidades de urgência e emergência é um problema que compromete a qualidade do atendimento; a enfermagem vem atuando em modalidades de serviços de urgência e emergência em posições de destaque. Conclusão: cada vez mais o enfermeiro vem assumindo posições de destaque na prestação de cuidados a pacientes em situações emergenciais, em prol da produção de um cuidado integral e interdisciplinar. Descritores: Enfermagem em emergência, Cuidados de enfermagem, Cuidados intensivos, Papel do profissional de enfermagem.
RESUMEN
Objetivo: Realizar una revisión sistemática sobre los cuidados de enfermería en las unidades de atención de emergencia desde 2005 a 2009. Método: Se realizó una revisión sistemática, basada en el análisis de los artículos disponibles en los Resultados Biblioteca Virtual en Salud. Resultados: se observó que las condiciones de trabajo y el estrés desencadenar relaciones; emergencialista la enfermera es el administrador de atención primaria y cualitativa inmediato y, como tal, la víctima requieren actualizaciones en el área. Las enfermeras son profesionales especializados en la atención de emergencia; ambulatorialização de las unidades de urgencia y de emergencia es un problema que afecta a la calidad de la atención, la enfermería ha estado llevando a cabo en términos de los servicios de emergencia y puestos de emergencia. Conclusión: Cada vez que la enfermera ha asumido una posición prominente en la atención a los pacientes en situaciones de emergencia, en aras de producir una atención integral e interdisciplinaria. Descriptores: Enfermería de emergencia, Cuidados de enfermería, Cuidados intensivos, Función de los profesionales de enfermería.
INTRODUCTION
The nursing team, formed by nurses, technical and nursing assistant, is directly responsible for the care provided to patients with any pathology.
As a leader of this team, the nurse has the primary function of co ordinating it, providing individualized care actions, effective and quality, in order to restore the health of the user and abstaining him from any damage or complications.
This worker needs to be always updated on their knowledge and acquire technical skills and scientific in order to optimize care delivery and manage it so that it can provide the individual results. Thus, the nurse and her team must actually enter sectors Urgency and Emergency differentiated attention to the patient of these units and adopting efficient and attentive so that you are offered an environment conducive to their recovery.
Emergency care is a service provided at a first level of care to patients with acute, clinical, psychiatric or traumatic. One can say, though, that in an emergency, must prioritize nursing care according to the preliminary assessment, in order to ensure the identification and treatment of situations that threaten the patient's life.1
The nursing unit offers services of high complexity and diversity in patient care in situations of imminent risk of life, and advanced technologies used in this service do not always ensure the quality of care, as there are decisive influences of factors related to the object and the force Work in this process. For these authors, offering a humanized nursing environment involving critically ill patients is a challenge.2
Before that, he was inspired by the theme of this work, coupled with the author's professional practice units in emergency rooms as a nurse in the countryside of Pernambuco.
The construction of this study has the main objective to conduct a systematic review on nursing care in emergency care units from 2005 to 2009, through the analysis of scientific publications extracted from virtual databases.
With this, we hope to broaden the discussion on the role of a nurse in the areas of emergency rooms, bringing the importance and necessity of their work in caring for patients in critical care since their initial nursing care with regard to the process nursing within these units.
Thus, the study may contribute to the professional nursing seeks subsidies in assisting users exposed to risky situations and be aware of the great importance of their performance in these sectors, besides raising investment in new research that could expand the discussion about the topic.
Literature review
Nurses and nursing care in emergency care units. For over 145 years, the pioneer Florence Nightingale, expressing interest in attending hospitals and exercise activities unconventional for a "right girl" was contrary to the tradition of his family and started the empirical exercise of nursing, which at that time could not predict the complex environment of hospitals and health services.3
In 1970, the nursing class already represented a group of professionals in the health care system working for you in 1986, arose Law 7.498/86, which regulates the profession of nursing.3,4
Nursing is a human science, people and experiences, with a field of knowledge, reasoning and practice of caring for humans, which covers the state of health to disease state, transactions mediated by personal, professional, scientific, aesthetic, ethical and policies.3
From this perspective, the authors report that in any field of work, the nurse has three main functions: the role of the carer, which includes the ability to promote procedural actions meeting the needs of direct care to the patient, the role of leader, which involves the powers of decision, relationship, persuasion and facilitation and the role of researcher, which is responsible for contributing to the scientific practice of nursing.5
Thus, although each paper has its own responsibility, they correlate and are found in all fields of nursing. Moreover, they are structured to meet the immediate and future care, as well as the needs of consumers of health care-patients who are recipients of nursing care.
In this context, nursing is adapting to meet the changing needs and expectations of health, taking steps to improve the delivery of health services and reduce the costs of care. One such measure is the expansion of the nurse's role, perceived by the opening of several academic specialization courses, continuing education and the creation of the nursing process, which favors the growth and enhancement of the profession, making this professional strategist and collaborator in scientific success of the health- disease.5
Emergency services contemporaries have a specificity that distinguishes them from all other health services, requiring immediate assistance, efficient, integrated and comprehensive technical knowledge, professional skill and employment of technological resources.6
Thus, as a specialized part of nursing, emergency service is widespread. Unlike what happened before today, the level of knowledge, skill and ability of emergency nurses are recognized. Nurses have responded to what is expected of them, earning its place as skilled professionals specialized in emergency care.
The nurse emergencialista, as the nomenclature implies, is the one entitled to work in the field of treatment of urgency and emergency. The organization and the rules that determine its efficiency department, but a well- trained nurse should be able to provide emergency treatment, make an assessment and implement the plan of action.
Therefore, nurses working in emergency rooms are leaders, teachers, counselors and coordinators,7 as engineers can efficiently complete the efforts of administrators, physicians, and ancillary departments of the public in emergency care.
Currently, Ordinance No. 2048/GM, the Ministry of Health, established as a guideline of state systems for emergency rooms creating centers of education in emergencies, providing training, and continuing qualification of human resources in this area.8
In 1983, the American Nurses Association (ANA) established the standards of Nursing Practice in Emergency nurses and classified it into three levels, where the first minimum competency required providing care to trauma patients; the second requires expertise in the area of emergency; and the third area in need of expertise and operate in well-defined and pre- hospital.7
In addition to its functions and powers, you can check in nursing the fact of not being able to practice the profession without knowing the scientific and specific guiding the practice of care3. It is also important to consider that the joints between the nursing team and other teams should be obvious, since the subject of care is unique.
This same author defines the relationship between all professionals is important and necessary, considering the differences, scientific knowledge, powers and hierarchies. With that, first, the nurse must be able to distinguish their functions within their own team, differentiating its role in relation to the technical and nursing assistant, and subsequently differentiate their assignments of other professionals, such as physicians.
The nurse, in turn, directs the care in which a part of their work is independent and the other depends on the collaboration of his group and other teams. This dependence makes it important partial articulation, which provides quality care due to interdisciplinarity, ie, the junction of all professionals with expertise and responsibilities distinct favors a satisfactory outcome for the great scientific heritage acquired by the team.
Interdisciplinarity, the nursing staff did not act alone. Together, forming a multidisciplinary team, share the professionals in medicine, pharmacy, social work, physiotherapy, psychology, nutrition, speech therapy, occupational therapy and support service. In essence, the nursing staff providing direct and indirect care to patients in a variety of organizational methods under the supervision of nurses involved in the whole process.3
The emergency nursing functions are independent, interdependent and collaborative, and every nurse should know the legal limitations of their powers and remain within them.3
Therefore, their work along with doctors and other professionals in the emergency care unit should be friendly, respecting the powers of the class and others believing that the individual's success depends on the quality and efforts of the entire group.
Due to the continuing shortage of doctors and faulty geographical location of existing services, the duties of emergencialist nurse depend on the location that he carries his work. The laws that determine the scope of their activities vary from state to state, and decrees that regulate the profession of registered nurses are being expanded to define its broader role, which leads to increased responsibilities of these professionals in the emergency department.4
Another fact to this collaborative situation should be national trend to make available medical service best quality and efficiency of nursing in the emergency services. As foundations in emergency treatment, nurses have knowledge and practices that enable them to coordinate Urgency and Emergency Unit. Furthermore, the expansion of their role allows them to obtain the patient's history, do physical exams and perform treatments, counseling and teaching health maintenance and guiding the sick for continuity of care and vital signs.9
Few professions such as medicine and nursing has inherent, the relationship of cause and effect. Thus, the nurse must always be prepared, because their functions in the emergency department ranging from listening to the patient's history, physical examination, execution of treatment, counseling to patients the coordination of the nursing team, combining scientific knowledge and leadership skills , agility and quick thinking and the need to keep the peace.10
From professional experience in nursing care, it is observed that some professionals in performing their activities in emergency rooms, show concern, as its main focus, the biological aspects of human beings, without considering the other aspects of being, in most cases. Thus, fracture care, because they do not consider the human being in its entirety and complexity.
An emergency unit is riddled with complex conditions inherent to the environment and to humans who care and are cared for, that experience and also experience the complex human relationships in the process of care / care in a hospital organizational system.
The nursing professional to act on critical health unit must demonstrate dexterity, agility, skill, as well as the ability to prioritize and act consciously and safe in the care of humans, without forgetting that even provided emergency care is the link of interaction / integration / relationship between professional and client. In relation to care, that worker establishes the link between the caregiver and the care receiver, and from pipelines imbued with zeal, attention and respect, strengthens the bond between them.11
The capacity for empathy of professional nursing and manifestation of attitudes permeated with warmth, love, kindness and attention, pegged to be this nice feature, enable the customer feel welcome and care in the hospital, even when packed. So manifest dedication and commitment to the care that underlie the professional practice.11
Besides these various forms of care, systematic approach to nursing staff and assessment of the emergency nurse becomes essential in the identification and prioritization of actual needs of the individual.
The patient who seeks a unit of urgent and emergency needs immediate care in critical situations that are described by themselves as an experience of pain and suffering. For their families, direct observers of this reality, it becomes evident the difficulty existing, often of understanding in regard to service priorities.12
Such priorities in patient care and / or family should be established from the communication, observation, scientific knowledge, and sensitivity and leadership skills of nurse to discern the different situations that require immediate action and attention in unity emergency and urgent care.
METHODOLOGY
As methodological reference method was adopted descriptive and systematic review, so considering that it is a secondary study in a form of synthesis of research results related to a specific problem.
Systematic reviews bring together, in an organized, lots of research results and assist the explanation of differences between primary studies investigating the same issue. A systematic review answers a specific question and uses explicit methods and systematically to identify, select, and critically evaluate studies and to collect and analyze data from the studies included in the review.
This review was undertaken based on the analysis of articles published in the databases Latin American and Caribbean Health Sciences (LILACS), MEDIars onLINE international literature (MEDLINE), Database of Nursing (BDENF), available at the Library virtual Health
It was decided by those sources by presenting databases known and widely published. The criteria for inclusion of publications in the sample were: submit expressions emergency rooms, nursing and / or nursing work, and were published between the years 2005 and 2009.
Thus, we read and analyzed the articles of all works included in the period from 2005 to 2009 and excluded those that contained information that did not cover the topic mentioned.
Data collection was developed by cataloging data bases, highlighting the number of productions that showed between your content keywords mentioned and the correlation between them. There was applied to statistical data analysis, having been built paintings, which demonstrate the findings, in addition to discussion of the material found in articles and discussion on literature.
RESULTS AND DISCUSSION
In analyzing our data, we found that the descriptors for emergency care there are a total of 4325 articles, while associating the descriptors emergency rooms and nursing these decreases to 464. Already, correlating descriptors urgency and emergency nurses' performance, this number was reduced to 25 items, of which only 13 were published in the last 5 years.
Table 1 shows the stratification of publications found, distributed virtual database and categorized according to the correlation of key words mentioned, with emphasis on those with years of publication in the range from 2005 to 2009.
Looking at Table 1, one can see that a total of publications in the period relevant to the study, a limited number of 13 articles dealt with issues pertaining to the role of a nurse in emergency rooms.
It is noteworthy that these 13 articles, 3 are common among databases LILACS and BDENF, the 4 base articles MedLine were excluded from analysis because they were not relevant to the subject. As well, the inaccessibility to 2 articles precluding its analysis, where one of them is common between the two bases mentioned. Consequently, only 4 articles remained to be analyzed.
Table 2 depicts the distribution of studies by frequency, and the percentage of publications included in the study period.
The table above shows that the LILACS database represents all of the articles analyzed between the years 2005 to 2009, compared to the other two databases in question. Reveals that despite the present LILACS more publications related to the theme, as evidenced in Table 1, we specify the research that number regresses. One must consider that the LILACS is not specific to nursing as BDENF, which may have caused this reversal. Category 3 was being emphasized by the group in which the articles are inserted analyzed. It's important to clarify that only publications were analyzed by LILACS contemplate those contained in BDENF.
Thus, it is clear that low investment has been designed for studies on the importance of the role of nurses in emergency and urgent care services, leading to questioning of this issue, despite its importance, has not been treated with due relevance and is not widespread in the scientific literature.
It is necessary to clarify that the articles of the databases analyzed, although covering the descriptors in question, not specifically focus on the role of nurses in emergency rooms, but highlight important points such as the ability of this professional intervention in these sectors, as well as their skills and essential role in the coordination, management and leadership of the nursing staff in emergency situations.
Deal, yet, how the work environment and boundary conditions affect the physical and emotional aspects, highlighting the stress as a consequence of this process.
Also, indicate prospects for nursing work in different sectors of urgent and emergency care, while they raise the investment to improve the knowledge and practice of nursing in order to improve the quality of their care. Thus, the following discussion relates to these aspects.
Given these settings, to be admitted to the emergency unit and emergency, not always in favorable conditions, the user is faced with a team of health professionals in order to provide care to restore their vital functions in order to avoid risks that call into question his life. But on the other hand, the victim is unaware of the scientific potential that this team has, for the mere presence of these professionals does not guarantee success in assistance if they do not have, among other things, knowledge previously acquired in their training.
Nursing is an integral and fundamental part of this team and emergencialist nurse is the primary care manager and qualitative immediate victim, since the primary function of organizing and coordinating all nursing care to patients who need emergency care service, and to provide all necessary human and material resources to a favorable call.
Moreover, their responsibility is not limited to knowledge previously acquired, and their constant update on crucial matters of interest in your area of expertise, as well as sharing their knowledge of and involvement with professional staff of the emergency unit.
The emergency unit is characterized by high demand for appointments, derived from clinical and / or traumatic different complexities. This fact, coupled with issues of organization and management, makes this unit does not always count on adequate working conditions, in terms of number of people and material resources for the achievement of quality care.
Agreeing with this idea sets up emergency units as appropriate locations for the care of patients with acute conditions that require specific and a team specialized and can be divided into emergency care, first aid and emergency.13
These authors argue that nurses emergency units, because they have more control and flexibility in the actions and differential mode of care, directed at persons in situations of urgency and emergency, must act as a managed process of care, following patients throughout their clinical process, and setting up the conclusion of your treatment.
Therefore, nurses need to be able to obtain a patient's history, physical examination, performing immediate treatment, concerned with the maintenance of life and guide patients to continue treatment.
It is therefore essential for the professional nurse also have sensitivity and knowledge to work with the feelings, values and beliefs of the patient, family and staff, in addition to dealing with their own emotions.
The emergence therefore represents a threatening situation that requires sharp and immediate corrective measures and defense, differing in the care clinics, primary health care, or treatment was scheduled because the subjects have a wide variety of current or potential issues may change its state unexpectedly.
Thus, the decision of the team needs to be immediate, based on a systematic and precise care, usually through prioritizing emergency protocols.
Given this reality, it becomes important that people who work in the services they provide health care need to be prepared both technically and ethically, to give competent care while respecting the rights of the patient.
However, when they provide care in emergency situations, cannot visualize the trajectory of users and the difficulties they go to satisfy their health needs. Therefore it is important to understand these situations to make the service more friendly, using an approach that leads to competent and satisfactory solution to the user.14
The coordination of nursing care begins on user input, either in emergency departments, doctor's offices or clinics, with the opening of a route that stretches as the needs of the beneficiary, through the services of diagnostic and therapeutic support, and specialized care hospital.13
Given the unique role of nurses in emergency care units, is recognized in its financial assistance, leadership and research, all equally fundamental, although the function of care is the primary focus of this work. The situational leadership can contribute to support the practice of nursing leadership of the Emergency Unit and that there is a need to combine the technical competence humanistic and scientific.15
Corroborating this idea, nurses need to integrate their theoretical capacity for leadership, initiative and skills of teaching assistants and featuring both quick-witted as they are responsible for coordinating the nursing staff.13
Regarding the management of emergency situations by nurses, more skilled professional to perform this function, both for the breadth of their clinical knowledge as the ability to provide holistic care and strong tendency to defend the integrity of the patient.13
Thus, the strategy of case management provides a professional managing the situation at the unit, the nurse can drive and follow the user, avoiding unnecessary return the same to the emergency room and in other cases, the worsening of her condition and with sequels hospitalization, as well as increasing the cost to the system.13
One factor quite statistically observed and that should be emphasized, is related to ambulatorialização units urgency and emergency, in which many individuals seek them in conditions that do not warrant the attention and eventually mischaracterize the service.
Studies show that over 85% of visits to an emergency department may result from seeking care in the Emergency situation for no immediate risk or suffering. This leads to the loss of identity of these units and contributes to inefficient care, since overcrowding mostly with patients who can be treated at outpatient clinics, the professionals who occasionally occupy should be promoting quality care to patients in situations críticas.16
Thus, this functional change of urgent and emergency units associated with unhealthy working conditions and unsafe with the fulfillment of tasks primarily bureaucratic, lack of qualified nursing staff, physical environment and improper features of complex services emergency nurses emergencialista lead to situations of emotional stress which contributes to decreased quality of care that professional and his team as a whole.17
Given, the environment be urgent and emergency services conducive to physical and mental burden of the caregiver, it is interesting to note that the stress experienced by nurses in emergency care units, where the employee works in sectors considered stressful, both for workload, as the specifics of their tasks.17
The research points to the fact that stress exists when the workplace becomes a threat to the individual and resonates on a personal and professional, emerging demands greater than their ability to cope and concludes that the nurse must obtain emergency units minimal human and material resources in order to provide quality care to the patient and resolute in the face of complications occurring in this sector.17
The fence has been presented, one cannot fail to highlight nursing care in different emergency departments. Increasingly, this work is improving and performing important activities from the basic levels of health care to those of higher complexity. His performance in these units is not restricted to the hospital as part of their field assistance, pre-hospital component, including mobile units, rescue teams and integrating the body's military government institutions.
It is relevant in this discussion, knowing the pioneering study conducted by the Navy of Brazil, in which nursing practice brings a new perspective of action called Operation Nursing.
This term was created by the School of Health of the Navy for military nursing loom and it is an initial attempt at acting, proposed for deployment in the military, to care for and assist in borderline situations that military space, gets featured on fields of war. This study shows that the role of a nurse in emergency rooms is not restricted to services in the pre-hospital or hospital, emphasizing the importance of this professional service in assisting military bases in situations of higher or lower extremity, seeking its legitimacy as a service differentiated, innovative and contemporary together to competent national organs.18
Demonstrating another field of practice appropriate, a study that emphasizes the importance of training of nurses in Pre-hospital Care (PHC), stands out among its powers, this type of care in emergency rooms, the clinical rationale for the decision making and the ability to perform the operations promptly.19
Although nurses have recognized in your space relatively APH, specialization courses in emergency or APH are still recent in Brazil. Studies indicate that nurses Brazilian has been calling this area, through specialized courses (sensu lato) in emergency or APH, meeting the guidelines of the Ministry of Education and the Federal Council of Enfermagem.19
In the context of Brazil, the performance of nurses and their training are in arrears compared to other countries like the United States and France, which have a more developed system of APH, where nurses have a consolidated basis and recognized in their systems of care. But despite this progress in developed countries, the role of the nurse is constantly rethought.20
From this perspective, the participation of nurses in the structuring of services, development of educational and management of this type of attention yet require an organized effort to its expansion.15, 20
It is necessary to expand the role of nurse, not restricted purely to the provision of assistance, but extend to the organization and management of care as Basic Life Support, adding a new look to the services of APH.
These scholars also shows the need for specific training and improving technical and scientific for professionals who work in the emergency department, be justified by the fact that this site nursing staff in conjunction with the medical staff, performs a call to the synchronized patient trauma victim.
This fact guides the need to implement programs aimed at developing skills in this area and strengthening the skills of nurses to help in consolidating its practice in these services, since both require great dexterity in the technical field as in science.
At the same time, it is essential that managers, professionals and users have clarity of purpose of the work performed in the emergency department to be agreed with other agencies and institutions. Any mismatch between them will cause clashes and conflicts that have like product dissatisfaction of everyone involved in the process.
Thus, it is understood that despite the achievements accomplished by nurses in their trajectory of care, especially in character urgencies assistance and emergency room, there are still many challenges to be overcome towards implementing and enhancement of their work, and of its fundamental relevance contribution in the quest for consolidation of the Emergency Warning System as a resolute and effective strategy in the health of individuals, guided by the National Policy for Emergency ace.
CONCLUSION
The urgent and emergency units are important and wide field of nursing intervention. They represent the environment in which users are assisted in critical situations that compromise their life, and require nursing skill, vast technical and scientific knowledge, agility, leadership and management of care.
As part of the interdisciplinary health care team, assisting these establishments increasingly the nurse has assumed a prominent position in providing care to patients in emergency situations and has been appointed as the appropriate professional to assume the management of cases and situations emergency and urgent care.
In addition to these tasks, the performance of nurses urgencist understands its primary function of health care and the coordination of the nursing staff in providing care, but is not limited to these aspects.
His duties extend beyond the field of assistance, to the extent that, in most institutions, this professional exercises administrative and bureaucratic activities that often result in neglect of the central goal of his care. This is according to the literature, due to factors like unhealthy working conditions and unsafe with the fulfillment of tasks primarily bureaucratic, lack of qualified nursing staff, physical environment and improper complex features of the emergency services, leading to decreased quality of care that professional and his team as a whole.
From this perspective, it is evident unpreparedness of most professionals working in emergency rooms, even though the recent initiatives in this regard, hence the need for greater investment in capacity building, training and qualification in this area by the institutions and bodies, especially in Brazil.
This study provided different types of emergency services and emergency nurses assume prominent positions such as Emergency, Pre- hospital Care, Nursing Work and Hospitals, among others.
All in all, one cannot fail to reaffirm the nursing process as the main tool of the nurse in providing an effective and quality care to the user in critical situation. It helps the nursing staff to plan your care, streamlining, streamlining and linking their actions directed to patient care, allowing also value the work of the nursing staff as an essential part of being in rehabilitation care.
Finally, this research led to confirmation that the role of a nurse in urgent and emergency situations has not received due attention in the scientific community. Despite an intensive search and detailed, is still sparse collection of specific studies on this problem.
It is necessary, therefore, to expand the discussion about the purpose of work in emergency services and emergency, so that workers can take critical view of their work process, becoming, in conjunction with users and managers, protagonist comprehensive reorganization of the system of care for emergencies.
Just so the nursing staff can deepen their professional and consolidate its leading role, understanding that nurses play a central role and articulator which allows them great opportunities for interaction and influence on the professional actions that are developed in the emergency department, in favor production of a comprehensive and interdisciplinary care.
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Received on: 18/09/2011
Required for review: No
Approved on: 21/03/2013
Published on: 01/07/2013
Priscylla Helena Alencar Falcão Sobral1, Adriana Maria Pereira da Silva2, Viviane Euzébia Pereira Santos3, Rafaella Ayanne Alves dos Santos4, Amanda Larissa Souza dos Santos5
1Nurse, Mastering in Nursing by UFBA, Professor of the Department of Nursing and research member of the research group Theories and Practices in Health, Illness and Healing, University of Pernambuco, campus Petrolina, Pernambuco, Brazil. E-mail: [email protected]. 2Nurse, Resident Multiprofessional in Emergency Nursing, Hospital of Emergency and Trauma by the Federal University of Vale do São Francisco, Petrolina, Pernambuco, Brazil. E-mail: [email protected]. 3Nurse, PhD in Nursing, Professor of the Department of Nursing and Post-graduation in Nursing, Deputy leader of the research group laboratory of research of care, safety and health technologies and Nursing, Federal University of Rio Grande do Norte, Natal, Rio Grande do Norte, Brazil. E-mail: [email protected]. 4Nurse, Resident of Nursing in Health Women's Hospital Dom Malan at Institute of Integral Medicine Professor Fernando Figueira, Petrolina, Pernambuco, Brazil. E-mail: [email protected]. 5Nurse in the Family Health Strategy, Professor of the technical course in the Territorial Nursing Center for Professional of Piemonte Norte do Itapicuru, Jaguarari, Bahia, Brazil. Email: [email protected].
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