RESUMO
O Brasil é o maior produtor, consumidor e exportador de sementes de espécies forrageiras de clima tropical. Objetivou-se, com este estudo, avahar o desenvolvimento inicial de Brachiaria dictyoneura cv. Llanero, em função da profundidade de semeadura e dos métodos de superação de dormência. O trabalho foi realizado em casa de vegetação, em blocos casualizados, com quatro repetições e em esquema de parcela subdividida. Os tratamentos aplicados às parcelas foram cinco, com as profundidades de semeadura de 0,0; 2,0; 4,0; 6,0 e 8,0 cm e, nas subparcelas, os métodos de superação da dormência com e sem escarificação. Cada parcela experimental foi constituída de 25 sementes. A partir do 10° dia de semeadura iniciou-se a contagem de plantas emergidas, a fim de se determinar o índice de velocidade de emergência e, aos 35 dias posteriores à semeadura, avaliou-se a emergência das plântulas, a altura de plantas e a matéria seca da parte aérea. As sementes de B. dictioneura semeadas em tomo de 4,0 cm de profundidade e submetidas à escarificação mecânica apresentaram melhor desenvolvimento em todos os parâmetros avahados. A semeadura superficial e aquela em profundidades abaixo de 4,0 cm mostraram-se ineficientes para o desenvolvimento inicial de B. dictioneura.
Palavras-chave: desenvolvimento, escarificação, forrageira, germinação, pastagem.
ABSTRACT
Sowing depth and breaking dormancy at early seed growth of Brachiaria dyctioneura (Fig. & De Not.) Stapf (1919) cv. Llanero
Brazil is the largest producer, consumer and exporter of forage seeds from tropical climate. The objective of this study was to evaluate the initial development of Brachiaria dictyoneura cv. Llaneroaccording to sowing depth and methods of breaking dormancy. The experiment was conducted in a greenhouse in a randomized block design with four replications in a split plot design. The five treatments used in the experiment were sowing depths (0; 2.0; 4.0; 6.0 and 8.0 cm) and methods of breaking dormancy (with and without scarification)in subplots. Each plot consisted of 25 seeds and from the 10th day of sowing, emerged plants were counted to determine the emergence speed index and on the 35th day after sowing, the seedlings emergence, plant height and the dry mass of shoots were evaluated. Seeds of B. dictioneura sown at 4.0 cm of deepness and submitted to mechanical scarification showed better growth in all parameters evaluated. The surface sowing and at depths below 4.0 cm are inefficient for establishing B. dictioneurapastures.
Keywords: development, forage, germination, scarification, pasture.
INTRODUÇÃO
O Brasil possui o segundo maior rebanho bovino do mundo, com cerca de 198 milhões de animais (USDA, 2012). As forrageiras de clima tropical, principalmente as gramíneas (Poaceae) perenes cultivadas, constituem importante fonte de proteínas para a alimentação animal, graças ao baixo custo e ao alto potencial de produção. Independentemente do sistema de produção, a dieta do rebanho de corte brasileiro, aproximadamente 99%, é alicerçada nas pastagens (Castro et al., 2008).
As principais poáceas, cultivadas no Brasil (em termos de área plantada) são facilmente estabelecidas por via de sementes (Castro et al., 2008). Nesse cenário, o Brasil é o maior produtor, consumidor e exportador de sementes de espécies forrageiras de clima tropical, com mna produção de 70 mil toneladas na safra 2008/2009 (Abrasem, 2010). Segundo Costa et al. (2011), os cultivares do gênero Brachiaria representam mais de 80% da área.
A Brachiaria dictyoneura cv. Llanero, Poácea forrageira perene, originária da África Tropical, que tem nas sementes sua principal forma de propagação, apresenta tolerância a solos ácidos, de baixa fertilidade natural, e grande capacidade de adaptação a solos arenosos, graças a seu sistema radicular profundo (Costa et al., 2010).
Entretanto, a dormência pode interferir no uso das sementes forrageiras, por impedir a germinação e interferir diretamente no estabelecimento uniforme da pastagem (Almeida & Silva, 2004; Costa et al., 2011). Entendese como dormência o mecanismo pelo qual as sementes, mesmo viáveis e com todas as condições favoráveis (água, luz, temperatura), não germinam (Castro & Vieira, 2001). A germinação das sementes é regulada pela interação das condições ambientais com seu estado de aptidão fisiológica, sendo que cada espécie de planta exige um conjunto de requerimentos ambientais necessários para a germinação de suas sementes, como: a disponibilidade de água, luz, temperatura e a profundidade de semeadura (Carvalho & Christoffoleti, 2007).
A profundidade de semeadura da semente é um fator relevante para sua germinação (Oliveira & Scivittaro, 2007), variando de acordo com as culturas. A semeadura ideal deve ser realizada a mna profundidade suficiente para facilitar a absorção de nutrientes e a sustentação da planta, promovendo mna germinação rápida e uniforme, com o mínimo gasto de reservas (Shanmuganathan & Benjamin, 1992).
Na literatura, há trabalhos apontando para o efeito da profundidade de semeadura e dos métodos de superação de dormência no desenvolvimento inicial de plantas fonageiras. Trabalhando com Brachiaria brizantha, B. decumbens, B. ruziziensis e Panicum maximum cv. Tanzânia, em diferentes profundidades de semeadura, Pacheco et al., (2010) observaram redução na velocidade de emergência, deconente do aumento da profundidade de deposição da semente. Esses autores concluírán! que a profundidade de semeadura, até um centímetro, é adequada para essas espécies.
Objetivando identificar alternativas para a superação da dormência, Almeida & Silva (2004) estudaram os efeitos fisiológicos de tratamentos térmico e químico (H2SO4), em sementes de B. dictyoneura, e concluíram que ambos os métodos constituem alternativas para reduzir a dormência das sementes. Contudo, particularmente em relação ao calor, a deterioração pode ser acelerada durante o armazenamento. Sendo assim, o método químico apresenta melhores efeitos, graças ao período de longevidade da semente.
Apesar da sua eficiência, o tratamento químico poderá ocasionar danos aos trabalhadores envolvidos e à qualidade física da semente, além de contaminar o meio ambiente. Não há trabalhos na literatura com o objetivo de indicar a profundidade de semeadura que proporciona melhor germinação de B. dictyoneura. Estudos básicos sobre o desenvolvimento inicial da B. dictioneura, em diferentes profundidades de semeadura e diferentes métodos de superação de dormência fazem-se necessários.
Tendo em vista a escassez de material na literatura e a importância da fonageira como fonte de alimento para o rebanho bovino, são necessários novos estudos que visem às alternativas tecnológicas, aliando a eficiência operacional e a segurança ambiental.
Sendo assim, objetivou-se, com este estudo, avaliar o desenvolvimento inicial de Brachiaria dictyoneura cv. Llanero, em função da profundidade de semeadura e dos métodos de superação de dormência.
MATERIAL E MÉTODOS
O experimento foi realizado em casa de vegetação, na área experimental do campus da Universidade Federal do Piauí (UFPI) em Bom Jesus-PI (092 04' 28" S, 442 21' 31" O, em altitude média de 277 m), de agosto a setembro de 2012.
O clima da região é do tipo Aw, segundo a classificação global de Köppen, com duas estações bem definidas, sendo urna seca, de maio a setembro, e, outra, chuvosa, de outubro a abril. Durante a realização do estudo foram registradas, hora a hora e diariamente, a temperatura e umidade relativa do ar, sendo posteriormente calculadas as médias desses dados (Figura 1).
Foram utilizadas sementes de Brachiaria dictyoneura cv. Llanero, de um mesmo lote comercial, que foi dividido em duas porções. As sementes da primeira porção foram mantidas intactas (não escarificadas) tiveram suas análises realizadas, de acordo com Brasil (2009), e mostraram teor de pureza de 61%, poder de germinativo de 80% e valor cultural de 48,8%. A segunda porção de sementes foi submetida à escarificação manual, por atrito na palma da mão, para a retirada dos envoltórios externos (glumas e glumelas).
O delineamento experimental utilizado foi o de blocos casualizados, com quatro repetições, em esquema de parcela subdividida. Os tratamentos aplicados às parcelas foram as cinco profundidades de semeadura (0,0; 2,0; 4,0; 6,0 e 8,0 cm) e, nas subparcelas, os métodos de superação da dormência (com e sem escarificação).
Após o beneficiamento, foram semeadas, com urna pinça de mão, em bandejas plásticas perfuradas no fundo, em substrato composto de areia lavada e previamente esterilizada em autoclave. Cada bandeja constou de duas repetições de 25 sementes que, após a semeadura, permaneceram sobre urna bancada de alvenaria, em ambiente protegido e sob condições normais de temperatura, fotoperíodo e umidade relativa do ar.
Durante a realização do experimento, foram feitas irrigações diárias para reposição da água evapotranspirada e manutenção da capacidade de campo do substrato. A partir do 10° dia de semeadura, iniciou-se a contagem de plantas emergidas, a fim de se determinar o índice de velocidade de emergência (IVE), segundo forma de cálculo estabelecida por Maguire (1962), que considera as contagens diárias das plântulas emergidas entre o 10° e o 352 dias posteriores à instalação do estudo.
Determinou-se também a percentagem de emergência total de plântulas (EP) de Brachiaria aos 35 dias após a semeadura (DAS) e fez-se, na mesma data, a determinação da altura de plantas (AP), utilizando-se régua milimetrada, posicionada na base do colo até o ápice da folha mais nova. Posteriormente, realizou-se a coleta da parte aérea das plântulas (cortadas rente à superfície do solo), sendo submetidas à secagem em estufa de ventilação forçada, a 60 °C, até atingir massa constante, a fim de se determinar a matéria seca da parte aérea (MSPA).
A comparação entre as médias foi realizada pelo teste de Tukey, a 5% de probabilidade, utilizando-se o programa estatístico Sisvar (Feneira, 2008). Os dados quantitativos obtidos para o fator profundidade foram analisados por meio de regressão polinomial, sendo as equações ajustadas utilizando-se os parâmetros de conelação e determinação para as variáveis avahadas, em função das profundidades de semeadura e dos métodos de superação de dormência, empregando-se o programa estatístico SigmaPlot.
RESULTADO E DISCUSSÃO
Na Tabela 1 é apresentada a análise da variância. Constataque todas as variáveis em estudo foram significativamente (p < 0,01) influenciadas pelos fatores métodos de superação de dormência e profundidade de semeadura. Interação entre ambos os fatores não se verificou, sendo assim, procedeu-se um estudo isolado entre os fatores.
O uso da escarificação mecânica para a remoção dos envoltórios externos mostrou ser eficiente, resultando em maiores percentagens de germinação, índice de velocidade de emergência, altura das plantas e matéria seca da parte aérea, quando comparados com os da testemunha, dos quais diferiram estatisticamente para todas as variáveis analisadas (Tabela 2). Resultados semelhantes foram observados por Meschede et al. (2004), ao utilizarem a escarificação mecânica em sementes de Brachiaria brizantha cv. Marandu. Isso se deve ao fato de a escarificação mecânica promover a remoção das glumas e glumelas que protegem a cariopse e aumentaren!, assim, as trocas gasosas que eliminam a dormência (Câmara & Stacciarini-Seraphin, 2002).
Segundo Marcos Filho (2005), a dormência é um mecanismo resultante da estratégia evolutiva das espécies frente às variações ambientais. Dessa forma, na ausência de condições específicas do ambiente, há interferência de um ou mais mecanismos de bloqueio, impedindo a transcrição da mensagem genética para a ativação da sequência metabólica que culminará na germinação. Entretanto, para formação de forragens são necessárias tecnologias de manejo que visem a promover a germinação rápida e uniforme, impedindo, assim, o surgimento de plantas daninhas.
A máxima profundidade de semeadura estimada, em termos de velocidade de emergência das plântulas de Brachiaria, oconeu a 4,03 cm de profundidade, sendo que o ponto máximo do índice de velocidade de einer- gência estimado é de 7,00. A semeadura superficial e a profundidade de semeadura de 6,0 a 8,0 cm reduziram drasticamente a velocidade de emergência (Figura 2). Resultados obtidos neste estudo corroboram os obtidos por Foloni et al. (2009ab), que, utilizando sementes de Brachiaria brizantha cv. MG-5 e Marandu, obtiveram menores velocidades de emergência do que as das depositadas superficialmente e em profundidades superiores a 5,0 cm, respectivamente.
As profundidades influenciaram, significativamente, a percentagem de emergência de plantas aos 35 dias (Figura 3), a equação de regressão se ajustou ao modelo quadrático das curvas (p<0,01). A maior taxa diária de emergência plântulas de Brachiaria dictioneura cv. Llanero estimada neste estudo, de 54,46%, pode ser obtida com a deposição das sementes a 3,89 cm de profundidade (Figura 3). As sementes depositadas a 8,0 cm apresentaram baixa taxa de emergencia, porém superior à daquelas depositadas na superficie do solo (0 cm).
Esses resultados corroborant, em parte, aos verificados por Foloni et al. (2009b) e Rezende et al. (2012), que mostraram que a profundidade de semeadura para espécies forrageiras encontra-se entre 2,5 e 5,0 cm. Porém, a profundidade de semeadura a 2,5 cm, para espécies do género Brachiaria mostrou-se a mais eficiente para a emergencia de plantas. De acordo com Cazetta et al. (2005), Usberti & Martins (2007) e Brancalion & Marcos Filho (2008), espécies utilizadas para produçào de palhada ou forragem necessitam apresentar altas taxas de crescimento inicial, para poderem competir com plantas daninhas e promoverem a rápida cobertura do solo.
A semeadura superficial mostrou-se ineficiente para emergencia e velocidade de emergencia das plantas (Figura 2 e 3), pois, quando as sementes sao depositadas entre 2,0 a 4,0 cm, dispöem de melhores condiçôes, como presença de luz, umidade e temperatura. De acordo com Bewley & Black (1994), a disponibilidade de água é extremamente importante para promover germinaçào, crescimento inicial de raizes e elongaçào de tecidos vegetáis, e esses fatores sao altamente influenciados pelo potencial matricial de água no solo, textura e área de contato entre solo e semente. Para a semeadura realizada em profundidades entre 6,0 e 8,0 cm, há urna barreira mecánica sobre as sementes que mostrou ser mais limitante à emergencia da Brachiaria e, consequentemente, ao índice de emergencia.
A altura de plantas da B. dictyoneura foi significativamente influenciada pelas profundidades de semeadura (Figura 4). Aequaçào ajustou de maneira quadrática, evidenciando o ponto máximo estimado da altura de 9,36 cm, quando as sementes foram depositadas na profundidade de 3,87 cm, com a equaçào apresentando significancia (p<0,01) para os tratamentos.
A altura de plantas é outro parámetro essencial para se definir o potencial de competiçào da forrageira com as plantas daninhas. Observou-se que, quando depositadas na superficie e nas profundidades de 6,0 e 8,0 cm, hà diminuiçào na altura de plantas. Pacheco et al. (2010), estudando profundidades de semeadura para a implantaçào de Brachiaria brizantha, B. decumbens, B. mziziensis e Panicum maximum cv. Tanzania, observaram que as semeaduras em superficie e a 8,0 cm prejudicaram as quatros espécies forrageiras, em relaçào às semeaduras realizadas nas profundidades de 1,0 e 4,0 cm. Da mesma forma, Zimmer et al. (1994), trabalhando com as espécies B. brizantha e B. decumbens, relataram que a semeadura de forrageiras em profundidade inadequada provoca danos à distribuiçào espacial e à densidade populacional de plantas.
Profundidades excessivas aumentam a resistencia mecánica, dificultando o processo de germinaçào e o crescimento da planta (Zimmer et al., 1994; além de reduzirem a temperatura, a disponibilidade de O, e aumentarem o acúmulo de CO, (Tillmann et al., 1994; Prado et al, 2002), formando compostos fermentados durante o processo respiratorio (Taiz & Zeiger, 2009) e afetando o processo germinativo.
O crescimento rápido das plantas de B. dictyoneura reduz a possibilidade de plantas daninhas transporem, pelo crescimento em altura, o dossel das plantas e interceptar quantidade significativa de luminosidade destinada ao seu crescimento. Dessa forma, semeaduras superficiais ou em camadas profundas podem resultar em baixa produçào forrageira e, consequentemente, contribuir para o insucesso da atividade pecuária.
Na Figura 5, estäo representados os resultados de acúmulo matéria seca da parte aérea de plántulas de B. dictyoneura, aos 35 dias após semeadura. De maneira gérai, os resultados mais expressivos de produçào de matéria seca ocorreram para a semeadura estimada na profundidade realizada a 3,92 cm, com urna produçào de matéria seca da parte aérea de 38,59 mg (Figura 5). Já aquelas depositadas superficialmente e ñas profundidades de 6,0 e 8,0 cm näo apresentaram boa capacidade de produçào de matéria, o que corrobora com os estudos desenvolvidos por Foloni et al (2009a) para sementes de B. brizantha cv. MG-5.
A produçào de matéria seca é um dos principáis fatores avahados em espécies forrageiras e, segundo Garcia et al (2004), altas produçôes säo fundamentáis para a introduçâo de bovinos na área para o pastejo. Sbrissia et al (2003), trabalhando com a forrageira Tifton 85 (Cynodon spp.), relataram que, à medida que aumenta a altura dessa forrageira, aumenta também a produçào de matéria seca, linearmente, corroborando os resultados obtidos neste estudo, em que a profundidade em torno de 4,00 cm apresentou maior altura de plantas (Figura 4) e, consequentemente, maior matéria seca da parte aérea, na mesma profundidade, em relaçào às outras profundidades, tratamentos que apresentaram menores valores para essa variável (Figura 5).
Por se tratar de urna gramínea, cujo metabolismo de fixaçâo é C4, a B. dictioneura apresenta produçào elevada. Provavelmente, por ser urna forrageira mais alta, maior será a quantidade e maior o tamanho das folhas, refletindo-se, assim, em mais fotossíntese e mais fotoassimilados, elevando a produçào de matéria. As sementes de B. dictioneura depositadas cerca de 4,0 cm de profundidade apresentaram melhor desenvolvimen- to, possivelmente graças às melhores condiçôes edafoclimáticas encontradas nessa profundidade.
Fica claramente evidenciado que a dorméncia da semente e a profundidade afetam o crescimento e o desenvolvimento inicial dessa forrageira. Os pecuaristas devem ficar atentos a essas variáveis, a fim de obterem o máximo desempenho fisiológico da semente, objetivando promover urna germinaçào com populaçào uniforme e adequada. Apesar de ser urna semente pequeña, a B. dictioneura apresenta características intrínsecas e de adaptaçào que permitem germinar vigorosamente na profundidade em tomo de 4,0 cm.
CONCLUSÖES
O uso da escarificaçào constituí alternativa para a reduçào da dorméncia ñas sementes de B. dictioneura.
A melhor profundidade de semeadura é de cerca de 4,0 cm, por promover melhores percentagens de germinaçào, índice de velocidade de emergéncia, altura de plantas e matéria seca.
AGRADECIMENTOS
Os autores expressam seus agradecimentos à CAPES (Coordenaçào de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nivel Superior) e ao CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico), pela concessäo de bolsas, e à Universidade Federal do Piauí (UFPI), pelo apoio logístico.
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http://dx.doi .org/10.1590/0034-737X20146106009
Recebido para publicação em 18/03/2013 e aprovado em 04/02/2014.
1 Engenheiro-Agrônomo, Mestre. Universidade Federal de Lavras, Campus Universitário, 37200-000, Lavras, Minas Gerais, Brasil. [email protected] (autor para correspondência).
2 Engenheiro-Agrônomo, Mestre. Universidade Federal do Piauí, Campus Professora Cinobelina Elvas, Rodovia BR 135 Km 3, 64900-000, Bom Jesus, Piauí, Brasil. fabricioandradeagro@gmail .com
3 Engenheiro-Agrônomo, Mestre. Universidade Federal do Piauí, Campus Professora Cinobelina Elvas, Rodovia BR 135 Km 3, 64900-000, Bom Jesus, Piauí, Brasil. [email protected]
4 Engenheiro-Agrônomo, Mestre. Universidade Federal do Piauí, Campus Professora Cinobelina Elvas, Rodovia BR 135 Km 3, 64900-000, Bom Jesus, Piauí, Brasil. [email protected]
5 Engenheiro-Agrônomo, Mestre. Universidade Federal do Piauí, Campus Professora Cinobelina Elvas, Rodovia BR 135 Km 3, 64900-000, Bom Jesus, Piauí, Brasil. [email protected]
6 Engenheiro-Agrônomo, Mestre. Universidade Federal do Piauí, Campus Professora Cinobelina Elvas, Rodovia BR 135 Km 3, 64900-000, Bom Jesus, Piauí, Brasil. [email protected]
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Copyright Universidade Federal de Viçosa-UFV, Revista Ceres Nov/Dec 2014
Abstract
Brazil is the largest producer, consumer and exporter of forage seeds from tropical climate. The objective of this study was to evaluate the initial development of Brachiaria dictyoneura cv. Llanero according to sowing depth and methods of breaking dormancy. The experiment was conducted in a greenhouse in a randomized block design with four replications in a split plot design. The five treatments used in the experiment were sowing depths and methods of breaking dormancy in subplots. Each plot consisted of 25 seeds and from the 10th day of sowing, emerged plants were counted to determine the emergence speed index and on the 35th day after sowing, the seedlings emergence, plant height and the dry mass of shoots were evaluated. Seeds of B. dictioneura sown at 4.0 cm of deepness and submitted to mechanical scarification showed better growth in all parameters evaluated. The surface sowing and at depths below 4.0 cm are inefficient for establishing B. dictyoneura pastures.
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