Resumo: Introdução: A terapia ocupacional vem apresentando uma crescente atuação na área de saúde e trabalho com intervenções na reabilitação, promoção e vigilância em saúde do trabalhador. Objetivo: O objetivo foi analisar as produções científicas da terapia ocupacional na área de saúde do trabalhador no período de 2000 a 2013, com base no nível de evidência. Método: Realizou-se um levantamento bibliográfico das produções de artigos dos dois principais periódicos da área de terapia ocupacional no Brasil: a Revista de Terapia Ocupacional da USP e os Cadernos de Terapia Ocupacional da UFSCar, utilizando-se como descritores os termos "saúde do trabalhador", "ergonomia", "acidentes de trabalho", "trabalhador", "LER (Lesões por Esforços Repetitivos)", "reabilitação profissional" e "pessoas com deficiência". Os dados foram organizados a partir de: (a) produção por tipo de trabalho, que foram analisados de acordo com o nível de evidência; (b) produção por ano de publicações; e (c) publicação segundo objeto de estudo. Resultados: A amostra foi constituída de 30 artigos, com 90% (n=27) de nível de evidência seis; 34% (n=10) das publicações entre os anos de 2011 e 2012 e com relação à origem do primeiro autor; 90% (n=27) vinculados à instituição de ensino. Sobre o objeto de estudo, 27% (n=8) foram LER; 23% (n=7), ergonomia; 17% (n=5), saúde mental e trabalho; e 13% (n=4), pessoas com deficiência. Conclusão: Concluiu-se que os artigos incluídos nesta pesquisa apontaram para uma predominância de abordagem de publicação. O fato de não se encontrarem outros tipos de estudos revelou a necessidade de novas pesquisas com base em outras abordagens metodológicas.
Palavras-chave: Terapia Ocupacional, Saúde do Trabalhador, Ergonomia, Revisão.
Occupational Therapy and workers' health: an overview of the bibliographic production
Abstract: Introduction: Occupational therapy has presented an increasing growth in the health and occupational field, with interventions in rehabilitation, prevention, promotion and surveillance in occupational health. Objective: The study aimed to analyze occupational therapy scientific publications in the period from 2000 to 2013, based on the level of evidence. Method: A bibliographical research on the production of papers from the two main journals in the field of occupational therapy in Brazil was developed: Revista de Terapia Ocupacional from USP and Cadernos de Terapia Ocupacional from UFSCar, using as key words, in Portuguese, corresponding to "workershealth", "ergonomics", "work accidents", "worker", "RSI (Repetitive Strain Injuries)", "professional rehabilitation", and "people with disabilities". The data were grouped and organized as: (a) production by types of work analyzed according to the level of evidence; (b) production by years of publications; and (c) publication in accordance with the object of study. Results: The sample consisted of 30 papers, with 90% (n=27) with level of evidence six, 34% (n=10) of publications between the years 2011 to 2012 and regarding the first author affiliation, 90% (n=27) was affiliated to the educational institution. On the object of study 27% was RSI, 23% (n=7) was ergonomics, 17% (n=50) was mental health and work and 13% (n=40) people with disabilities. Conclusion: It was concluded that publications included in this research point to a predominance of publishing approach. The failure to find other studies showed the need for further research based on different methodological approaches.
Keywords: Occupational Therapy, Health Workers, Ergonomics, Review.
1 Introdução
A área da Saúde do Trabalhador (ST) é um campo de práticas e saberes interdisciplinares, que visam à integridade física, emocional e social dos trabalhadores. Atualmente, as intervenções na área são orientadas pela Política Nacional de Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora - PNSTT (BRASIL, 2012), cuja premissa é a atenção integral à saúde dos trabalhadores.
Na terapia ocupacional (TO), as ações no campo da ST no Brasil, década de 1950, partiram do foco na reabilitação dos indivíduos, dentre eles os trabalhadores, o que impulsionou a criação de diversos centros de recuperação, habilitação e reabilitação profissional. No entanto, o atendimento era voltado apenas para os trabalhadores contribuintes da Previdência Social, e também, não era viabilizada a reinserção para o mercado de trabalho (LAMONATO et al., 2007).
Já nos Centros de Reabilitação Profissional (CRP) do Instituto Nacional de Previdência Social (INPS), década de 1980, o modelo de atenção era desenvolvido por equipes multiprofissionais formadas por médicos, assistentes sociais, psicólogos, fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais, enfermeiros, fonoaudiólogos, pedagogos e sociólogos. Todos os recursos terapêuticos necessários constavam do interior do próprio serviço. O terapeuta ocupacional atendia a clientela do serviço, os trabalhadores amputados por acidentes de trabalho que ficavam em programa de reabilitação profissional visando ao retorno ou à reinserção ao trabalho (TAKAHASHI; IGUTI, 2008).
Segundo Soares (1991), a TO vem intervir no binômio trabalho-saúde e, sob o ponto de vista da autora, assume, enquanto base fundamental, o caráter subjetivo/objetivo do trabalho como realização da capacidade humana e inserção do indivíduo na sua realidade material.
Watanabe e Nicolau (2001) revelam que os terapeutas ocupacionais brasileiros vêm desenvolvendo diversos trabalhos na área de saúde do trabalhador, exercendo diferentes papéis (funcionários da empresa, consultor, assessor, prestador de serviços, parceiro e colaborador de pesquisa e intervenção) e atuando, basicamente, em quatro frentes: reabilitação, prevenção de doenças, promoção da saúde e promoção social, mas também na investigação das atividades laborais, condições, postos, organização e relações do trabalho, com o objetivo de prevenir doenças ocupacionais e acidentes de trabalho.
Nos serviços públicos de saúde, como os Centros de Referência em Saúde do Trabalhador (Cerest), as ações de TO estão articuladas com as demais ações de saúde em equipes multidisciplinares (LANCMAN; GHIRARDI, 2002), realizando atividades de assistência aos trabalhadores adoecidos ou acidentados no trabalho, traçando plano de atendimento individual ou grupal; vigilância em saúde do trabalhador, dos ambientes e condições de trabalho utilizando recursos como a ergonomia da atividade; e educação em saúde e trabalho, com ações de capacitação junto à rede para auxiliar na supervisão para notificação dos acidentados do trabalho nas unidades de urgência/emergência dos territórios municipais.
Destaca-se que a TO passa a fazer parte do cenário não apenas da saúde do trabalhador como também da Vigilância em Saúde do Trabalhador (Visat), desenvolvendo ações essenciais na investigação, análise e intervenção relacionadas ao trabalho visando à promoção de saúde, bem como prevenção de agravos relacionados a acidentes e doenças ocupacionais (DALDON; LANCMAN, 2013a).
Lancman e Ghirardi (2002) afirmam a importância da atuação de terapeutas ocupacionais na área de saúde do trabalhador, por ser um profissional altamente habilitado para tratar e prevenir os agravos nutridos pelas relações homem-trabalho intimamente associadas desde os primórdios da humanidade até a contemporaneidade.
Portanto, a prática da TO no cenário da saúde do trabalhador deve incluir ações que busquem a prevenção de doenças ou agravos advindos de atividades laborais, reabilitação dos indivíduos já adoecidos, dando atenção especial ao homem e às questões que permeiam a sua saúde, uma vez que as condições e a forma como é organizado o trabalho constituem fatores importantes na determinação do adoecimento, permitindo, ao trabalhador, a realização de uma tomada de consciência e conhecimento acerca de sua prática, possibilitando a realização de mudanças na sua relação com o trabalho que executa (LANCMAN, 2004).
Considerando que a atuação da TO amplia-se ao inserir-se no campo da saúde do trabalhador, este trabalho buscou sintetizar e evidenciar, do ponto de vista da inserção profissional na área, produções científicas existentes sobre as intervenções da TO tanto em serviços relacionados à saúde dos trabalhadores, quanto em pesquisas acadêmicas voltadas para a questão saúde e trabalho. Com isso, o objetivo foi analisar as produções científicas da terapia ocupacional na área de saúde do trabalhador de 2000 a 2013, com base no nível de evidência e, especificamente, buscou-se identificar os anos de publicações e o objeto de estudo que fundamentaram a prática baseada em evidência na área durante o período selecionado.
2 Método
O estudo baseia-se no método de levantamento bibliográfico da literatura, visando realizar um resgate das publicações existentes de terapia ocupacional (TO) na saúde do trabalhador (ST), compreendidas entre 2000 e 2013. O recorte temporal da pesquisa se justifica pelas conquistas da área durante o período, como a criação da Rede Nacional de Atenção Integral à Saúde do Trabalhador (Renast) no ano de 2002, desencadeando ações na rede de Atenção Básica, nos Centros de Referência em Saúde do Trabalhador (Cerest), o que possibilitou a entrada de terapeutas ocupacionais neste campo de atuação.
Para Lakatos e Marconi (2003), a pesquisa bibliográfica tem a finalidade de colocar o pesquisador em contato direto com o que já foi escrito, dito ou filmado sobre determinado assunto.
Foi realizada uma revisão buscando encontrar a inserção da TO no campo da saúde do trabalhador. A pesquisa pautou-se em dois periódicos de produção científica da área de terapia ocupacional no Brasil, a Revista de Terapia Ocupacional da Universidade de São Paulo (USP) e os Cadernos de Terapia Ocupacional da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar). Como procedimento para o levantamento bibliográfico, foi realizado o acesso na própria plataforma das referidas revistas. Optou-se por ambas as revistas por apresentarem indexações em bases de dados online, como a Literatura Latino-americana e do Caribe em Ciências da Saúde - Lilacs, uma das principais bases da área da saúde, que permite o acesso eletronicamente e possibilita a divulgação do conhecimento científico na área de terapia ocupacional.
Destaca-se ainda que as revistas analisadas não apresentam fator de impacto, entretanto são, atualmente, os dois principais periódicos nacionais de Terapia Ocupacional, caracterizando-se como uma importante fonte de busca de evidência científica e de divulgação da produção do conhecimento e da intervenção na área.
Os descritores utilizados foram: saúde do trabalhador, ergonomia, reabilitação profissional, acidente de trabalho, LER, pessoas com deficiência, terapia ocupacional. Todos os descritores foram combinados com o termo terapia ocupacional. A Tabela 1 apresenta as combinações.
Os critérios de inclusão foram publicações em forma de artigo científico na língua portuguesa e que tivesse entre os autores o terapeuta ocupacional. Procedeu-se à leitura dos resumos buscando identificar dados correspondentes à inserção da TO na saúde do trabalhador. Quando necessário, foi realizada a leitura dos artigos na íntegra. Foram excluídas do escopo desse estudo as publicações em forma de resumo de dissertações ou teses, editorial, bem como os artigos que não apresentavam relação com o objeto estabelecido nesta pesquisa. Ao todo, foram encontradas 155 publicações em ambas as revistas de terapia ocupacional. Destas, foi considerada uma amostra de 30 artigos que atendiam a todos os critérios de seleção.
Os dados foram organizados quantitativamente em forma de gráficos por categorias, a saber: a) produção por tipo de estudo, que foram analisadas de acordo com a força de evidência, classificada em sete níveis, conforme proposto por Melnyk e Fineout-Overholt (2005), no qual, quanto menor o número, maior será a força de evidência do estudo; b) produção por ano de publicações; e c) publicação segundo objeto de estudo. A Tabela 2 apresenta os sete níveis de evidência.
3 Resultados
A amostra considerada neste estudo foi de 30 artigos, distribuídos entre os Cadernos de Terapia Ocupacional da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) e a Revista de Terapia Ocupacional da Universidade de São Paulo (USP), n=9 e n=21, respectivamente. Para melhor organização, os dados foram descritos conforme apresentados a seguir:
a) Produção por tipo de estudo e força de evidência
A partir da análise dos dados, após a leitura dos resumos, foram encontrados 93% (n=28) de artigos classificados como pesquisa e 7% (n=2) de natureza teórica (Tabela 3). Os tipos de desenho de estudos entre os artigos de pesquisa foram: revisão bibliográfica, descritivo retrospectivo, descritivo exploratório, estudo de caso e relato de experiência.
Foi possível classificar a amostra das 30 publicações pelo nível de evidência, de acordo com Melnyk e Fineout-Overholt (2005), apresentando uma distribuição de 90% (n=27) de força de evidência 6 (derivadas de estudo descritivo ou qualitativo); de 7% (n=2) de força de evidência 7 (oriundas de opinião); e de 3% (n=1) de força de evidência 5 (originárias de revisão sistemática de estudos descritivos e qualitativos) (Tabela 2).
Observa-se que a maioria das pesquisas incluídas neste trabalho foram delineadas como estudos qualitativos e/ou descritivos, sem a presença de nenhum ensaio clínico randomizado, acerca da intervenção da terapia ocupacional na saúde do trabalhador. Para Escosteguy (1999), os estudos randomizados são usados como padrão de referência dos métodos de pesquisa, sendo a melhor fonte de evidência científica disponível e a melhor fonte de determinação da eficácia de uma intervenção.
Sobre a institui??o de origem do primeiro autor, 90% (n=27) est?o vinculados ? institui??o de ensino, seja como docente ou discente, com destaque para Universidade de S?o Paulo - USP (27%, n=8); Universidade Federal de S?o Paulo - Unifesp (27%, n=8); Universidade Federal de S?o Carlos - UFSCar (17%, n=5); Universidade Federal de Minas Gerais - UFMG (7%, n=2); Pontif?cia Universidade Cat?lica de Campinas - PUC (7%, n=2); Universidade Federal do Paran? - UFPR e Centro Universit?rio Claretiano - Ceuclar, ambas com 3% (n=1). Apenas 10% (n=3) dos artigos est?o relacionados aos servi?os de aten??o ? sa?de do trabalhador, como o Centro de Refer?ncia em Sa?de do Trabalhador - Cerest e 3% (n=1) do Instituto Nacional de Seguro Social (INSS).
O maior quantitativo de produ??es cient?ficas da terapia ocupacional na ?rea de sa?de do trabalhador foi encontrado na Revista de Terapia Ocupacional da USP, o que corresponde a 70% (n=21) das publica??es.
b) Produ??o por ano de publica??o
Considerando o per?odo de 2000 a 2013 de publica??o dos 30 artigos, foram encontrados n=4 (13%) artigos em 2002, n=1 (3%) artigo em 2003, n=3 (10%) artigos em 2004, n=1 (3%) artigo em 2005, n=2 (7%) artigos em 2006, n=1 (3%) artigo em 2007, n=1 (3%) artigo em 2008, n=3 (10%) artigos em 2009, n=2 (7%) artigos em 2010, n=5 (17%) artigos em 2011, n=5 (17%) artigos em 2012 e n=2 (7%) artigos em 2013. Destaca-se que nos anos 2000 e 2001 n?o houve nenhuma publica??o, considerando ambos os peri?dicos, como mostra a Figura 1 a seguir.
c) Publica??o segundo desenho do estudo
Em rela??o ao quantitativo das produ??es segundo objeto de estudo, foi poss?vel identificar, conforme a Figura 2, que a maioria dos estudos encontrados foram sobre Les?es por Esfor?os, Repetitivos - LER (n=8) e Ergonomia (n=7), seguidos de Sa?de Mental e Trabalho (n=5) e Pessoas com Defici?ncia (n=4).
Apesar de estudos sobre acidente de trabalho e reabilita??o profissional n?o estarem entre os objetos mais estudados na terapia ocupacional, n=2 e n=1 artigos, respectivamente, ambos representam um grande campo de interven??o da ?rea de Sa?de do Trabalhador.
4 Discuss?o
Os dados revelaram que a terapia ocupacional vem se inserindo na ?rea de sa?de do trabalhador, ao apresentar publica??es significativas ao longo do per?odo destacado. Em estudo publicado por Bezerra e Neves (2010) com o objetivo de tra?ar o perfil da produ??o cient?fica referente ? sa?de do trabalhador, no per?odo compreendido entre janeiro de 2001 e mar?o de 2008, em que foram analisados 170 trabalhos, verificou-se que, dos 124 artigos publicados na Regi?o Sudeste do Brasil, o Estado de S?o Paulo respondeu por 33,71% de toda a publica??o cient?fica.
Os achados deste estudo tamb?m apontaram um maior quantitativo de publica??es para a Regi?o Sudeste, 83%. De acordo com dados do e-MEC (BRASIL, 2015), o Estado de S?o Paulo abriga 17 Institui??es de Ensino Superior reconhecidas de gradua??o do curso de terapia ocupacional, bem como o maior n?mero desses profissionais no Brasil.
J? com rela??o ? quantidade de produ??es cient?ficas e os seus respectivos anos de publica??o, h? dois momentos de pico: os anos de 2002 e 2011/2012.
No ano de 2002, por exemplo, Lancman e Ghirardi (2002) trouxeram uma discussão sobre novas práticas da terapia ocupacional na área de saúde e trabalho. Ao relatarem sobre essas práticas, as mesmas autoras enfatizaram a participação do terapeuta ocupacional na equipe dos Centros de Referência em Saúde do Trabalhador, o que permitiu a ampliação da atuação como intervenção nos ambientes do trabalho, assistência individual e grupal aos trabalhadores, trazendo para os terapeutas ocupacionais o desafio de buscar embasamento teórico em áreas nas quais o debate estava mais avançado. Estima-se que essa discussão pode ter impulsionado as publicações desse período.
Em 2005, ocorreu um momento marcante para a área, a 3a Conferência Nacional de Saúde do Trabalhador (CNST), com o título "Trabalhar Sim!, Adoecer Não!", representando a participação dos três ministérios (Saúde, Trabalho e Emprego, Previdência Social) para discutir sobre o mundo do trabalho, seus impactos sobre a saúde e as relações interinstitucionais (NOBRE, 2013). Os reflexos desse momento, de certa forma, influenciaram as pesquisas e as discussões na área nos anos posteriores.
Em outro cenário, no ano de 2011, foi aprovada a Política Nacional de Saúde e Segurança no Trabalho - PNSST (BRASIL, 2011), buscando propor uma articulação entre os Ministérios da Saúde, Previdência e do Trabalho e Emprego. Em 2012, outro grande marco para a área de saúde de trabalhador: a publicação da Política Nacional de Saúde do Trabalhador e Trabalhadora (PNSTT).
Segundo Nobre (2013), a PNSTT aponta para uma importante revisão e reconfiguração das funções e papéis da Rede Nacional de Atenção Integral à Saúde do Trabalhador (Renast) e dos Centros de Referências em Saúde do Trabalhador (Cerest), ao levantar a necessidade de inserção de ações de saúde do trabalhador em todos os níveis de atenção do Sistema Único de Saúde (SUS). A Renast não está mais restrita ao centro de referência. O Cerest continua sendo fundamental e, agora, como apoio técnico especializado para toda a rede, além de assumir o apoio técnico e especializado, auxílio para as vigilâncias em saúde, presente em cada município do país.
Posteriormente, Daldon e Lancman (2013b) discutem os rumos e as incertezas da vigilância em saúde do trabalhador diante dos diferentes processos de trabalho e os mecanismos utilizados nas intervenções no ambiente de trabalho diante da diversidade das necessidades de cada serviço voltado à ST.
Por outro lado, nos anos de 2008 e 2010, o Instituto Nacional de Seguro Social (INSS) contratou mais de 183 terapeutas ocupacionais para compor seu quadro de funcionários com base na recente proposta de revitalização da reabilitação profissional desta instituição (BREGALDA; LOPES, 2013).
Além disso, o Programa de Apoio aos Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (Reuni) possibilitou a criação de novos cursos de Terapia Ocupacional e a composição de um corpo docente compreendendo diversas áreas de atuação deste profissional, dentre elas, a saúde do trabalhador.
Desse modo, todos os contextos acima mencionados podem ter contribuído para o desenvolvimento da produção de conhecimento da prática baseada em evidência da terapia ocupacional na área de saúde do trabalhador.
Nessa perspectiva, com relação ao objeto de estudo, destacam-se nesta pesquisa as Lesões por Esforços Repetitivos - LER, Ergonomia e Saúde Mental e Trabalho.
Para Maeno e Wunsch Filho (2010), o aumento dessas lesões pode ser explicado por transformações do trabalho e das empresas, cuja organização tem se caracterizado pelo estabelecimento de metas e produtividade, considerando suas necessidades, particularmente de qualidade dos produtos e serviços e aumento da competitividade de mercado, sem levar em conta os trabalhadores e seus limites físicos e psicossociais.
Considerando os dados atuais da Coordenação Geral de Saúde do Trabalhador (REDE..., 2014), vinculados à Renast, sobre o número de notificação de agravos e doenças relacionadas ao trabalho no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), as LER predominam com 74% das notificações, caracterizando-se, ainda, como a doença mais prevalente no mundo do trabalho.
Já com relação aos estudos de ergonomia, os achados revelaram um direcionamento das pesquisas para análises ergonômicas do trabalho - AET (GUÉRIN et al., 2001). A Ergonomia, para a International Ergonomics Association (2015), é a disciplina relacionada ao entendimento das interações entre os seres humanos e os sistemas de trabalho. Através de suas teorias, seus métodos e seus princípios, busca melhor adaptação do trabalho às características fisiológicas e psicológicas do ser humano.
Nesse sentido, a Ergonomia torna-se um recurso essencial na área de saúde do trabalhador para compreender as condições e as relações de trabalho, através de análises mais detalhadas das situações ou postos de trabalho, com vistas à prevenção de doenças, ao bem-estar e à segurança do trabalhador.
Por outro lado, para Leão e Minayo Gomes (2014), existe a eminente necessidade da discussão sobre o sofrimento mental no trabalho e a importância em responder a essa demanda, que cada vez mais se torna explícita na área de vigilância em saúde do trabalhador. Nesse contexto, o estudo de Lima et al. (2014) revela a crescente demanda sobre o tema do assédio moral no trabalho, que vem sendo amplamente discutido tanto no campo acadêmico quanto na sociedade em geral.
A partir da análise das trinta publicações encontradas, constatou-se um predomínio de estudos com força de evidência 6, ou seja, estudos qualitativos descritivos, apresentando trabalhos de caracterização de uma área ou campo, possivelmente porque a saúde do trabalhador ainda é uma área recente de atuação para a terapia ocupacional. Para Gil (2002), estudos descritivos fornecem informações sobre a população e sobre a compreensão de uma determinada realidade, fazem a interpretação dos fatos do campo pesquisado sem interferência do pesquisador, possibilitando o conhecimento do fenômeno estudado.
Apesar das atuações desse profissional nos Centros de Reabilitação do Profissional na década de 80 e, segundo Maeno e Carmo (2005), da inclusão de questões de Saúde do Trabalhador na agenda da Reforma Sanitária Brasileira, ao apresentar um conceito mais ampliado de saúde com a criação do Sistema Único de Saúde (SUS), Constituição Federal de 1988, ainda se trata de um campo de conhecimento em construção.
Em consonância a estes dados, o estudo de Galheigo e Antunes (2008) identifica a maior parte da literatura publicada de terapia ocupacional na prática hospitalar, também por ser uma área em construção, como relatos de experiência ou pesquisas qualitativas.
Por isso, o panorama dos estudos encontrados foi de pesquisas qualitativas ou descritivas que apoiam a identificação e compreensão do cenário e desse processo de reconhecimento dentro de uma área de atuação.
5 Conclusões
As publicações incluídas nesta pesquisa apontaram para uma predominância de nível de evidência. Fato este que demonstra a necessidade de pesquisas futuras com base em outras abordagens metodológicas, sendo essencial para a ampliação da construção do conhecimento e do entendimento do campo de atuação da terapia ocupacional na saúde do trabalhador.
Destaca-se, como limitação deste estudo, a revisão bibliográfica realizada apenas em revistas de terapia ocupacional, tornando-se relevantes novas pesquisas que ampliem esta revisão considerando outros periódicos da área, visto que a saúde do trabalhador é um campo interdisciplinar e com interfaces na saúde coletiva, saúde pública, epidemiologia, dentre outros.
Conclui-se que, para que a área possa se consolidar e avançar em perspectivas de conhecimento, é essencial que os terapeutas ocupacionais visem à divulgação ampliada de suas ações vinculadas aos programas e serviços relacionados à área de saúde do trabalhador, ao ensino e à pesquisa, visto que este profissional possui um vasto campo para intervenção.
Contribuição dos Autores
Fabiana Magalhães Nunes Silva responsável pela concepção e redação do texto, organização de fontes e/ ou análises, coleta e tratamento de dados. Daniela da Silva Rodrigues colaborou no desenho do estudo, em sua análise, na revisão crítica do artigo e na orientação do trabalho. Letícia Meda Vendrúsculo-Fangel colaborou na revisão crítica do artigo. Todos os autores aprovaram a versão final do texto.
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Fabiana Magalhães Nunes Silva, Letícia Meda Vendrúsculo-Fangel,
Daniela da Silva Rodrigues
Faculdade de Ceilândia, Universidade de Brasília - Unb, Brasília, DF, Brasil
Autor para correspondência: Daniela da Silva Rodrigues, Colegiado de Terapia Ocupacional, Universidade de Brasília, Campus Ceilândia, QNN 14, Área Especial, Ceilândia Sul, CP 7380, CEP 72220-140, Brasília, DF, Brasil, e-mail: [email protected]
Recebido em Jan. 13, 2015; 1a Revisão em Maio 5, 2015; 2a Revisão em Set. 16, 2015; 3a Revisão em Nov. 23, 2015; Aceito em Dez. 6, 2015.
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