RESUMO
A indústria bancária é reconhecida por ser uma das que mais investem em tecnología da informaçâo (TI) no Brasil e no mundo, por possuir processos de negocios bem definidos e por ser dinámica na adoçâo de novas tecnologias e processos. Nesse contexto, com os dados provenientes de uma pesquisa survey, realizada com os executivos de TI de bancos que atuam no Brasil, foi testado um modelo de regressao estrutural de governança da informaçao (GI). O objetivo do trabalho é validar um modelo de GI para os bancos. Os resultados permitiram concluir que, na percepçao dos executivos de TI que participaram da pesquisa, os fatores da GI - políticas, sistemas (SI/TI) e estrutura - têm efeitos diretos e indiretos sobre o valor.
PALAVRAS-CHAVE | Governança da informaçao, executivos de tecnologia da informaçao, bancos, modelagem de equaçoes estruturais, modelo de mensuraçao.
ABSTRACT
The banking industry is recognized as one of the highest information technology (IT) investments in Brazil and worldwide, by having well-defined business processes, and its dynamism in adopting new technologies and processes. In this context, with data from a survey conducted with IT executives of banks operating in Brazil, a structural regression model of information governance (IG) was tested. The main objective is to validate a GI model for banks. The results showed that, in the perception of the IT executives surveyed, the information governance factors - Policies, Systems (IS / IT) and Structure - have direct and indirect effects on value.
KEYWORDS | Information governance, information tecnology executives, banks, structural equation modeling, measurement model.
RESUMEN
La industria bancaria es reconocida por ser una de las que más invierten en TI en Brasil y en el mundo, por poseer procesos de negocios bien definidos y por ser dinámica en la adopción de nuevas tecnologías y procesos. En ese contexto, con los datos provenientes de una encuesta (survey), realizada con los ejecutivos de TI de bancos que actúan en Brasil, se probó un modelo de regresión estructural de gobernanza de la información (GI). El objetivo del trabajo es validar un modelo de GI para los bancos. Los resultados permitieron concluir que, para los ejecutivos de TI que participaron en la encuesta, los factores de GI -políticas, sistemas (SI/TI) y estructura- tienen efectos directos e indirectos sobre el valor.
PALABRAS CLAVE| Gobernanza de la información, ejecutivos de Tecnología de la Información, bancos, modelado de ecuaciones estructurales, modelo de medición.
INTRODUÇÂO
Neste inicio de sáculo, as pessoas e as organizaçoes convivem em um ambiente caracterizado pela abundância de dados, criados e multiplicados em velocidade espantosa. Segundo o International Data Corporation (IDC, 2014), o universo digital (definido como uma medida de todo dado digital criado, replicado e consumido no mundo no período de um ano) está dobrando de tamanho a cada dois anos e, em 2020, alcançara 44 zettabytes (ou 44 trilhöes de gigabytes).
A expansao do universo digital tem levado as organizaçoes a repensar suas estratégias em relaçao à guarda e uso da informaçao. As firmas e industrias estao se tornando mais digitais, dependentes das novas tecnologias de comunicaçao e conectividade, em um contexto caracterizado pelo crescimento acentuado no volume e na complexidade dos dados, em que o desafio colocado é nao perder sua habilidade de gerar valor a partir deles (Faria & Sympson, 2013). A abundância de informaçao nas organizaçoes oferece um grande potencial de riqueza, mas também traz riscos, que precisam ser mitigados. Por isso, algumas delas estao estabelecendo corpos formais de governança para criar estratégias, políticas e procedimentos em torno da distribuiçao da informaçao dentro e fora da empresa. Nesse grupo, estao os bancos, reconhecidos pelo seu dinamismo e elevado grau de maturidade nas suas práticas de tecnologia da informaçao (TI) e de negocios, representantes da industria que mais investe em TI no mundo (Beccalli, 2007, p. 1) e que passou por grandes transformaçoes nos últimos anos (Soares, 2011, p. 11).
Em uma economia da informaçao, as empresas devem aproveitar os seus dados para melhorar os processos de negocios, lançar produtos e serviços inovadores e encantar seus clientes (Beath, Becerra-Fernandez, Ross, & Short, 2012). Em relaçao a esses últimos, Soares (2011) afirma que a governança da informaçao (GI) é critica para os bancos, uma vez que eles estao cada vez mais centrados nos clientes. A GI pressupoe a existencia de políticas e práticas para o gerenciamento, uso, melhoria e proteçao da informaçao que permeiam toda a organizaçao (Soares, 2011). Auxilia diretamente a definiçao das estratégias do negocio, seja em cenários estáveis ou de mudança continua, ao oferecer o insumo necessário no processo decisorio: informaçao.
A GI é uma área recente de pesquisa (Grembergen & Haes, 2009), e, conforme Kooper, Maes e Lindgreen (2011), esse conceito foi introduzido científicamente em 2004, por Donaldson e Walker, na National Health Society (NHS). O estudo quantitativo pretende contribuir para a construçao teórica do tema ao apresentar um modelo validado com executivos de TI de bancos e testado estatisticamente com o uso de equaçoes estruturais. Se as relaçoes teóricas propostas na pesquisa com os bancos sao estatisticamente significantes, elas podem indicar caminhos às organizaçoes que desejam investir em um programa de GI para adicionar valor pelo uso mais eficiente das suas informaçoes.
Portanto, este trabalho propôs-se a validar, com base na abordagem de Koufteros (1999) e Koufteros, Babbar, e Khaigobadi (2009), um modelo de regressao estrutural de GI para os bancos, que inclui relaçoes diretas e indiretas entre os fatores. Com o modelo, testado com base na percepçao dos executivos de TI que participaram da pesquisa, é possivel identificar os fatores e itens que podem ser considerados em um programa de GI nos bancos.
REVISÄO DA LITERATURA
Na revisao da literatura, foram feitas buscas na base de dados da biblioteca virtual da Associaçao de Sistemas de Informaçao (AIS), com foco nos journals da Basket of 8, que significa o grupo dos oito principais periódicos de referencia na área de SI apontados pela AIS, quais sejam: European Journal of Information Systems; Information Systems Journal; Information Systems Research; Journal of AIS; Journal of Information Technology; Journal of MIS; Journal of Strategic Information Systems e MIS Quarterly.
Para isso, utilizaram-se as seguintes palavras-chave: information governance, data governance, governança da informaçao e governança de dados. De acordo com Booth, Papaioannou, e Sutton (2012), as palavras-chave devem ser escolhidas pelo pesquisador de acordo com os objetivos de sua pesquisa, podendo ser adaptadas ou reduzidas ao longo da pesquisa, mas devem ser as mesmas para todas as bases de dados em que a busca foi realizada.
Complementarmente, foram realizadas buscas nas seguintes bases de dados: EBSCOHost, Google Académico e Web of Science, com os mesmas palavras-chave citadas anteriormente. Em todo esse processo de revisao, nao foram encontradas publicaçoes que apresentassem um modelo de GI validado estatisticamente.
Sao apresentados, a seguir, conceitos sobre GI, o modelo de GI e as hipóteses de pesquisa propostas no trabalho.
Governança da Informaçao
Grembergen e Haes (2009) indicaram, em seu trabalho, o surgimento de uma nova disciplina na área de governança, a GI. Ela surge para preencher um espaço nas organizaçoes nao atendido pela governança da TI, primeiro recolocando a informaçao como o recurso essencial e, segundo, demonstrando que o uso da informaçao, e nao apenas a sua produçao e armazenamento, deve ser considerado nos processos de governança (Kooper et al., 2011).
Nas definiçoes encontradas na literatura, por meio da repetiçao de diversos termos, é possível inferir o escopo de açao da GI. Esses termos sao regras, normas, políticas, ética, cultura, conteúdo corporativo, direitos decisorios, accountability, compliance, uso apropriado, alcance em toda a empresa, valor, pessoas, processos, ferramentas.
Para explicitar o que é GI, très definiçoes foram selecionadas, por bem caracterizarem seu significado e abrangência. A primeira, de Kooper et al. (2011), "Governança da informaçao envolve o estabelecimento de um ambiente e de oportunidades, regras e direitos decisorios para a valoraçao, criaçao, coleta, análise, distribuiçao, armazenamento, uso e controle de informaçoes" (p. 195); a segunda, de Faria, Maçada e Kumar (2013), "Governança da informaçao refere-se ao estabelecimento de políticas, por meio de estruturas formais, que definem regras, procedimentos e direitos decisorios sobre a gestao da informaçao, de forma a mitigar o risco regulatório e operacional, reduzir custos e otimizar o desempenho da organizaçao" (p. 4444); e a terceira, de Smallwood (2014), "Governança da informaçao é um subconjunto da governança corporativa, e inclui os principais conceitos de gerenciamento de registros, gerenciamento de conteúdo, de TI e governança de dados, segurança da informaçao, privacidade de dados, gestao de riscos, preparaçao para litigios, conformidade regulatória, preservaçao digital a longo prazo, e até mesmo inteligência de negocios" (p. 5).
O modelo e as hipóteses de pesquisa
A identificaçao dos fatores da GI e dos seus itens no modelo proposto é baseada em elementos da teoria da agência, da teoria da visao baseada em recursos da firma (RBV) e da teoria das capacidades dinámicas, com posterior validaçao pela utilizaçao de técnicas qualitativas, com a participaçao de 16 altos executivos de TI de bancos no Brasil, em Hong Kong e nos Estados Unidos (Faria et al., 2013).
Algumas publicaçoes indicaram possibilidades de modelos para a GI, conforme listado no Quadro 1.
A partir das diversas alternativas, este trabalho propoe um modelo diferente, composto por très construtos básicos para a GI, políticas, sistemas (SI/TI) e estrutura, todos eles associados à geraçao de valor pela organizaçao. O modelo, que foi testado estatisticamente, baseia-se no fato de que qualquer açao de governança é iniciada pelo estabelecimento de uma política. Esta só é materializada dentro de uma organizaçao nos dias de hoje quando apoiada pela TI, e está sob a responsabilidade de um componente de governança (do inglés governance body) que presta contas e responde por ela.
O desenvolvimento das hipóteses de pesquisa considerou as possibilidades de relaçoes entre os construtos da GI. A Figura 1 apresenta o modelo de pesquisa utilizado no estudo quantitativo.
Os construtos, os fatores ou as variáveis presentes no modelo de pesquisa para a GI sao: políticas, que representa as políticas e práticas relacionadas à GI na organizaçao, envolve itens relativos a accountability, acessibilidade, compartilhamento, compliance, comunicaçao, monitoramento e padronizaçao; sistemas (SI/TI), que representa o conjunto de sistemas e tecnologias da informaçao disponíveis na organizaçao, que dao suporte à GI; estrutura, que representa a estrutura formal de governança, define e habilita as políticas e práticas de GI na organizaçao; valor, que representa o valor percebido o qual é gerado pela organizaçao como resultado das políticas e práticas de GI.
No modelo de pesquisa, as variáveis sistemas (SI/TI) e estrutura ligam causa (as políticas de GI) e efeito (o valor), sao mediadoras. Essas variáveis seguem a variável independente (as políticas de GI) e precedem a variável dependente (o valor). Além disso, supoe-se a existencia de correlaçao entre as variáveis sistemas (SI/TI) e estrutura (as mediadoras) e a variável independente (políticas).
As hipóteses de pesquisa exploram principalmente as relaçoes entre os fatores da GI e o valor. O Quadro 2 relaciona as cinco hipóteses propostas no trabalho, indicando também os elementos teóricos e as referencias utilizados em sua construçao.
As cinco hipóteses previstas no modelo buscam verificar as relaçoes entre os construtos políticas e valor, políticas e sistemas (SI/TI), sistemas (SI/TI) e valor, políticas e estrutura, e estrutura e valor.
METODOLOGIA
O estudo sobre o tema GI na industria bancária foi realizado em très etapas. A primeira, uma revisao da literatura que identificou fatores e itens para um modelo de GI; a segunda, um estudo qualitativo com o objetivo de validar, junto a um grupo de altos executivos de TI dos bancos, os itens e fatores que poderiam compor um modelo de GI; e a terceira, um estudo quantitativo com a proposiçao de um modelo de regressao estrutural. O presente artigo apresenta uma parte desse estudo, que foi realizada durante a etapa quantitativa, aquela em que foi validado o modelo estrutural.
Conforme Weston e Gore (2006), a modelagem de equaçoes estruturais (do inglés structural equation modeling - SEM) é uma combinaçao de análise fatorial e análise de caminhos, o que leva o pesquisador a pensar sobre os seus dois componentes primários, o modelo de mensuraçao e o modelo estrutural. O primeiro descreve os relacionamentos entre as variáveis observadas (os indicadores) e os seus construtos, enquanto o segundo descreve os relacionamentos entre os construtos. Quando o modelo de mensuraçao e o modelo estrutural sao considerados em conjunto, o modelo pode ser chamado de modelo estrutural completo. Para validaçao do modelo estrutural, foi utilizado o paradigma proposto nos trabalhos de Koufteros (1999) e Koufteros et al. (2009), que é apresentado no Quadro 3.
Primeiramente, foi feita uma pesquisa survey como um pré-teste e, em seguida, após ajustes no instrumento, foi realizada a survey final. Ambas foram realizadas exclusivamente com executivos de TI de bancos que operam no Brasil. Essas surveys tiveram como objetivo validar os fatores e itens do modelo de GI para os bancos. Depois de coletados os dados, eles foram submetidos às análises estatísticas e, posteriormente, foi utilizada a técnica de modelagem de regressao estrutural para validar o modelo de GI proposto.
Populaçâo e amostra
A populaçao-alvo da pesquisa é formada por todos os executivos de TI dos bancos brasileiros. Para buscar a participaçao dos executivos, a exigência foi que o executivo de TI respondente ocupasse um cargo de chefia em sua organizaçao. As amostras do estudo (pré-teste e estudo completo) sao nao probabilísticas por conveniencia. Nesta pesquisa, no estudo completo, foi utilizada a amostragem "bola de neve" (do ingles snowball sampling). Os dados foram coletados diretamente dos questionários aplicados sobre os executivos de TI de diversos bancos brasileiros, públicos e privados.
Para alcançar o público-alvo, o pesquisador (um ex-CIO de banco) elaborou uma lista dos bancos no Brasil em que possuía contatos com o CIO ou com outro executivo de alto nivel. Posteriormente, foi feito o contato com o CIO ou com um alto executivo de cada um dos bancos relacionados por meio presencial, telefónico ou e-mail, ocasiao em que foi apresentada a pesquisa e solicitada a participaçao de outros executivos de TI do mesmo banco ou de seus colegas de outros bancos. Tal procedimento foi repetido em todos os bancos cujos executivos participaram da pesquisa. A lista foi ampliada com a inclusao de executivos de alto nivel de outros bancos, que foram indicados pelos contatos da lista inicial. Embora seja nao probabilística, a amostra obtida é variada e significativa, pois contém um número expressivo de executivos de TI dos maiores bancos do País, além de incluir bancos de diferentes portes e características.
O pré-teste foi realizado em maio de 2013, teve uma amostra por conveniencia de 35 executivos de TI dos bancos, e suas respostas foram coletadas por intermédio de aplicativo específico para tratamento de questionários na internet. Para a survey final, realizada entre junho e agosto de 2013, o instrumento foi aplicado sobre uma amostra da populaçao-alvo composta por 222 executivos de TI dos bancos. No processo de purificaçao dos dados, um questionário foi rejeitado por ter sido considerado de respondente nao engajado. Participaram do estudo completo (a survey final) executivos de TI de 40 bancos no Brasil. Se se considerar o ranking disponibilizado pelo Banco Central do Brasil (2013), intitulado "50 maiores bancos e o consolidado do sistema financeiro nacional", para a posiçao de junho de 2013, pode-se afirmar que a quase totalidade dos bancos participantes na referida amostra está inserida no grupo dos 50 maiores bancos (classificaçao por ativo total) do País.
Entre os 221 respondentes que compuseram a amostra do estudo completo, 14,8% eram membros do board, executivos do nível estratégico, diretores de TI ou chefes de unidade de TI; 47,9% dos executivos tinham mais de 20 anos de trabalho na área de TI; e 52,4% dos respondentes trabalhavam havia mais de 20 anos nos seus respectivos bancos. Entre os respondentes, estavam 182 executivos de bancos múltiplos, 22 de bancos comerciais, 7 de bancos de investimento, 2 de bancos de desenvolvimento e 8 que nao informaram qual o registro do seu banco no Banco Central.
Desenvolvimento do instrumento de coleta de dados
Para a realizaçao da survey com os executivos de TI dos bancos, o pesquisador optou pelo uso de questoes de concordancia, de modo a capturar a percepçao dos executivos sobre os diversos itens, com a adoçao de uma escala Likert de 7 pontos.
Os construtos sao medidos, neste trabalho, com base na percepçao dos executivos de TI. Medir resultados com base na percepçao de executivos nao é novidade nos estudos organizacionais. Campo, Rubio, e Yagüe (2010) afirmam que a variável de percepçao é uma variável proxy para os resultados reais, que normalmente sao difíceis de obter. De acordo com Dess e Robinson (1984), as medidas de percepçao de desempenho sao comparáveis às medidas objetivas. Nas palavras de Tallon, Kraemer, e Gurbaxani (2000), "as medidas de percepçao e as medidas objetivas podem coexistir" (p. 149).
O instrumento foi submetido a um processo para validaçao de face e de conteúdo com académicos e executivos brasileiros com experiencia na área de TI. Primeiro, ele foi avaliado por trés doutorandos da área de SI/TI, todos em fase de tese, para uma validaçao de face e de conteúdo. Depois, foi submetido ao crivo de dois executivos da área de TI nos bancos. O documento foi atualizado, incorporando algumas sugestoes de melhoria relativas aos termos utilizados e à clareza de algumas questoes.
Complementarmente, foi aplicada a técnica do card sorting com a participaçao de très executivos de TI de bancos, para validar os construtos e itens do instrumento. O instrumento utilizado no pré-teste era composto por duas seçoes de perguntas. A primeira seçao continha as questoes relativas aos fatores da GI e ao valor percebido como resultado da GI. A segunda apresentava questoes relativas ao perfil dos respondentes.
Por fim, deve-se registrar que o questionário foi construído e distribuído com o auxílio de software operado na internet. Adicionalmente, foi oferecida aos respondentes a opçao do questionário impresso. Pela internet, foram obtidas 146 respostas, enquanto a opçao impressa foi utilizada por 76 executivos.
Tratamento estatístico dos dados
O trabalho utilizou a modelagem de equaçoes estruturais (SEM), mais precisamente a análise fatorial confirmatoria (AFC) e a modelagem de regressao estrutural.
Para realizar as análises estatísticas mais triviais, como as estatísticas descritivas, a análise fatorial, confiabilidade, entre outras, foi utilizado o software SPSS versao 21. Para o desenvolvimiento da análise fatorial confirmatoria e a modelagem de regressao estrutural, foi utilizado o software AMOS versao 21.
RESULTADOS E DISCUSSÄO
Os construtos e os seus respectivos itens constantes do instrumento de pesquisa que foi aplicado no estudo completo estao apresentados, em conjunto com algumas estatísticas básicas, na Tabela 1. Parte desses itens foi excluida durante a validaçao do modelo de mensuraçao.
Sao 14 itens relativos ao construto políticas, quatro para o construto sistemas (SI/TI), quatro para o construto estrutura e cinco para o construto valor.
Nesta seçao, sao apresentados a seguir o processo de validaçao do modelo de mensuraçao, os testes com modelos alternativos e, por fim, o modelo estrutural proposto com os resultados das hipóteses.
Validaçao do modelo de mensuraçao
A validaçao do modelo de mensuraçao foi feita por meio de uma análise fatorial confirmatória (AFC), conforme proposto no paradigma de Koufteros (1999, p. 475). Nele, as etapas um e dois referem-se ao desenvolvimento do instrumento e à coleta de dados. Para iniciar a etapa très da proposta de Kouferos, incluiu-se o modelo de mensuraçao com seus construtos e itens em um software de modelagem de equaçoes estruturais (AMOS). O modelo de mensuraçao inicial apresentado na Figura 2 possui quatro construtos e 27 itens. As informaçoes que compoem a base de dados já passaram pelo processo de purificaçao e pelos testes de adequaçao da amostra final.
A etapa très trata da validade convergente, que consiste na observaçao dos valores t e das cargas fatoriais padronizadas. Segundo Koufteros (1999), nao há um valor de corte comumentemente aceito para as cargas dos fatores, mas a validade convergente pode ser avaliada pelo exame da razao das cargas dos fatores e seus respectivos erros-padrao. Em geral, se os valores t sao maiores que |2| ou |2,576| entao eles sao considerados significantes ao nivel de 0,05 e 0,01, respectivamente. Na Tabela A da Figura 2, estao listados os coeficientes padronizados e os valores t de cada uma das variáveis (ou itens) por construto do modelo. Pode-se observar na tabela que os valores t sao superiores a |2,576| e as cargas fatoriais sao superiores a 0,5 para todos os itens dos construtos.
Na etapa quatro de Koufteros, deve-se avaliar os índices de ajustamiento e unidimensionalidade. Para isso, foram analisados os índices de ajustamiento, os valores das covariancias residuais padronizadas (do inglés standardized residual covariances') e os índices de modificaçao (do inglés modification indices) calculados pelo AMOS para o modelo. Os índices de ajustamiento do modelo de mensuraçao inicial estao listados na Tabela B da Figura 2. Na tabela, pode-se observar que os valores calculados para o modelo estao adequados aos valores recomendados na maioria dos índices. Somente o GFI está um pouco abaixo do valor recomendado.
Na sequéncia da análise, observou-se, no AMOS, a matriz com os valores de covariancia residual padronizada e também os índices de modificaçao. A respeito desses dois números, Koufteros (1999) afirma que os valores de covariancia residual padronizada sao altos quando maiores que |2,58| e que os índices de modificaçao superiores a 15 devem ser observados com atençao. Além disso, Brown e Moore (2012) relatam que os índices de modificaçao e os resíduos padronizados sao, muitas vezes, úteis para determinar as fontes particulares de tensao na soluçao quando o modelo contém erros menores de especificaçao. De acordo com esses autores, a razao mais comum para reespecificaçao do modelo de mensuraçao é melhorar o seu ajustamiento em decorréncia de, pelo menos, um dos trés seguintes critérios: índices de ajustamiento inadequados, resíduos padronizados muito grandes ou índices de modificaçao que indicam áreas localizadas de ajustamiento ruim.
Assim, no processo de avaliaçao dos valores de covariancia residual padronizada, dos índices de modificaçao e das cargas fatoriais entre os construtos no modelo de mensuraçao inicial, foram identificadas sete variáveis observadas (itens) que apresentaram problemas em relaçao aos valores de referéncia e, por isso, foram retiradas do modelo. Em síntese, foram excluídos do modelo cinco itens do construto políticas, um item do construto estrutura e um item do construto valor. Também foi identificada uma correlaçao entre dois itens do construto políticas (PL13 e PL14), algo plausível e até certo ponto esperado, já que ambos avaliam a questao das políticas de padronizaçao das informaçoes nos bancos.
No construto políticas, o item PL12 (Utilizamos métricas para avaliar os resultados das políticas de informaçao) foi retirado por apresentar índices de modificaçao iguais a 14,021 com o item PL3 (O acesso à informaçao é controlado por regras corporativas) e 9,930 com o item PL11 (Temos ferramentas que permitem monitorar o uso da informaçao). Os respondentes nao consideraram o item PL12 um elemento das políticas de GI. Nao há prejuízo para a questao do monitoramento das informaçoes, uma vez que seu escopo também é medido pelo item PL11 (Temos ferramentas que permitem monitorar o uso da informaçao). O item PL8 (A privacidade das informaçoes é garantida pelas regras de compliance) apresentou covariancia residual padronizada de 2,200 com o item ET1 (A governança da informaçao está ligada à governança corporativa). Da mesma forma que no anterior, entendeu-se que sua exclusao nao prejudicaria a avaliaçao da questao do compliance na pesquisa, considerando-se que o item PL7 (As informaçoes corporativas obedecem a requisitos de compliance) também a considera. O item PL4 (O funcionário tem acesso apenas às informaçoes corporativas necessárias ao seu trabalho) apresentou covariancia residual padronizada de 2,273 com o item SI2 (Os sistemas sao efetivos na disponibilizaçao das informaçoes para os usuários). Nesse caso, o item PL4 é viabilizado nos bancos pelo uso dos sistemas e dos seus controles. Além disso, a questao da acessibilidade, aqui entendida como o acesso à informaçao, está também medida pelo item PL3 (O acesso à informaçao é controlado por regras corporativas).
Após a exclusao desses trés itens, o construto políticas continuou apresentando uma alta correlaçao com o fator estrutura (0,83). Essa alta correlaçao certamente traria problemas futuros na análise da validade discriminante dos construtos. Mas, como nao há dúvida de que essas duas variáveis latentes claramente representam, do ponto de vista teórico, dois construtos distintos, optou-se por uma soluçao nao tao radical, que consistiria na exclusao do fator. Conforme Brown e Moore (2012, p. 377), a soluçao para esse problema é juntar os fatores ou eliminar o fator redundante. Assim, foram excluídos os itens PL6 (Temos regras para o compartilhamento de informaçoes entre as unidades de negócios) e PL10 (Comunicamos aos nossos funcionarios quando fazem uso impróprio da informaçao) do construto políticas. Esses dois itens, na visao dos respondentes, estavam muito ligados ao construto estrutura. Após sua exclusao, a correlaçao entre os fatores caiu para 0,75, número que, embora ainda seja um pouco alto, ficou mais longe de 1,00 (Brown & Moore, 2012, p. 373). Em relaçao a essa correlaçao entre os fatores, Bagozzi e Yi (2012, p. 15) citam um intervalo entre 0,48 e 0,72.
No construto estrutura, o item ET4 (A governança da informaçao é aprovada no nível estratégico pelo board) apresentou índices de modificaçao com outros dois itens dentro do mesmo construto. Com o item ET2 (As áreas de negócios participam das decisoes sobre a governança da informaçao), o índice de modificaçao foi de 4,126, e, com o item ET3 (Existe uma estrutura formal de governança que define as políticas relacionadas à informaçâo), o índice de modificaçâo foi de 5,225. Com esses valores, considerados relativamente baixos, o item poderia ser mantido, mas optou-se pela sua exclusâo, pois, além de melhorar significativamente os índices de ajustamiento do modelo, ela reduziu a correlaçâo entre os construtos estrutura e valor para 0,73.
Após a conclusâo da etapa quatro da proposta de Koufteros, que se refere a avaliaçâo dos índices de ajustamiento e unimensionalidade, chegou-se ao modelo de mensuraçâo revisado, que é apresentado na Figura 3.
Conforme pode ser observado por meio de simples comparaçâo com o modelo de mensuraçâo inicial apresentado na Figura 2, o modelo inicial foi reduzido em sete itens e passou a ser composto por 20 itens e quatro construtos no modelo revisado. Essa reduçâo levou a um modelo de mensuraçâo revisado nitidamente melhor que o modelo de mensuraçâo inicial. No modelo revisado, o construto políticas é medido por nove itens, os construto sistemas e valor, por quatro itens cada um, e o construto estrutura, por très.
O modelo de mensuraçâo revisado apresentou correlaçoes entre os construtos e cargas fatoriais entre os itens e os construtos razoáveis. Essas últimas variaram de 0,52 (item PL13 do construto políticas) a 0,79 (item VL3 do construto valor). Dos 20 itens, apenas très apresentaram carga fatorial inferior a 0,60, ficando desses très apenas um mais próximo da margem mínima de 0,50.
Para a análise da validade discriminante e da confiabilidade dos construtos, etapas cinco e seis na abordagem de Koufteros, foram calculados a variância média extraída (do inglés Average Variance Extracted, AVE) e o quadrado da correlaçâo entre os fatores. De acordo com Fornell e Larcker (1981), a validade discriminante pode ser verificada pela comparaçâo entre a variância extraída de um fator e as variâncias compartilhadas entre os demais (indicada como sendo o quadrado do coeficiente de correlaçâo entre o construto dado e todos os demais). Os construtos políticas, sistemas (SI/TI), estrutura e valor apresentaram AVE igual a 0,574, 0,577, 0,528 e 0,671, respectivamente. Todos esses valores foram superiores ao mínimo de 0,5 e também superiores ao quadrado das correlaçoes, o que comprovou a validade discriminante dos construtos do modelo de mensuraçao revisado. A confiabilidade composta foi superior a 0,7 em todos os construtos, foi de 0,923 para o construto políticas, de 0,844 para sistemas (SI/TI), de 0,769 para estrutura e de 0,890 para valor. Conforme Koufteros (1999), a confiabilidade composta significa que os indicadores de um construto latente sao consistentes em sua mediçao.
Para complementar a avaliaçao da confiabilidade do modelo de mensuraçao revisado, a Tabela A da Figura 3 apresenta, para cada fator (construto), os valores t obtidos para os itens do modelo. Todos os valores t sao superiores a |2,576|, e as cargas dos fatores sao superiores a 0,5 para todos os itens. Os números apresentados indicam a confiabilidade do modelo de mensuraçao revisado.
Com o modelo de mensuraçao revisado, foram calculados os novos índices de ajustamiento, que estao listados na Tabela B da Figura 3. Comparando-se os números das Tabelas B das Figuras 2 e 3, percebe-se a melhora em quase todos os índices de ajustamiento. É o caso, por exemplo, do RMSEA, do GFI e do CFI. O único índice que apresentou uma pequena reduçao foi o PCFI.
Antes de detalhar a etapa sete, a última da abordagem de Koufteros (1999), referente ao teste do modelo estrutural, procedeu-se a alguns testes com modelos de mensuraçao alternativos, que sao detalhados a seguir. Isso foi feito porque, conforme pode ser observado no modelo de mensuraçao revisado apresentado na Figura 3, existe uma forte correlaçao entre os construtos políticas e sistemas (SI/TI) (0,71), entre os construtos políticas e estrutura (0,75), e entre os construtos sistemas (SI/TI) e estrutura (0,68). E, como foi indicado no modelo de pesquisa deste trabalho (vide Figura 1), esses très construtos (fatores) parecem representar um fator de segunda ordem, a GI.
Modelos de mensuraçao alternativos
Um paradigma para avaliar modelos de mensuraçao de segunda ordem foi apresentado por Koufteros et al. (2009). A abordagem proposta por esses autores é hierárquica e composta dos seguintes passos: (1) Identificaçao da relaçao teórica entre os construtos e os itens; (2) Validaçao dos fatores; (3) AFC para o modelo de primeira ordem com um único fator latente; (4) AFC para o modelo de primeira ordem com os fatores ortogonais (nao correlacionados); (5) AFC para o modelo de primeira ordem com todos os construtos correlacionados; (6) AFC para o modelo de segunda ordem; (7) Comparaçao entre os modelos.
Os passos 1 e 2 foram realizados nas etapas anteriores da pesquisa, e o modelo previsto no passo 5 é o modelo de mensuraçao revisado. As Figuras 4a e 4b apresentam os modelos alternativos testados.
Nas duas figuras anteriores, é possível observar os quatro modelos alternativos, conforme proposto por Koufteros et al. (2009) nos passos 3 a 6 descritos anteriormente, que foram inseridos e testados no AMOS. Na Tabela 2, estao relacionados os índices de ajustamiento obtidos para os quatro modelos analisados.
Pelos números dos índices apresentados (estao destacados em negrito os melhores valores obtidos para cada índice), pode-se verificar que os modelos 1 e 2 sao os que apresentam os piores resultados, bem inferiores aos obtidos pelos modelos 3 e 4. O modelo 1 e seus índices muito pobres indicam as consequências adversas de se combinarem variáveis manifestas de vários domínios de conteúdo dentro de uma única variável latente de primeira ordem. O modelo 2 apresenta índices ainda piores que o modelo 1, fato que já era esperado em virtude da alta correlaçao existente entre as variáveis latentes.
O modelo 4, com construto de segunda ordem, tem índices muito próximos aos do modelo 3, que é o modelo de mensuraçao revisado apresentado anteriormente. Ambos têm fundamentaçao teórica consistente. Interessante observar, no modelo 4, as fortes cargas entre o construto de segunda ordem (a GI) e os construtos de primeira ordem, políticas (0,83), sistemas (SI/TI) (0,82) e estrutura (0,89). Esse resultado é compatível com a teorizaçao proposta no trabalho de que os très construtos representam os fatores da GI.
No entanto, Koufteros et al. (2009) deixam claro que um modelo o qual inclui uma estrutura de segunda ordem nunca pode produzir um modelo ajustado (em termos dos índices de ajustamiento do modelo) melhor que um modelo que especifica somente fatores correlacionados de primeira ordem. Apesar disso, em determinados casos, um modelo de segunda ordem que rivaliza em performance com um modelo correlacionado de primeira ordem pode ser uma alternativa atrativa.
De qualquer forma, o modelo de mensuraçao escolhido foi o de número 3, por apresentar os melhores índices. O modelo 3 apresenta números melhores ou iguais aos do modelo 4 em todos os índices de ajustamiento, à exceçao dos índices de parcimônia PCFI e PNFI, que sao ligeiramente inferiores.
Modelo de regressâo estrutural e as hipóteses
A partir do modelo de mensuraçao revisado que foi apresentado na seçao anterior, foi construído o modelo estrutural apresentado na Figura 5 com a utilizaçao do software AMOS. Dois aspectos do modelo devem ser registrados. O primeiro é que o modelo é recursivo. Em modelos recursivos, todos os efeitos causais sao unidirecionais, o que significa dizer que nenhuma das variáveis endógenas é especificada como causa e efeito uma da outra (Kline, 2012). O segundo aspecto é que o modelo é refletivo. Jarvis, Mackenzie e Podsakoff (2003) apresentam, em seu trabalho, uma análise sobre as regras que determinam se um construto é formativo ou refletivo. Nos modelos refletivos, os indicadores sao especificados como endógenos, e os erros de mensuraçao sao representados no nível do indicador (Kline, 2012).
O modelo estrutural proposto neste trabalho possui quatro construtos ou variáveis latentes, que sao políticas, sistemas (SI/ TI), estrutura e valor. Esse conjunto de construtos é medido por 20 variáveis observadas, que sao os ítens oriundos do instrumento de pesquisa aplicado na pesquisa survey com os executivos de TI dos bancos. Assim, o construto políticas é medido por nove itens, o construto sistemas (SI/TI), por quatro itens, o construto estrutura, por très itens, e o construto valor, por quatro itens.
As variáveis presentes no modelo sao: a variável exógena (Políticas), que, no caso, também é a única variável independente, e as variáveis endógenas, que sao representadas pelas duas variáveis mediadoras (sistemas (SI/TI) e estrutura) e pela variável dependente (valor). Na Figura 5, sao indicadas as relaçoes entre a variável exógena e as duas variáveis endógenas (mediadoras), e entre essas variáveis endógenas e a outra variável endógena. Também sao registrados os erros das variáveis exógena e endógenas, e os resíduos das variáveis endógenas (rSI, rET, rVL).
Na Figura 5, pode-se verificar que o efeito direto entre os construtos políticas e valor é praticamente zerado pela mediaçao conjunta (ou múltipla) dos construtos sistemas (SI/TI) e estrutura. As cargas dos construtos para os itens (variáveis observadas) variam de 0,52 a 0,79, e apenas très delas sao inferiores a 0,60, estando duas dessas très na faixa de arredondamento desse número. A Tabela 3 lista as cargas fatoriais entre os construtos, os valores t e seus respectivos níveis de significancia.
Na presença da mediaçao múltipla, o efeito direto do construto políticas sobre o valor é zerado (chega a ficar ligeiramente negativo). Isso ocorre porque esse efeito passa a ser indireto, por intermédio das duas variáveis mediadoras, sistemas (SI/TI) e estrutura.
Excluindo-se os valores do relacionamento políticas ^ valor, que se tornou nao significativo com a mediaçao, os valores t sao superiores a |2,576| (variaram de 3,028 a 8,319), as cargas fatoriais padronizadas entre os construtos sao todas significativas com valores variando de 0,381 a 0,775.
Os índices de ajustamiento do modelo de regressao estrutural foram c2 / df = 1,601; RMSEA = 0,052; GFI = 0,892; AGFI = 0,862; CFI = 0,944; NFI = 0,865; TLI = 0,935; IFI = 0,945; PCFI = 0,815; PNFI = 0,747. Todos esses índices atendem ou estao muito próximos dos valores de referência adotados neste estudo (c2 / df < 3; RMSEA < 0,08; GFI > 0,90; AGFI s 1,00; CFI > 0,90; NFI s 1,00; TLI s 1,00; IFI s 1,00; PCFI s 1,00; PNFI s 1,00), que foram obtidos a partir dos trabalhos de diversos autores (West, Taylor, & Wu, 2012; Hooper, Coughlan, & Mullen, 2008; SchermellehEngel, Moosbrugger, & Müller, 2003). O GFI é o único índice que nao atingiu o valor de referência, mas seu valor de 0,892 é muito próximo de 0,90 e pode ser aceito (Hartono, Li, & Simpson, 2010; Stemberger, Manfreda, & Kovacic, 2011).
Em relaçao às hipóteses propostas no trabalho, os resultados estatísticos apurados levaram à aceitaçao de todas elas. A hipótese H1 (O fator políticas está positivamente associado ao valor) foi suportada pelos dados analisados, com uma carga Y = 0,668 e significancia p < 0,001, quando analisada isoladamente sem a presença das relaçoes de mediaçao no modelo. As políticas sao as verdadeiras viabilizadoras das açoes de GI nos bancos.
A hipótese H2 (O fator políticas está positivamente associado ao fator sistemas (SI/TI)) foi suportada pelos dados, com uma carga Y = 0,745 e significancia p < 0,001. A aceitaçao dessa relaçao indica que, na visao dos executivos de TI que participaram da pesquisa, as políticas de GI têm influencia sobre a área de SI/TI dos bancos.
A hipótese H3 (O fator políticas está positivamente associado ao fator estrutura) foi suportada pelos dados, com uma carga r = 0,802 e significancia p < 0,001. É a relaçao do fator políticas que apresenta maior carga, o que indica a importancia da existencia de uma estrutura formal de GI nos bancos.
A hipótese H4 (O fator sistemas (SI/TI) está positivamente associado ao valor) foi suportada pelos dados analisados, com uma carga ß = 0,411 e significancia p < 0,001. A aceitaçao dessa hipótese indica a importancia da área de TI para agregaçao de valor em um programa de GI.
Finalmente, a hipótese H5 (O fator estrutura está positivamente associado ao valor) foi suportada pelos dados, com uma carga ß = 0,562 e significancia p < 0,001. A existencia da estrutura formal de GI viabiliza fortemente, na visao dos executivos de TI, a obtençao de valor.
Contribuiçôes da pesquisa
Este trabalho visa contribuir com o preenchimento de algumas lacunas teóricas existentes nos estudos sobre GI. A primeira contribuiçao refere-se à proposiçao de um modelo de GI para os bancos. O modelo proposto conecta os fatores da GI (políticas, sistemas (SI/TI) e Estrutura) ao fator valor nos bancos. Em outras palavras, com base na percepçao dos executivos participantes da pesquisa, é possível agregar valor no negocio bancário investindo na GI.
Uma segunda contribuiçao é que o estudo propoe um direcionamento diferente para a GI. Ao enfatizar a importancia das políticas de GI e da existencia de uma estrutura formal de governança, o modelo reforça a necessidade de uma participaçao maior das áreas de negócio das empresas nas soluçoes relativas ao objeto "informaçao", sem a dominancia quase sempre presente da área de tecnologia. Tallon, Ramirez, e Short (2013), por exemplo, apresentam, em seu estudo, um modelo com antecedentes, composiçao da GI e consequentes, mas com os antecedentes e a composiçao da GI fortemente baseados em práticas de TI.
Uma terceira contribuiçao refere-se à utilizaçâo de elementos das teorias organizacionais agencia, visao baseada em recursos da firma (RBV) e capacidades dinamicas na construçao do modelo, ou seja, na identificaçao de seus itens e construtos. Da teoria da agencia, destaca-se a visao de que a GI faz parte da governança corporativa e apoia o uso da informaçao pelos agentes no necessário accountability. Da RBV, pode-se destacar a utilizaçâo da informaçao como um recurso para obtençao de vantagem competitiva e geraçao de valor. Da teoria das capacidades dinamicas, complementarmente à RBV, destaca-se o fato de os bancos desenvolverem suas capacidades de atingirem formas inovadoras de vantagem competitiva, dadas as condiçoes de rápidas mudanças dos mercados em que atuam.
CONSIDERAÇÔES FINAIS
O estudo completo com os dados da survey, que foi realizada com a participaçao de 221 executivos de TI de bancos que atuam no Brasil, possibilitou o teste do modelo de regressao estrutural proposto no estudo.
Em relaçao às técnicas quantitativas, foi realizada análise multivariada, em especial a modelagem de equaçoes estruturais (SEM), com a análise fatorial confirmatória e a análise de regressao estrutural (Blunch, 2008; Hoyle, 2012; Kline, 2011; Raykov & Marcoulides, 2006). Toda a análise de validaçao do modelo foi feita seguindo-se a abordagem de Koufteros (1999) e Koufteros et al. (2009).
A análise quantitativa proporcionou como resultados a validaçao de um modelo de GI para os bancos e a análise dos efeitos dos fatores da GI sobre o valor na percepçao dos executivos participantes. No modelo, os tres fatores da GI sao políticas, sistemas (SI/TI) e estrutura. O fator políticas representa o cerne do modelo de GI. O modelo propoe a adoçao de políticas de accountability, acessibilidade, compartilhamento, compliance, comunicaçao, monitoramento e padronizaçao, que tratariam nao apenas dos aspectos relativos à geraçao ou recepçao da informaçao, mas também do seu uso pela organizaçao.
O objetivo real da análise náo é achar um modelo estrutural que se "encaixa" nos dados, mas, sim, testar a teorizaçao proposta (Kline, 2011, p. 228). Assim, o que se buscou verificar com a utilizaçâo da modelagem de equaçoes estruturais (SEM) foi saber se os tres fatores indicados realmente compoem um construto maior, que se chamou de GI. Mais que isso, foi teorizado que existem efeitos diretos e indiretos entre esses construtos e o valor nos bancos. Dessa forma, os construtos sistemas (SI/TI) e estrutura medeiam a relaçao entre o fator políticas e o valor. As hipóteses propostas para a pesquisa, que envolviam as diversas relaçoes diretas e indiretas entre os fatores do modelo de GI, foram todas comprovadas estatisticamente.
Conclui-se que o modelo estrutural proposto é consistente com os dados obtidos na survey, o que indicou que, para o grupo de executivos de TI participantes da pesquisa, as relaçoes teóricas previstas no modelo refletem o que ocorre na realidade dos bancos. Portanto, de acordo com os executivos de TI participantes, os fatores políticas, sistemas (SI/TI) e estrutura podem ser considerados em um programa de GI, e os fatores sistemas (SI/TI) e estrutura tem um importante papel no suporte e na habilitaçao, respectivamente, dessas políticas dentro dos bancos. O estudo indicou que as políticas de GI têm seus efeitos alcançados nos bancos por intermédio dos sistemas (SI/TI) e da sua estrutura formal de GI.
Em relaçao às limitaçoes do estudo, podem ser citados a utilizaçao de uma amostra de conveniência (do tipo "bola de neve"), que limita a generalizaçao dos resultados; o corte transversal da pesquisa, devido ao qual as respostas dos executivos podem ter sido influenciadas por variáveis externas e momentáneas; e a avaliaçao dos construtos feita com base na percepçao dos executivos de TI, e nao em números objetivos.
Como sugestoes para pesquisas futuras, sao indicados a aplicaçao do instrumento da pesquisa no sistema bancário de outros países, de modo a complementar os resultados obtidos nesta pesquisa; o desenvolvimento de pesquisas em outros setores do sistema financeiro e em outras indústrias, de modo a verificar se as conclusoes sao semelhantes; e o desenvolvimento de novos instrumentos de pesquisa, com o intuito de medir o impacto das políticas e práticas de GI sobre o valor, por intermédio de variáveis numéricas dos resultados dos bancos.
AGRADECIMENTOS
O autor Fernando de Abreu Faria (Bolsista da Capes - Proc. No. 0372/11-0) agradece o apoio da Coordenaçao de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nivel Superior (CAPES) e da Universidade Banco Central do Brasil (UniBC) para a realizaçao da pesquisa.
O autor Antonio Carlos Gastaud Maçada (Bolsa PQ - 310995/2014) agradece o apoio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e da Coordenaçao de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nivel Superior (CAPES).
REFERÊNCIAS
Bagozzi, R. P., & Yi, Y. (2012). Specification, evaluation, and interpretation of structural equation models. Journal of the Academy of Marketing Science, 40(1), 8-34. doi:10.1007/s11747-011-0278-x
Banco Central do Brasil. (2013). 50 maiores bancos e o consolidado do sistema financeiro nacional. Recuperado de http://www4.bcb.gov. br/top50/port/top50.asp
Beath, C., Becerra-Fernandez, I., Ross, J., & Short, J. (2012, June). Finding value in the information explosion. MIT Sloan Management Review. Recuperado de http://sloanreview.mit.edu/
Beccalli, E. (2007). Does IT investment improve bank performance? Evidence from Europe. Journal of Banking & Finance, 31(7), 22052230. doi:10.1016/j.jbankfin.2006.10.022
Blunch, N. J. (2008). Introduction to structural equation modelling using SPSS and AMOS. Thousand Oaks, EUA: Sage.
Booth, A., Papaioannou, D., & Sutton, A. (2012). Systematic approaches to a successful literature review. London, Reino Unido: Sage Publications.
Brown, T. A., & Moore, M. T. (2012). Confirmatory factor analysis. In R. H. Hoyle, Handbook of structural equation modeling (pp. 361-379). New York, EUA: Guilford.
Brynjolfsson, E., & Hitt, L. (1996). Paradox lost? Firm-level evidence on the returns to information systems spending. Management Science, 42(4), 541-558. doi:10.1287/mnsc.42.4.541
Campo, S., Rubio, N., & Yagüe, M. J. (2010). Information technology use and firm's perceived performance in supply chain management. Journal of Business-to-Business Marketing, 17(4), 336-364. doi:10.1080/10517120903574649
Claver-Cortés, E., Pertusa-Ortega, E. M., & Molina-Azorín, J. F. (2012). Characteristics of organizational structure relating to hybrid competitive strategy: Implications for performance. Journal of Business Research, 65(7), 993-1002. doi:10.1016/j. jbusres.2011.04.012
Dess, G. G., & Robinson, R. B. (1984). Measuring organizational performance in the absence of objective measures: The case of the privately-hel firm and conglomerate business unit. Strategic Management Journal, 5(3), 265-273. doi:10.1002/smj.4250050306
Donaldson, A., & Walker, P. (2004). Information governance: A view from the NHS. International Journal of Medical Informatics, 73(3), 281-284. doi:10.1016/j.ijmedinf.2003.11.009
Falk, M. (2005). ICT-linked firm reorganization and productivity gains. Technovation, 25(11), 1229-1250. doi:10.1016/j. technovation.2004.07.004
Faria, F. A., & Maçada, A. C. G. (2011). Impacto dos investimentos em TI no resultado operacional dos bancos brasileiros. RAE-Revista de Administraçao de Empresas, 51(5), 440-457. doi:10.1590/S003475902011000500003
Faria, F. A., Maçada, A. C. G., & Kumar, K. (2013). Information governance in the banking industry. Proceedings of the 46th Hawaii International Conference on System Sciences (HICSS), Hawaii, EUA.
Faria, F. A., & Sympson, G. (2013). Bridging the gap between business and IT: An information governance perspective in the banking industry. In N. Bhansali, Data governance: Creating vaue from information assets (pp. 217-241). Boca Raton, USA: Taylor & Francis.
Fornell, C., & Larcker, D. F. (1981). Evaluating structural equation models with unobservable variables and measurement error. Journal of Marketing Research, 18(1), 39-50. doi:10.2307/3151312
Grembergen, W. Van, & Haes, S. (2009). Enterprise governance of information technology. New York, EUA: Springer.
Hartono, E., Li, X., Na, K. S., & Simpson, J. T. (2010). The role of the quality of shared information in interorganizational systems use. International Journal of Information Management, 30(5), 399-407. doi:10.1016/j.ijinfomgt.2010.02.007
Hill, D. G. (2008). Information governance is a necessity. ON Magazine, (3), 32-34. Recuperado de https://www.emc.com/collateral/ magazine/on-mag-3-2008-interactive.pdf
Hooper, D., Coughlan, J., & Mullen, M. R. (2008). Structural equation modelling: Guidelines for determining model fit. The Electronic Journal of Business Research Methods, 6(1), 53-60.
Hoyle, R. H. (2012). Introduction and overview. In Hoyle, R. H., Handbook of structural equation modeling (pp. 3-16). New York, EUA: Guilford.
International Data Corporation. (2014). The digital universe of opportunities: Rich data and the increasing value of the internet of things. Recuperado de http://brazil.emc.com/leadership/digitaluniverse/2014iview/executive-summary.htm
Jarvis, C. B., Mackenzie, S. B., & Podsakoff, P. M. (2003). A critical review of construct indicators and measurement model misspecification in marketing and consumer research. Journal of Consumer Research, 30(2), 199-218. doi:10.1086/376806
Kline, R. B. (2011). Principles and practice of structural equation modeling (3rd ed.). New York, EUA: Guilford.
Kline, R. B. (2012). Assumptions in structural equation modeling. In R. H. Hoyle, Handbook of structural equation modeling (pp. 111-125). New York, EUA: Guilford.
Kooper, M. N., Maes, R., & Lindgreen, R. (2011). On the governance of information: Introducing a new concept of governance to support the management of information. International Journal of Information Management, 31(3), 195-200. doi:10.1016/j.ljinfomgt.2010.05.009
Koufteros, X. (1999). Testing a model of pull production: A paradigm for manufacturing research using structural equation modeling. Journal of Operations Management, 17(4), 467-488. doi:10.1016/S02726963(99)00002-9
Koufteros, X., Babbar, S., & Kaighobadi, M. (2009). A paradigm for examining second-order factor models employing structural equation modeling. International Journal of Production Economics, 120(2), 633-652. doi:10.1016/j.ljpe.2009.04.010
Lajara, T. T., & Maçada, A. C. G. (2013, August). Information governance framework: The defense manufacturing case study. Proceedings of the Nineteenth Americas Conference on Information Systems (AMCIS), Chicago, EUA.
Lamberti, H. J., & Büger, M. (2009). Lessons learned: 50 years of information technology in the banking industry - The example of Deutsche Bank AG. Business & Information Systems Engineering, 1(1), 26-36. doi:10.1007/s12599-008-0033-0
Nakata, C., Zhu, Z., & Kraimer, M. L. (2008). The complex contribution of information technology capability to business performance. Journal of Managerial Issues, 20(4), 485-506.
Pathan, S., & Faff, R. (2012). Does board structure in banks really affect their performance? Journal of Banking & Finance, 37(5), 1573-1589. doi:10.1016/j.jbankfin.2012.12.016
Prajogo, D., & Olhager, J. (2012). Supply chain integration and performance: The effects of long-term relationships, information technology and sharing, and logistics integration. International Journal Production Economics, 135(1), 514-522. doi:10.1016/j. ijpe.2011.09.001
Qrunfleh, S., & Tarafdar, M. (2012). Supply chain information systems strategy: Impacts on supply chain performance and firm performance. International Journal of Production Economics, 147(Part B), 340-350. doi:10.1016/j.ljpe.2012.09.018
Raykov, T., & Marcoulides, G. A. (2006). A first course in structural equation modeling (2nd ed.). New Jersey, EUA: Taylor & Francis.
Samuelson, K. (2010). Information governance isn't so bad after all. 2010. Recuperado de http://www.cioupdate.com/insights/article. php/11049_3889396_2/Information-Governance-isnt-so-Bad-AfterAll.htm
Schermelleh-Engel, K., Moosbrugger, H., & Müller, H. (2003). Evaluating the fit of structural equation models: Tests of significance and descriptive goodness-of-fit measures. Methods of Psychological Research Online, 8(2), 23-74.
Smallwood, R. F. (2011). Information governance fundamentals, best practices & implementation issues. Recuperado de http://www.electronic-records-management.com/report_pages/Preview/Information-Governance-PRIMER2-March-2011-preview.pdf
Smallwood, R. F. (2014). Information governance: Concepts, strategies and best practices. New Jersey, EUA: John Wiley & Sons.
Soares, S. (2011). Selling information governance to the business: Best practices by industry and job function. Ketchum, EUA: MC Press.
Stemberger, M. I., Manfreda, A., & Kovacic, A. (2011). Achieving top management support with business knowledge and role of IT/IS personnel. International Journal of Information Management, 31(5), 428-436. doi:10.1016/j.ljinfomgt.2011.01.001
Tallon, P. P. (2007). Does IT pay to focus? An analysis of IT business value under single and multi-focused business strategies. Journal of Strategic Information Systems, 16(3), 278-300. doi:10.1016/j. jsis.2007.04.001
Tallon, P. P., Kraemer, K. L., & Gurbaxani, V. (2000). Executives' perceptions of the business value of information technology: A process-oriented approach. Journal of Management Information Systems, 16(4), 145-173. doi:10.10 80/07421222.2 0 00.11518269
Tallon, P. P., Ramirez, R. V., & Short, J. E. (2013). The information artifact in IT governance: Toward a theory of information governance. Journal of Management Information Systems, 30(3), 141-178. doi:10.2753/ mis0742-1222300306
The Economist. (2008). The future of enterprise information governance. The Economist Intelligence Unit. Recuperado de http://viewswire. eiu.com/report_dl.asp?mode=fi&fi=1643883749.PDF
Weill, P., & Ross, J. (2004). IT governance: How top performers manage IT decision rights for superior results. Boston, EUA: Harvard Business School Press.
West, S. G., Taylor, A. B., & Wu, W. (2012). Model fit and model selection in structural equation modeling. In R. H. Hoyle, Handbook of structural equation modeling (pp. 209-231). New York, EUA: Guilford.
Weston R., & Gore, P. A., Jr. (2006). A brief guide to structural equation modeling. The Counseling Psychologist, 34(5), 719-751. doi:10.1177/0011000006286345
FERNANDO DE ABREU FARIA
Professor do Centro Universitario Alves Faria, Programa de Mestrado Profissional em Administraçâo - Goiânia - GO, Brasil
ANTONIO CARLOS GASTAUD MAÇADA
Professor da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Escola de Administraçâo - Porto Alegre - RS, Brasil
KULDEEP KUMAR
Professor da Florida International University, Department of Management & International Business - Miami - Florida, Estados Unidos da América
You have requested "on-the-fly" machine translation of selected content from our databases. This functionality is provided solely for your convenience and is in no way intended to replace human translation. Show full disclaimer
Neither ProQuest nor its licensors make any representations or warranties with respect to the translations. The translations are automatically generated "AS IS" and "AS AVAILABLE" and are not retained in our systems. PROQUEST AND ITS LICENSORS SPECIFICALLY DISCLAIM ANY AND ALL EXPRESS OR IMPLIED WARRANTIES, INCLUDING WITHOUT LIMITATION, ANY WARRANTIES FOR AVAILABILITY, ACCURACY, TIMELINESS, COMPLETENESS, NON-INFRINGMENT, MERCHANTABILITY OR FITNESS FOR A PARTICULAR PURPOSE. Your use of the translations is subject to all use restrictions contained in your Electronic Products License Agreement and by using the translation functionality you agree to forgo any and all claims against ProQuest or its licensors for your use of the translation functionality and any output derived there from. Hide full disclaimer
Copyright Fundação Getulio Vargas Jan/Feb 2017
Abstract
A indústria bancária é reconhecida por ser uma das que mais investem em tecnología da informaçâo (TI) no Brasil e no mundo, por possuir processos de negocios bem definidos e por ser dinámica na adoçâo de novas tecnologias e processos. Nesse contexto, com os dados provenientes de uma pesquisa survey, realizada com os executivos de TI de bancos que atuam no Brasil, foi testado um modelo de regressao estrutural de governança da informaçao (GI). O objetivo do trabalho é validar um modelo de GI para os bancos. Os resultados permitiram concluir que, na percepçao dos executivos de TI que participaram da pesquisa, os fatores da GI - políticas, sistemas (SI/TI) e estrutura - têm efeitos diretos e indiretos sobre o valor. / The banking industry is recognized as one of the highest information technology (IT) investments in Brazil and worldwide, by having well-defined business processes, and its dynamism in adopting new technologies and processes. In this context, with data from a survey conducted with IT executives of banks operating in Brazil, a structural regression model of information governance (IG) was tested. The main objective is to validate a GI model for banks. The results showed that, in the perception of the IT executives surveyed, the information governance factors - Policies, Systems (IS / IT) and Structure - have direct and indirect effects on value. / La industria bancaria es reconocida por ser una de las que más invierten en TI en Brasil y en el mundo, por poseer procesos de negocios bien definidos y por ser dinámica en la adopción de nuevas tecnologías y procesos. En ese contexto, con los datos provenientes de una encuesta (survey), realizada con los ejecutivos de TI de bancos que actúan en Brasil, se probó un modelo de regresión estructural de gobernanza de la información (GI). El objetivo del trabajo es validar un modelo de GI para los bancos. Los resultados permitieron concluir que, para los ejecutivos de TI que participaron en la encuesta, los factores de GI -políticas, sistemas (SI/TI) y estructura- tienen efectos directos e indirectos sobre el valor.
You have requested "on-the-fly" machine translation of selected content from our databases. This functionality is provided solely for your convenience and is in no way intended to replace human translation. Show full disclaimer
Neither ProQuest nor its licensors make any representations or warranties with respect to the translations. The translations are automatically generated "AS IS" and "AS AVAILABLE" and are not retained in our systems. PROQUEST AND ITS LICENSORS SPECIFICALLY DISCLAIM ANY AND ALL EXPRESS OR IMPLIED WARRANTIES, INCLUDING WITHOUT LIMITATION, ANY WARRANTIES FOR AVAILABILITY, ACCURACY, TIMELINESS, COMPLETENESS, NON-INFRINGMENT, MERCHANTABILITY OR FITNESS FOR A PARTICULAR PURPOSE. Your use of the translations is subject to all use restrictions contained in your Electronic Products License Agreement and by using the translation functionality you agree to forgo any and all claims against ProQuest or its licensors for your use of the translation functionality and any output derived there from. Hide full disclaimer