Abstract

No ano de 1862, foi inaugurada a estátua equestre de D. Pedro I, no Rio de Janeiro, na praça que viria a se chamar Tiradentes. Neste trabalho, a partir de estudos sobre discurso, história e memória, buscaremos analisar o monumento ao Imperador, considerando as condições de produção que (ins)escrevem esse monumento como um ponto de referência e ao mesmo tempo como um ponto de silêncio (FEDATTO, 2011) na história nacional. Numa disputa por uma territorialidade na memória, elege-se, ao erigir um monumento, a imagem de um herói nacional que deve ser, a partir daquele momento, lembrado, comemorado, apagando-se e silenciando discursos dissonantes, que poderiam afetar essa memória. Para pensar nos efeitos de sentidos em tensão, confrontaremos a memória institucional ligada à escultura com a forma pela qual D. Pedro é apresentado na materialidade verbal, nos romances O Chalaça (1994), de José Roberto Torero, e As maluquices do Imperador (2008), de Paulo Setúbal. Como aporte teórico, destacamos Pêcheux (2008, 1999), Orlandi (2003, 2008), Fedatto (2011) e Robin (2016).

Alternate abstract:

In the year of 1862, it was inaugurated the equestrian statue of D. Pedro I, in Rio de Janeiro, in the square that afterwards would be named Tiradentes Square. This article, based on the studies of discourse, history and memory, aims to analyze the monument to the Emperor, considering the production conditions that inscribe that monument as a reference point and, at the same time, as a silent point (FEDATTO, 2011) in the National history. In a dispute for the territoriality memory, by building a monument it is chosen the image of the national hero that must be, since then, remembered, celebrate, commemorated; in doing so, the dissonant discourses that could affect this memory are erased. In order to think about the meaning effects in tension, we are to confront the institutional memory, linked to the statue, to the way Dom Pedro is depicted in verbal materialitiy, in the novels O Chalaça (1994), by José Roberto Torero, and As maluquices do Imperador (2008), by Paulo Setúbal. As theoretical background, we refer to Pêcheux (2008, 1999), Orlandi (2003, 2008), Fedatto (2011) and Robin (2016).

Alternate abstract:

En el año 1862, la estatua ecuestre de San Pedro I fue inaugurada en Río de Janeiro, en la plaza que se llamaría Tiradentes. En esta obra, a partir de estudios sobre el discurso, la Historia y la memoria, trataremos de analizar el monumento al emperador, considerando las condiciones de producción que (INS) escriben este monumento como punto de referencia y al mismo tiempo como punto de silencio ( FEDATTO, 2011) en la historia nacional. En una disputa por una territorialidad en la memoria, se elige, al erigir un monumento, la imagen de un héroe nacional que debe ser, a partir de ese momento, recordado, conmemorado, eliminando y sibar discursos disonantes, que podrían afectar a esta memoria. Para pensar en los efectos de los sentidos en la tensión, enfrentaremos la memoria institucional vinculada a la escultura con la forma en que D. Pedro se presenta en la materialidad verbal, en las novelas O Chalaa (1994), de José Roberto Torero, y la locura del emperador (2008), de Paulo Setúbal. Como contribución teórica, destacamos el artículo de interés de la ciudad, el de P-cheux (2008, 1999), Orlandi (2003, 2008), Fedatto (2011) y Robin (2016).

Details

Title
Memórias do Império em disputa
Author
Ferraça, Mirielly  VIAFID ORCID Logo  ; Stanis, David Lacowicz  VIAFID ORCID Logo 
Pages
1-16
Section
Artigos
Publication year
2019
Publication date
2019
Publisher
Universidade Estadual de Campinas - UNICAMP, IEL - Cadernos de Estudos Linguísticos
ISSN
01025767
e-ISSN
24470686
Source type
Scholarly Journal
Language of publication
Portuguese
ProQuest document ID
2334447758
Copyright
© 2019. This work is licensed under https://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0/ (the “License”). Notwithstanding the ProQuest Terms and Conditions, you may use this content in accordance with the terms of the License.