Resumo
A Physalis peruviana L. é uma pequeña fruta reconhecida por apresentar grande importancia farmacológica, uma vez que seus frutos apresentam altos teores de vitamina A, C, ferro e fósforo. Práticas culturais, como tutoramento e poda, podem influenciar a arquitetura da planta, de modo que ela obtenha frutos de melhor qualidade. Portanto, o objetivo deste trabalho foi avaliar a qualidade de frutos de Physalis peruviana L. produzidos em diferentes sistemas de tutoramento e poda. O trabalho foi realizado em Londrina-PR utilizando delineamento inteiramente casualizado, em esquema fatorial 4 x 2, contendo quatro tipos de tutoramento (tutoramento UEL, tutoramento "V" invertido adaptado, sem tutoramento e tutoramento vertical) e duas poda (com e sem desbrota), com quatro repetiçöes. As variáveis analisadas foram: largura e altura dos frutos, massa fresca com e sem capulho, coloraçao (L·, C· e h°), número de frutos por planta, sólidos solúveis, pH e acidez. Os dados foram submetidos å análise de normalidade e homogeneidade e, se atendidos os padröes, foram comparados pelo teste de Tukey, com nivel de 5% de probabilidade pelo programa Sisvar, e correlacionados pelo teste de Pearson utilizando o programa estatistico R. Foi possivel concluir que plantas conduzidas livremente tiveram os maiores valores de massa fresca de frutos com capulho e que os sistemas de conduçao proporcionaram maior penetraçao da radiaçao solar no dossel, o que favoreceu o acúmulo de açÛcares e a intensidade das coloraçöes dos capulhos. Plantas conduzidas nos sistemas de tutoramento UEL - Universidade Estadual de Londrina e "V" invertido adaptado (ambos sem desbrota) obtiveram maiores quantidades de frutos. A desbrota provocou reduçao no volume de frutos, menores valores de sólidos solúveis, capulhos mais escuros e com maior tendencia å coloraçao amarelada.
Palavras-chave: Caracterizaçao dos frutos; Desbrota; Fisális; Manejo; Pós-colheita; Solanaceae.
Abstract
Physalis peruviana L. is a small fruit known for the great pharmacological importance, since it has high levels of vitamin A, C, iron, and phosphorus. Cultural practices such as training and pruning can influence the architecture of the plant, in such a way to obtain fruits of better quality. Therefore, the objective of this work was to evaluate the quality of fruits of Physalis peruviana L. produced in different systems of training and pruning. The work was carried out in Londrina-PR-Brazil using a completely randomized design, in a 4 x 2 factorial scheme containing four types of training ("UEL training", "adapted inverted V training", without training and "vertical training") and two types of pruning (with and without prune) with four replicates. The analyzed variables were: fruit size and height, fresh weight with and without calyx, color (L ·, C · and h°), number of fruits per plant, total soluble solids, pH, and acidity. The data were submitted to analysis of normality and homogeneity and compared by the Tukey test, at a 5% of probability level by the Sisvar program, and correlated by the Pearson test using the statistical program R. We conclude that plants conducted freely, had the highest values of fresh fruit mass with calyx. The conduction systems provide greater penetration of the solar radiation in the canopy, which favors, the accumulation of sugars and the intensity of the colorations of the calyxs. Plants conducted by the training systems UEL - State University of Londrina and adapted inverted "V" (both without pruning), obtained a greater amount of fruits. The pruning resulted in reduced fruit volume, lower values of soluble solids (SS), and dark calyx with a tendency to yellowish color.
Keywords: Characterization of fruits; Pruning; Physalis; Management; Post-harvest; Solanaceae.
1Introduçâo
A Physalis peruviana L., pertencente a família das Solanaceae, é uma fruta produzida em regiöes tropicais (Afsah, 2015) e cultivada nas mais variadas épocas e manejos (Muniz et al., 2010), sendo destinada basicamente a dois segmentos: frutos para o processamento ou consumo in natura (Rufato et al., 2013).
Independentemente do destino final do produto, um elevado padrâo comercial deve ser atingido, visando ao fornecimento de frutos que atendam ao mercado consumidor, uma vez que a mudança dos hábitos alimentares, como o aumento no consumo de frutas, está em evidencia (Patto, 2013). Portanto, otimizar o processo de desenvolvimento e crescimento de plantas de fisális por meio da alteraçâo na arquitetura vegetal torna-se viável para a cadeia produtiva.
Práticas que alteram a arquitetura da planta, como tutoramento e poda, podem influenciar a relaçâo fontedreno, de modo a obter maior produtividade, tamanho, peso, concentraçöes de sólido solúveis e menor acidez dos frutos (Peluzio et al., 1999). Essa relaçâo depende da eficiencia fotossintética e da translocaçâo de fotoassimilados para os locais de maior demanda (Silvius et al., 1978). Desta forma, evidencia-se como unidades de fonte e dreno as folhas e os frutos, respectivamente (Tanaka & Fujita, 1974).
Neste cenário, a utilizaçâo de tutoramento no cultivo de fisális proporciona um suporte para o crescimento vegetativo das plantas evitando o contato com o solo, além de possibilitar o aumento da ventilaçâo e a iluminaçâo no dossel produtivo, facilitando os tratos culturais (Alvarenga, 2004). Os sistemas de conduçâo mais utilizados para o cultivo de fisális sâo: livre, espaldeira, em "V" e em "X" (Muniz, 2011; Gonçalves et al., 2012).
Embora sejam os métodos mais usados, necessitam da utilizaçâo de duas plantas por tutor; logo, uma alternativa a esses modelos é a utilizaçâo de somente uma planta, otimizando o custo de implantaçâo. O manejo da densidade de plantas e a realizaçâo da poda apical interferem na produtividade e qualidade dos frutos, assim como na duraçâo do período de colheita (Bogiani et al., 2008).
A realizaçâo da poda, além de ter efeito direto no tamanho dos frutos, na melhoria da arquitetura da planta e na eficiencia do sistema de conduçâo (Zapata et al., 2002), constitui uma importante ferramenta, pois pode alterar a quantidade da radiaçâo solar que incide sobre o dossel e refletir na produtividade.
Tendo em vista que o potencial de conservaçâo de um fruto está diretamente relacionado ao manejo (Chitarra & Chitarra, 2005), alteraçöes nas práticas culturais pela adoçâo de métodos de conduçâo e poda podem modificar a arquitetura das plantas e refletir diretamente na qualidade dos frutos produzidos.
Neste sentido, o trabalho teve como objetivo avaliar a qualidade de frutos de Physalis peruviana L. sob diferentes sistemas de tutoramento e poda.
2Material e métodos
O trabalho foi conduzido no municipio de Londrina-PR, localizado a 23°19'42" S, 51°12'11" W e 574 m de altitude, no periodo de maio de 2016 a novembro de 2017. O solo da área experimental é classificado como Latossolo Vermelho Eutroférrico (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, 2017). O clima da regiāo é do tipo Cfa, conforme classificaçâo de Koppen, sendo subtropical com chuvas bem distribuidas no verāo. As médias de temperatura ocorridas no periodo estāo apresentadas com base nos dados do IAPAR, segundo a Figura 1.
A correçâo do solo foi realizada por meio da aplicaçâo de composto químico seguindo as recomendaçöes de Oliveira (2003), com base nos resultados da análise química do solo (T abela 1), realizada no Laboratorio de Solos da Universidade Estadual de Londrina (UEL), oriunda de amostras coletadas na profundidade de 0-20 cm.
As sementes de Physalis peruviana L. foram obtidas por meio de frutos adquiridos comercialmente em completo estágio de maturaçâo, caracterizado pela coloraçâo alaranjada. A semeadura foi feita em bandejas de isopor contendo 128 células preenchidas com substrato comercial e mantidas em casa de vegetaçâo com ambiente controlado. O transplantio das mudas foi realizado em abril de 2017, quando as plantas se encontravam com 3 a 4 folhas verdadeiras (60 dias após a semeadura) e aproximadamente 20 cm de altura, utilizado uma planta por cova, com espaçamento de 3,0 x 1,0 m entre linhas e plantas, respectivamente.
Os tratos culturais foram realizados conforme recomendaçâo de Rufato et al. (2008). O delineamento experimental utilizado foi inteiramente casualizado, em esquema fatorial 4 x 2, contendo quatro tipos de tutoramento (tutoramento UEL, tutoramento "V" invertido adaptado, sem tutoramento e tutoramento vertical) e dois tipos de poda (com e sem desbrota), com quatro repetiçöes por tratamento. Foram definidos como área experimental 255 m2 (15 x 17 m), contendo 4 fileiras, com 16 plantas cada, totalizando 64 plantas.
A estrutura de tutoramento utilizada (bambus com 1,80 m de altura) foi instalada antes do transplantio, e, assim que as plantas atingiram aproximadamente 30 cm, elas foram conduzidas aos tutores com auxilio de barbantes.
Para o tutoramento do tipo UEL, dois bambus foram dispostos na forma de "X", cruzando-se entre si a uma altura de 60 cm, e suas bases foram apoiadas no solo com 50 cm de distância entre si, sendo a planta transplantada no meio das duas bases. No tipo "V" invertido adaptado, dois bambus foram cruzados nas extremidades superiores, e suas bases foram dispostas a 50 cm de distância entre si, sendo a planta transplantada no meio das suas bases. Para o vertical, foi feito o uso de um bambu disposto verticalmente ao solo, sendo a planta transplantada na base do bambu. Já para as plantas sem tutoramento, houve desenvolvimento natural sem alteraçöes na arquitetura.
A poda do tipo desbrota foi realizada semanalmente a partir da emissāo das gemas laterais (30 cm) em conjunto com o tutoramento, com auxilio de tesoura de poda, havendo a retirada parcial das gemas laterais. Para plantas com desbrota, foi feita a conduçâo de duas hastes, e para os tratamentos sem desbrota, todas as hastes foram tutoradas.
As colheitas foram realizadas manualmente ou com o auxilio de uma tesoura, de maneira a evitar o desprendimento do cálice, sendo os frutos colhidos conforme escala de maturaçâo de Muniz (2011) (4 - amarelo; 5 - amarelo-amarronzado; e 6 - pardo-amarronzado) e, logo após, submetidos aos testes.
Na análise da qualidade física dos frutos, foram avaliados largura (Larg) e altura (Alt), massa fresca com e sem capulho de 10 frutos (MFC e MFS, respectivamente), coloraçâo e número de frutos por planta (NF). Em relaçâo a qualidade química, foram avaliados sólidos solúveis (°Brix), pH e acidez (AC).
Para altura e diámetro, foram medidos 30 frutos por planta com auxilio de um paquímetro digital graduado em centímetros. Para massa fresca dos frutos, foi feita a pesagem com e sem capulho, e os resultados foram expressos em gramas por 10 frutos. Para avaliaçâo de número de frutos por planta, foi realizada a contagem nas colheitas.
A avaliaçâo dos atributos de cor foi realizada empregando-se o colorímetro Minolta CR-10®, sendo obtidas as variáveis de sua porçâo equatorial: L·, C· e h° (n = 5 frutas/planta). Os valores de L· variam de 0 (preto e menor luminosidade) a 100 (branco e maior luminosidade). O C· indica a pureza ou intensidade da cor - a distancia a partir de cinza (acromática) em direçâo a uma cor pura - e é calculado a partir dos valores de a· e b· da escala CIELab, com a cor neutra em 0 e as cores mais saturadas com o aumento da magnitude. O ángulo de h° refere-se a roda de cores e é medido em ángulos: verde, amarelo e vermelho correspondem a 180°, 90° e 0°, respectivamente (Carreño et al., 1995; Lancaster et al., 1997; Orak, 2007).
O teor de sólidos solúveis (SS), representado por °Brix, foi determinado em refratômetro digital de bancada, com compensaçâo automática de temperatura (Modelo DR301-95, Krüss Optronic, Alemanha) (n = 10 frutos/planta). O pH foi determinado com potenciómetro digital, medindo-se 10 frutos por tratamento.
A determinaçâo da acidez titulável (AT) foi realizada por titulaçâo do mosto com soluçâo padronizada de NaOH (0,1 N) em titulador potenciométrico digital (Modelo Tritoline Easy, Schott Geräte, Alemanha), e o resultado foi expresso em porcentagem de ácido cítrico (Roberto et al., 2012).
Os dados foram submetidos a análise de normalidade e homogeneidade e, se atendidos os padrees, comparados pelo teste de Tukey, com nível de 5% de probabilidade pelo programa Sisvar, e correlacionados pelo teste de Pearson utilizando o programa estatístico R.
3Resultados e discussäo
Para análise de variáncia, nāo houve efeito significativo da interaçâo entre o sistema de conduçâo e a desbrota para as características avaliadas, exceto número total de frutos (NF) (Tabela 2). Foram significativas de forma isolada para desbrota as variáveis pH e coloraçâo C· sem capulho (CCSC). Para tutor, foram significativas as variáveis massa fresca de frutos sem capulho (MFS) e coloraçâo C· com capulho (CCC). Para os dois fatores, foram significativas as variáveis sólidos solúveis (SS) (°Brix), massa fresca de fruto com capulho (MFC), acidez (AC), coloraçâo L· com capulho (CLC), coloraçâo h°com capulho (CHC) e coloraçâo L· sem capulho (CLSC).
Como as informaçöes a respeito de tutoramento e poda de fisális sāo escassas, principalmente quando associadas a outras formas de tutoramento de plantas, foi necessário relacionar os resultados com outras espécies. Assim, neste trabalho, também foram utilizadas referencias que continham resultados e explicaçöes a respeito de outras culturas.
Com relaçâo as características físicas dos frutos (Tabela 3), foi observada a influencia dos sistemas de tutoramento na massa fresca com a presença do capulho (MFC), em que plantas sem tutoramento (tutor 3) tiveram as maiores médias. Sao atribuidos os maiores valores de MFC ao microclima favorável gerado a partir dos sistemas de tutoramento, uma vez que, com a alteraçao da arquitetura vegetal, é elevada a ventilaçao em torno da planta (Andriolo, 1999), proporcionando, consequentemente, menor umidade dos capulhos.
De acordo com Lima et al. (2009), Ramadan (2011), Puente et al. (2011) e Luchese et al. (2015), a massa dos frutos de fisális pode variar entre 4 e 10 g, sendo que estes sao comercializados em conjunto com o talo e o cálice. Deste modo, para a obtençao de resposta da massa total dos frutos, é preciso mensurar os tres componentes (Lima et al., 2009).
A partir dos dados obtidos para coordenadas cromáticas, a cartesiana (L·) e as cilindricas (C· e h°) (Tabela 3), foi possível observar que a desbrota gerou frutos com capulhos mais escuros e com maior tendencia a coloraçao amarelada. Com relaçao aos frutos sem capulho, plantas que foram desbrotadas resultaram em frutos com maiores valores de L· e menores de C·, nao apresentando diferença no ángulo h°, diferindo do padrao observado nos frutos com capulho.
Desta forma, podemos inferir que a desbrota gera frutos com coloraçao mais escura e mais saturada por causa da incidencia de radiaçao solar sobre eles. Neste contexto, plantas sem desbrota apresentam um maior adensamento das folhas e, por consequencia, autossombream-se, o que dificulta a interceptaçao da luz (Zabot et al., 2004); assim, é possível associar a maior disponibilidade de radiaçao solar com a coloraçao mais intensa do fruto.
Em um panorama agrícola geral, a coloraçao dos frutos é considerada um dos indicadores do ponto de maturaçao, além de ser associada a maior presença de compostos fenólicos e carotenoides, conforme observado por Ligarreto et al. (2011).
Com relaçao aos sistemas de tutoramento, plantas conduzidas livremente apresentaram capulhos com menor luminosidade (mais escuros) em comparaçao aos demais sistemas, menor saturaçao comparativamente ao tutoramento UEL e menor tendencia a cor amarela em relaçao ao tutoramento UEL e vertical (tutor 4). Os sistemas de conduçao proporcionaram maior penetraçao da radiaçao solar no dossel, otimizando a utilizaçao desse fator pelas plantas, o que favoreceu a intensidade das coloraçöes dos capulhos.
Ainda a respeito dos sistemas de conduçao em relaçao a coloraçao do fruto, foram observadas diferenças apenas na luminosidade, pois o tutoramento UEL apresentou frutos mais escuros (menor intensidade na taxa de luminosidade) que o tutoramento "V" invertido adaptado (tutor 2). No sistema de tutoramento "V" invertido adaptado, há um maior sombreamento na parte interna dos bambus por causa da angulaçao dos tutores, em comparaçao com os outros sistemas, o que pode ter acarretado frutos mais claros.
A coloraçâo do fruto é um atrativo para o consumidor, uma vez que produtos de cor forte e brilhante sâo os preferidos, mesmo que esse fator, na maioria das vezes, nâo contribua para o aumento efetivo do valor nutritivo ou no sabor do produto (Chitarra & Chitarra, 2005).
Para a variável número de frutos (Tabela 4), a interaçâo poda e sistemas de tutoramento proporcionou para as plantas sem desbrota maiores médias em relaçâo aquelas com desbrota. Esse resultado pode estar associado ao fato de a fisális produzir flores e frutos nos ramos novos em crescimento. Dessa forma, a reduçâo do número de ramos em razâo da desbrota provocou reduçâo nas gemas floríferas e, consequentemente, no volume de frutos.
Resultados semelhantes foram observados por Azevedo et al. (2010) em tomateiros conduzidos com maior número de hastes e cachos, pois, em geral, as plantas produziram maior número de frutos. Hafle et al. (2009) constataram em maracujazeiros um decréscimo na produçâo de frutos por planta a medida que foi reduzido o número de ramos terciários, sendo que o maior número de frutos por planta foi atingido no tratamento com maior quantidade de ramos terciários.
Ainda para a interaçâo, as respostas verificadas para número de frutos por planta de fisális mostram que somente plantas sem desbrota nos sistemas de tutoramento UEL e "V" invertido adaptado obtiveram maiores quantidades de frutos. Esses sistemas de tutoramento (UEL e "V" invertido adaptado) influenciaram a relaçâo fonte-dreno das plantas, pois beneficiaram a interaçâo da radiaçâo solar e, consequentemente, a translocaçâo de fotoassimilados, proporcionando um maior número de frutos por planta.
Resultados semelhante foram observados por Da Costa et al. (2005), que, ao avaliarem diferentes sistemas de conduçâo em maxixe-do-reino (Cyclanthera pedata L.), constataram que o sistema de tutoramento vertical com fitilho ocasionava má distribuiçâo dos ramos e menor produçâo por causa do maior contato das ramificaçöes com o solo, semelhante as plantas sem tutoramento.
Além disso, Azevedo (2006), ao avaliar os sistemas de tutoramento verticais, verificou que as plantas formam naturalmente uma maior curvatura na base do caule, o que dificulta seu crescimento e desenvolvimento, resultando em menores produçöes.
Com relaçâo as características químicas dos frutos (Tabela 5), é possível observar que, para sólidos solúveis (SS) dos frutos representado por °Brix, as plantas sem desbrota apresentaram as maiores médias, pois o incremento no teor de SS nos frutos de fisális pode estar associado a maior área foliar. Resultados semelhantes foram observados por Moura et al. (2013) com frutos de mirtilo, ao verificarem maior valor para SS em frutos produzidos em plantas que nâo foram podadas (13,53°Brix), seguidos por poda leve (12,40°Brix) e drástica (12,20°Brix). Em funçâo da diminuiçâo da área foliar, há menor realizaçâo de fotossíntese, menor fluxo de fotoassimilados e consequente estresse.
Para as plantas tutoradas (com e sem desbrota), foi observada uma maior média para a variável SS. Tal comportamento se deve a mudança na arquitetura da planta com sistemas de conduçâo, pois, além de facilitarem o manejo, promovem melhor aeraçâo e penetraçâo de luz no dossel (Santos et al., 2008), uma vez que, quanto maior a incidencia da radiaçâo solar, maior será o acúmulo de açÛcares (Morrison & Noble, 1990). Os resultados obtidos para SS estâo próximo dos 12,1 a 14,30 obtidos por vários autores para a cultura da fisális (Puente et al., 2011; Luchese et al., 2015; Lima et al., 2009; Licodiedoff, 2012).
De acordo com Chitarra & Chitarra (2006), os SS sâo as porçöes dos sólidos que se encontram dissolvidas na seiva vascular. Em frutas, correspondem, principalmente, aos aç^ares, minerais e pectinas, que se encontram em soluçâo no vacúolo. Segundo Pinheiro et al. (1984), o teor de SS é de grande importancia, tanto para consumo in natura como para processamento industrial, pois elevados teores desses constituintes implicam menor adiçâo de aç^ares, menor tempo de evaporaçâo da água, menor gasto de energia e maior rendimento do produto, resultando em maior economia no processamento industrial.
Para a variável pH (Tabela 5), plantas com desbrota apresentaram maiores médias, o que se relaciona com a acidez dos frutos, uma vez que os mesmos tratamentos apresentaram menor acidez. Novoa et al. (2006) definem o pH como um parámetro na regulaçâo do metabolismo e afirmam que mais de 90% do volume celular é ocupado pelo vacúolo, o qual é muito ácido e apresenta pH inferior a 5, valor que coincide com os obtidos neste trabalho (4,30).
Resultados semelhantes foram observados com a poda drástica por Moura et al. (2013) em trabalho feito com mirtilo, em que constataram maior pH dos frutos, porém nâo diferiu estatisticamente de frutos produzidos em plantas sem e com poda leve.
Para o fator acidez (AC) (Tabela 5), foi observada menor porcentagem em frutos provenientes de plantas conduzidas com desbrota e sem sistema de tutoramento. Esses valores encontram-se dentro dos referidos para a acidez total titulável em fisális (expressos também em % de ácido cítrico), sendo 0,69 (Lima et al., 2009), 1,90 a 2,10 (Puente et al., 2011) e 1,54 (Licodiedoff, 2012).
Resultados semelhantes foram encontrados por Lima (2009), em trabalho realizado com sistemas de tutoramento e épocas de transplantio com a cultura da fisális em Pelotas-RS, no qual observou maior acidez total titulável em frutos produzidos no sistema de conduçâo vertical com fitilho e bambu.
Existem diferenças entre os resultados encontrados. Lima et al. (2009) explicam que essas diferenças podem estar relacionadas com o estado de maturaçâo das bagas durante a colheita e estado de conservaçâo pós-colheita, visto que a acidez titulável decresce com o avanço do processo de maturaçâo em virtude do consumo dos ácidos orgánicos durante a respiraçâo.
Neste contexto, a correlaçâo simples de Pearson aparece como complemento para as análises realizadas, pois permite avaliar a magnitude e o sentido da associaçâo entre dois caracteres (Lopes & Franke, 2009).
De acordo com os resultados obtidos (Figura 2), foram discutidas apenas correlaçöes acima ou abaixo de 0,60, por serem consideradas com alta magnitude, e observadas uma correlaçâo altamente positiva entre as variáveis físicas de largura, altura, massa fresca de 10 frutos com capulho e sem capulho, ou seja, quanto maior o fruto, maior a massa, sendo a recíproca verdadeira. Esse fenómeno se deve a algumas plantas apresentarem maior acúmulo de fotoassimilados, produzindo, assim, frutos com maior massa e tamanho.
A coordenada L· de frutos com capulho teve correlaçâo positiva com a quantidade de SS e acidez dos frutos, sendo que, quanto mais escuros os frutos, maiores o °Brix e a acidez. Com o processo de maturaçâo dos frutos, a coloraçâo tende a ficar mais escura, e os frutos, mais doces, em razâo das transformaçöes bioquímicas, as quais acumulam glicose. Essas modificaçöes sâo coordenadas por enzimas e hormônios. Também os teores de SS sâo utilizados como índice de maturidade para algumas frutas. Em trabalho realizado com a cultura da acerola, Nogueira et al. (2002) encontram teores maiores de SS em acerolas maduras e menores em acerolas verdes.
Em contrapartida, uma correlaçâo negativa com a coordenada L· dos frutos com capulho e a massa fresca dos frutos foi constatada, sendo que os frutos mais escuros possuíam menor massa fresca. A cor dos frutos está associada a atributos genéticos (pureza varietal, potencial de produtividade, precocidade, resistencia a condiçöes adversas de solo e clima), mas também a radiaçâo solar incidente sobre eles. Assim, é possível associar maior disponibilidade de radiaçâo solar com a coloraçâo mais intensa do fruto (Radünz et al., 2014), pois maior incidencia resulta em maior produçâo de pigmentos fotossintetizantes e, consequentemente, coloraçâo mais acentuada, resultados esses que também explicam a correlaçâo positiva entre as coordenadas L· e h° de frutos com capulho.
4Conclusöes
Plantas conduzidas livremente tiveram os maiores valores de massa fresca de frutos com capulho. Os sistemas de conduçâo proporcionaram maior penetraçâo da radiaçâo solar no dossel, o que favoreceu o acúmulo de açucares e a intensidade das coloraçöes dos capulhos. Plantas conduzidas nos sistemas de tutoramento UEL e "V" invertido adaptado (ambos sem desbrota) obtiveram maiores quantidades de frutos.
A desbrota provocou reduçâo no volume de frutos, menores valores de sólidos solúveis (SS), capulhos mais escuros e maior tendencia a coloraçâo amarelada.
Agradecimentos
Os autores agradecem a CAPES (Coordenaçâo de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nivel Superior) e ao CNPQ (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico), pelo apoio financeiro, e ao Laboratório de Fruticultura da Universidade Estadual de Londrina, pelo espaço cedido para realizaçâo dos testes.
Cite as: Pellizzaro, V., Paula, J. C. B., Furlan, F. F., Omura, M. S., & Takahashi, L. S. A. (2020). Quality of fruits of Physalis peruviana L. in the function of different types of training and pruning. Brazilian Journal of Food Technology, 23, e2019073 https://doi.org/10.1590/1981-6723.07319
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Financiamento: CAPES (Coordenador de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nivel Superior - Projeto: 88882.461666/2019-01) e CNPQ (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico).
Received: Mar. 14, 2019; Accepted: Mar. 20, 2020
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© 2020. This work is published under http://creativecommons.org/licenses/by/4.0/ (the “License”). Notwithstanding the ProQuest Terms and Conditions, you may use this content in accordance with the terms of the License.
Abstract
A Physalis peruviana L. é uma pequeña fruta reconhecida por apresentar grande importancia farmacológica, uma vez que seus frutos apresentam altos teores de vitamina A, C, ferro e fósforo. Práticas culturais, como tutoramento e poda, podem influenciar a arquitetura da planta, de modo que ela obtenha frutos de melhor qualidade. Portanto, o objetivo deste trabalho foi avaliar a qualidade de frutos de Physalis peruviana L. produzidos em diferentes sistemas de tutoramento e poda. O trabalho foi realizado em Londrina-PR utilizando delineamento inteiramente casualizado, em esquema fatorial 4 x 2, contendo quatro tipos de tutoramento (tutoramento UEL, tutoramento "V" invertido adaptado, sem tutoramento e tutoramento vertical) e duas poda (com e sem desbrota), com quatro repetiçöes. As variáveis analisadas foram: largura e altura dos frutos, massa fresca com e sem capulho, coloraçao (L·, C· e h°), número de frutos por planta, sólidos solúveis, pH e acidez. Os dados foram submetidos å análise de normalidade e homogeneidade e, se atendidos os padröes, foram comparados pelo teste de Tukey, com nivel de 5% de probabilidade pelo programa Sisvar, e correlacionados pelo teste de Pearson utilizando o programa estatistico R. Foi possivel concluir que plantas conduzidas livremente tiveram os maiores valores de massa fresca de frutos com capulho e que os sistemas de conduçao proporcionaram maior penetraçao da radiaçao solar no dossel, o que favoreceu o acúmulo de açÛcares e a intensidade das coloraçöes dos capulhos. Plantas conduzidas nos sistemas de tutoramento UEL - Universidade Estadual de Londrina e "V" invertido adaptado (ambos sem desbrota) obtiveram maiores quantidades de frutos. A desbrota provocou reduçao no volume de frutos, menores valores de sólidos solúveis, capulhos mais escuros e com maior tendencia å coloraçao amarelada.