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Este trabalho visa discutir a relação entre a Igreja Católica e a Revolução Cubana, os conflitos e as aproximações decorridos desse levante, que ocorreu de 26 de julho de 1953 a 1.º de janeiro de 1959, e foi parte de um processo que se iniciou décadas antes, com raízes em fatores datados desde o fim do século XIX. A análise deu ênfase no período de 1959 a 1962 e, em razão da peculiaridade e da contemporaneidade da Revolução, com seus ideais socialistas, estendeu-se até 2015. A pesquisa mostra como o cenário pré-Revolução existente em Cuba gerou a convicção de se fazer a Revolução e procurou responder em que medida a Igreja Católica facilitou a implantação e a manutenção do sistema socialista em Cuba, e até que ponto se tornou uma voz de esperança para o povo cubano no enfrentamento aos desafios que surgiram com o levante socialista. Para obter respostas, foi necessário apresentar também uma visão geral do cenário pré-revolucionário, a posição da Igreja Católica ante a Revolução, as tensões e possíveis aproximações entre tão diferentes pensamentos, culminando na década atual, com a visita de Papas a Cuba. Dessa forma, a pesquisa se justifica pela riqueza de eventos históricos que envolveram a Ilha antes e depois da Revolução Cubana, não só pelos seus aspectos políticos, econômicos e sociais, mas principalmente pela posição da Igreja Católica nesse processo, por ser a religião mais influente na época, embora existissem outras manifestações religiosas, como as de origem africana e as protestantes. A pesquisa teve caráter exploratório, bibliográfico e documental, utilizando-se livros, documentos e materiais on-line que possibilitaram analisar o cenário pré-Revolução, o período em que a Revolução Cubana ocorreu, os personagens que tiveram mais destaque e como está, atualmente, a relação entre a Igreja Católica e o Estado cubano. Teve abordagem qualitativa, que permitiu analisar motivos, crenças, valores que permearam o levante e os comportamentos da Igreja Católica decorrentes do socialismo proclamado.