Bacio di Latte: experiência gastronômica de excelência em canais digitais

Abstract

The content of the peer review report is the full copy of the reviewers' comments. Typing and punctuation errors are not edited. Temas como o ambiente de mercado, o histórico da empresa, a pandemia de COVID-19 e os desafios de inovação e gestão (implementação de tecnologia, foco no marketing de experiencia, análise de fluxos logísticos) precisam ser apresentados ao leitor de forma a direcionar o raciocínio ao problema que só será conhecido ao final do texto.

PEER REVIEW REPORT FOR:

Oliveira, G. F. de, & Girão, M. (2024). Bacio di Latte: experiência gastronômica de excelência em canais digitais. Cadernos EBAPE.BR, 22(5), e2023-0221. https://doi.org/10.1590/1679-395120230221

DISCLAIMER:

The content of the peer review report is the full copy of the reviewers' comments. Typing and punctuation errors are not edited.

REVIEWERS:

Two of the reviewers did not authorize the disclosure of their identities.

ROUND 1

Reviewer 1 report

Date review returned: January 03, 2024

Comments to the authors:

O caso trata de um problema de negócio claramente ligado aos efeitos da Pandemia de COVID-19, que é a migração para o ambiente digital de uma empresa que fornece alimentos essencialmente em ambiente físico, fundamentada numa abordagem de marketing de experiência. Há, no texto, dados importantes sobre o mercado, o histórico da empresa, e uma apresentação dos desafios que a empresa enfrentou no contexto do caso. Porém, esses dados carecem de melhor organização de seu fluxo, de modo a conduzir o leitor a um raciocínio objetivo sobre qual problema de negócio deve ser analisado. Estamos falando de reposicionamento do discurso de marketing, de gestão do processo logístico, ou da implementação de tecnologia nos processos de gestão?

Diante dessa falta de clareza no foco de análise do caso, vale destacar que a narrativa em seções acabou sendo pouco efetiva, devido à inclusão de trechos relacionados a outros assuntos e ao pouco aprofundamento naquilo que interessa ao contexto. Por exemplo, na seção que trata da "Pandemia e o impacto no negócio", não se apresenta com profundidade a natureza dos desafios que a pandemia trouxe ao negócio (resumindo-os ao aspecto logístico e à relação com as plataformas de delivery). Por outro lado, pouco se discute sobre as necessidades de restruturação do negócio em si, para que tenha condições de atender com celeridade aos desafios impostos pelo ambiente.

Em minha opinião, caberia uma melhor separação entre as questões relacionadas à gestão do negócio, em relação ao discurso de marketing e à oferta da proposta de valor. Da forma que o texto está construído, tem-se a impressão de que a autoria do texto não teve acesso aos principais problemas internos de gestão do negócio, escrevendo-os a partir de um olhar externo. Em tese, isso não seria um problema. Porém, para que o caso tenha uma clareza de objeto de análise, talvez fosse o caso de revisar sob qual perspectiva a autoria pretende analisar o caso: se com uma perspectiva interna (apresentando os fundamentos sob forma de dados e informações mais relevantes) ou se por uma perspectiva externa (abordando uma lógica mais direcionada aos efeitos do que às causas).

Ainda no que diz respeito à construção de um texto mais fluido ao leitor, sugiro repensar a estrutura do texto em si. Será que não caberia a construção de uma introdução mais objetiva que, ao seu fim, apresentasse de forma clara o problema a ser analisado, deixando as seções subsequentes como elementos que subsidiem a análise do leitor? Esta abordagem deixaria claro, logo de início, qual problema deve ser solucionado, e daria liberdade à autoria de apresentar outros temas em seções independentes entre si, mas que fundamentem o caso com os dados que interessam à análise.

Por outro lado, a construção de um texto mais longo, como foi a opção da autoria, acaba trazendo desafios como a necessidade de afunilamento, coesão e fluidez. Temas como o ambiente de mercado, o histórico da empresa, a pandemia de COVID-19 e os desafios de inovação e gestão (implementação de tecnologia, foco no marketing de experiencia, análise de fluxos logísticos) precisam ser apresentados ao leitor de forma a direcionar o raciocínio ao problema que só será conhecido ao final do texto. Em se escolhendo manter esta abordagem, recomendo revisar os temas discutidos, agrupando-os de forma mais coesa entre si, e aprofundando os aspectos relacionados ao problema de negócio.

A respeito das notas de ensino, recomendo que o resumo seja reposicionado para o início do texto do caso.

Outro aspecto que merece consideração diz respeito à relação que se faz entre inovação e transformação digital. É verdade que o processo de transformação digital traz consigo um componente de inovação, mas não se pode deixar de considerar que a Transformação Digital diz respeito a mudanças na proposta de valor da empresa por meio do uso de tecnologias da informação e comunicação. No caso apresentado, da forma que a narrativa foi construída, não estamos falando de mudança de valor do negócio (pelo contrário, de sua manutenção), e sim do uso de tecnologias para permitir que o consumidor tenha acesso a um novo canal de relacionamento com o negócio. Nesse sentido, considero que é necessária uma reconstrução dos objetivos, de forma a permitir que o contexto seja explorado na dimensão que lhe é adequada.

Esta necessidade de readequação dos objetivos está diretamente relacionada à falta de foco objetivo na construção do caso. Por exemplo, o que a autoria está considerando como estratégia de inovação aberta (quando fala da opção entre contratar entregadores próprios ou selecionar as plataformas de delivery) trata-se de uma decisão sobre terceirização de frota ou não. Naturalmente, a decisão de uma frota própria implicaria na necessidade de construção de uma plataforma que viabilizasse os pedidos, mas isso corresponde mais à adoção de tecnologias do que a um processo de inovação. Com isso, todo o fundamento das notas que ensino que trata de inovação acaba ficando descontextualizado ao caso.

Outra questão que se coloca é o aspecto cultural, relacionado às empresas familiares. Da forma como a narrativa do caso foi construída, tem-se a impressão de que a empresa vive com conflitos entre seus dirigentes (o que é característico de organizações que estão em processo de mudança geracional). Porém, a empresa é relativamente recente, e não há evidências de que esteja em mudança geracional. Desta forma, não se pode atribuir os problemas de gestão à cultura das empresas familiares, mas à falta de profissionalismo da gestão, que está nas mãos de seu fundador.

Reviewer 2 report

Reviewer 2 did not authorize the disclosure of their review report.

ROUND 2

Reviewer 1 report

Date review returned: March 05, 2024

Comments to the authors:

O trabalho evoluiu bastante de uma versão para a outra. Recomendo apenas correções de ortografia e gramática, para validar a publicação.

Reviewer 2 report

Reviewer 2 did not authorize the disclosure of their review report.