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“O avesso do avesso do avesso do avesso, Um teatro brasileiro, década de 70 e as relações de gênero” é uma tese-memória, pois escrita por pessoa que viveu os tempos e próxima do que fala. A tese estuda um teatro brasileiro dos anos 70, nas cidades do Rio de Janeiro e de São Paulo, e sua relação com o queer/camp. O título, inspirado na música Sampade Caetano Veloso dá conta das piruetas específicas à história brasileira que possibilitaram a esse teatro fazer parte do mainstreamem plena ditadura brasileira (1964-1985), ao contrário do que se passou em ditaduras contemporâneas de outros países da América Latina. Para provar as hipóteses, recorre-se a um viés genealógico (inspirado em Michel Foucault) além de debruçar-se sobre a relação entre cada grupo e/ou diretor estudado e o queer/camp. Do capítulo um, retenho que a hipótese principal (o importante tecido de relações entre espetáculos brasileiros, criados no Rio de Janeiro e em São Paulo, em torno dos anos 1970, espetáculos muitas vezes mainstreame os queer studies) é assunto que ainda não foi abordado na latitude aqui empreendida. No capítulo dois, as estórias do Brasil mostram os avessos, viés queer/camp, que desaguam na verossimilhança das minhas hipóteses. Os capítulos três e quatro – “A Tropicália” e “Um teatro brasileiro nos anos 70 no Rio de Janeiro e em São Paulo” – debruçam-se sobre a pesquisa de grupos e diretores, assunto desta tese, e os seus em torno rizômicos.