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O presente estudo vincula-se à linha de pesquisa Linha de Pesquisa: Cultura, Escola e Formação do Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Estadual de Goiás (UEG). Almeja-se compreender os limites e as possibilidades da formação de educadoras e educadores de matemática para o desenvolvimento do ensino de matemática numa perspectiva humanizadora, por meio da investigação dos conceitos e fundamentos filosóficos e epistemológicos que constituem o sentido de uma concepção de Educação Humanizadora; demonstrar os princípios éticos, políticos e pedagógicos apresentados em documentos oficiais e bibliográficos referentes à formação de educadoras e educadores de matemática que referenciam ou negam a perspectiva humanizadora de educação; interpretar os elementos constituintes das propostas de formação de educadoras e educacores de matemática, buscando elucidar os limites e possiblidades postos nos documentos oficiais e na bibliografia pesquisada e, por fim, descrever os limites e as possibilidades de constituição de uma Educação Matemática humanizadora. Nesta dissertação, entendemos a Educação Humanizadora como aquela que está essencialmente comprometida com a vocação ontológica do ser humano em sua busca por ser mais. Essa abordagem é voltada para a formação e o desenvolvimento humano em todas as suas dimensões, fundamentando-se no diálogo, na intersubjetividade e na reflexão crítica a respeito das práticas sociais. Em contrapartida, ela se opõe à educação bancária e ao ensino baseado em práticas que reproduzem o modelo da sociedade neoliberal, caracterizado pela competitividade, meritocracia, individualismo e capacitismo, utilizando métodos mecanizados e que carentes de espaço para a crítica. A pesquisa é de natureza qualitativa e bibliográfica, visando reconhecer a bibliografia como uma fonte rica e profícua para o estudo, com base na hermenêutica fenomenológica. A seleção de obras nas áreas da Educação, Filosofia e Educação Matemática foi fundamental para abordar um tema abrangente e complexo, que vai além das questões discutidas neste texto. Trata-se de uma busca contínua pelo que ainda não foi observado ou expresso, e que permanece aberto a novas discussões. A pequisa fundamenta-se em autoras como: Almeida (2013; 2017), Bicudo (1999; 2009), Chauí (1999, 2000, 2001, 2002, 2003, 2014 e 2016) e Reis (2006; 2013; 2021), e autores, dentre eles: Freire (1959, 1967, 1969, 1976, 1978, 1979, 1981, 1983, 1987, 1992, 1997, 2002, 2013 e 2015), Gadotti (1995, 1996), Brandão (1981, 1986 e 2002), Skovsmose (2007, 2008), Coêlho (1999, 2006, 2008, 2009, 2011, 2012, 2016 e 2018) e Viana (2008). A coleta de bibliografia incluiu fontes de sites e documentos oficiais, como a BNCC (2018), as resoluções CNE/CP nº 4/2024 e CNE/CP nº 2/2019 do Conselho Nacional de Educação (CNE) do Ministério da Educação (MEC). Informações adicionais, como o Projeto Pedagógico do Curso (PPC) de Licenciatura em Matemática da Universidade Federal do Pará (UFPA) – Campus Bragança. A pesquisa revela que, embora o Projeto Político-Pedagógico do curso de Licenciatura em Matemática do Campus Bragança enfatize uma formação humanista e cidadã, a prática curricular pode não refletir essa intenção de maneira objetiva. A abordagem transversal de temas sociais é positiva, mas falta profundidade, comprometendo a formação crítica das futuras educadoras e dos futuros educadores. É fundamental que a integração dessas temáticas ocorra por meio de práticas pedagógicas efetivas e investimento na formação docente, garantindo uma educação humanizadora, integral e inclusiva. As discussões a respeito do tema permanecem em aberto, com a pesquisa em constante evolução. O objetivo não é oferecer respostas cristalizadas, mas reconhecer que a formação de educadoras e educadores de Matemática gera novas provocações e inquietações, revelando questões ainda não exploradas na busca pelo conhecimento.