La jurisdicción indígena como mecanismo constitucional para la protección de derechos fundamentales

Abstract

Este estudio analizó las tensiones en torno a la jurisdicción indígena como un mecanismo constitucional para la protección de derechos fundamentales en Ecuador. Desde una perspectiva jurídica crítica, se examinó el potencial de este sistema en contextos interculturales y se identificaron los principales desafíos que enfrentó su implementación. Se realizó un análisis normativo y jurisprudencial, complementado con un enfoque teórico sobre el pluralismo jurídico y una perspectiva comparada con los modelos implementados en Bolivia, Colombia y México. La investigación reveló que, pese al reconocimiento constitucional otorgado por la Constitución de 2008, persistió una brecha significativa entre la normativa formal y su aplicación efectiva. A través del estudio de casos emblemáticos como “La Cocha I” y “La Cocha II”, se evidenció una jurisprudencia oscilante que limitó la autonomía jurisdiccional indígena. Asimismo, se constató que la justicia indígena ofreció ventajas como la accesibilidad cultural, la celeridad procesal y la legitimidad social, aunque también enfrentó dificultades en la coordinación interjurisdiccional y en la interpretación intercultural de los derechos. Se concluyó que la jurisdicción indígena representó un mecanismo con alto potencial para la garantía de derechos fundamentales, cuya efectividad dependió del diálogo intercultural y del fortalecimiento normativo e institucional.

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This article critically examines Indigenous jurisdiction as a constitutional mechanism for the protection of fundamental rights in Ecuador. Through a legal and doctrinal analysis, it studies the recognition of Indigenous justice in the 2008 Constitution, its foundation in legal pluralism, and its effectiveness in intercultural contexts. The research reveals that, despite broad constitutional recognition, there is a significant implementation gap, evidenced by the fluctuating jurisprudence of the Constitutional Court in emblematic cases such as "La Cocha I" and "La Cocha II." The analysis of constitutional rulings and comparative regulations reveals a tension between the constitutional pluralist model and institutional practices that tend to subordinate Indigenous jurisdiction to ordinary jurisdiction. While strengths such as cultural accessibility, procedural speed, and social legitimacy of Indigenous justice are identified, fundamental challenges persist in interjurisdictional coordination and the intercultural interpretation of rights. It is concluded that indigenous jurisdiction constitutes a potentially effective mechanism for the protection of fundamental rights in indigenous communities, but its effectiveness requires going beyond merely formal recognition through intercultural legal dialogue that respects normative diversity as a constitutional value.

Alternate abstract:

Este estudo analisou as tensões que envolvem a jurisdição indígena como um mecanismo constitucional para a proteção dos direitos fundamentais no Equador. A partir de uma perspectiva jurídica crítica, examinou o potencial desse sistema em contextos interculturais e identificou os principais desafios enfrentados em sua implementação. Foi realizada uma análise normativa e jurisprudencial, complementada por uma abordagem teórica do pluralismo jurídico e uma perspectiva comparativa com os modelos implementados na Bolívia, Colômbia e México. A pesquisa revelou que, apesar do reconhecimento constitucional concedido pela Constituição de 2008, persistia uma lacuna significativa entre as regulamentações formais e sua aplicação efetiva. Por meio do estudo de casos emblemáticos, como “La Cocha I” e “La Cocha II”, ficou evidente uma jurisprudência oscilante que limitou a autonomia jurisdicional indígena. Também se constatou que a justiça indígena oferecia vantagens como acessibilidade cultural, celeridade processual e legitimidade social, embora também enfrentasse dificuldades na coordenação interjurisdicional e na interpretação intercultural dos direitos. Concluiu-se que a jurisdição indígena representava um mecanismo com alto potencial para garantir os direitos fundamentais, cuja eficácia dependia do diálogo intercultural e do fortalecimento normativo e institucional.