Submetido 04/03/2015 - Aceito 29/01/2018
DOI: 10.15628/holos.2018.2819
RESUMO
As atividades humanas sobre a terra causam modificaçlo na paisagem no transcorrer do tempo e o sensoriamento remoto gera dados que permitem analisar tais mudanças. Neste sentido, o presente estudo objetivou analisar o uso e ocupaçlo do solo no municipio de Marapanim, localizado no nordeste do Pará, utilizando como base os dados do TerraClass referentes as classes temáticas mapeadas e monitoradas nos anos de 2008 e 2010. Para tanto, utilizou-se o banco de dados do Projeto TerraClass e os limites municipais estabelecidos pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatistica, que com o uso do aplicativo SPRING, verslo 5.2.4, pode se elaborar um mapa temático da cidade com relaçlo as áreas alteradas e nlo alteradas e também se realizou a tabulaçlo cruzada dos dados. Pode-se verificar que a regilo da água doce do municipio de Marapanim apresentou maiores alteraçöes, principalmente nas classes mosaicos de ocupaçöes e vegetaçlo secundária. Estas alteraçöes podem decorrer da forte presença de agricultores itinerantes no local, e cujo sistema de produçlo se caracteriza por um modelo meramente extrativista baseado em atividades e técnicas agricolas rudimentares e incoerentes a conservaçlo do solo. As demais classes estudadas nlo sofreram alteraçöes significativas. O grande número de áreas nlo observadas pode ter influenciado nos resultados, portanto, faz-se necessário um estudo de campo com as comunidades do municipio.
PALAVRAS-CHAVE: Análise temporal, mudanças na paisagem, sensoriamento remoto.
ABSTRACT
The human activities change the landscape and remote sensing thats generates data that allow us to analyze such changes. In this sense, the present study aimed to evaluate the use and occupation of land in the municipality Marapanim based on TerraClass data for the years 2008 and 2010. For this, was used the data bank TerraClass Project and the municipal limits established by the Brazilian Institute of Geography and Statistics, which with the use of SPRING software, Version 5.2.4, which was drawn up thematic map of the city with respect to changed and unchanged areas and there was the cross-tabulation of the data. It can be seen that the region of freshwater Marapanim, the municipality presented major changes, especially in mosaics classes of occupations, and secondary vegetation. These changes may result from the strong presence of shifting cultivators in place, the other classes studied did not change significantly. The large number of observed areas may have influenced the results, so, it is necessary a field study with the local communities in the municipality.
KEYWORDS: Temporal analysis, changes in the landscape, remote sensing.
1. INTRODUÇAO
Durante a ocupaçao da Amazonia, a sociedade vem sendo formada por indios, caboclos, pequeños produtores, contingentes populacionais sem terra, trabalhadores urbanos, grandes e pequenos proprietarios rurais, empresarios tradicionais e modernos (FERREIRA & SALATI, 2005), cujas atividades económicas mobilizam os recursos naturais com intensidade variável (FURTADO et al., 2006). Assim, a ocupaçao do solo e o uso desses recursos alteram a condiçao dos serviços ambientais (MARANGON et al., 2004), podendo acarretar problemas, como: erosao, lixiviaçao, perda de biodiversidade, degradaçao ambiental, afetando a vida humana nas zonas urbanas e rurais.
Grande parte da produçao de alimentos vem dos sistemas ruricolas, onde os grupamentos humanos dependem do solo como recurso mais importante para a viabilidade dos sistemas agricolas e/ou pecuarios (LENZI, 2012). No territorio amazónico, a agricultura é uma das atividades mais desenvolvidas pelos produtores rurais para gerar renda, empregar mao de obra e dinamizar relaçöes socioculturais, além de contribuir com a transformaçao da paisagem por meio da intensificaçao da atividade e outros tipos de manejo (LEAL et al., 2006; PEREIRA et al., 2008).
Nessas condiçöes, o produtor ruricola gradativamente aprimora suas unidades de produçao, intensificando o uso dos recursos naturais para atender as exigencias do mercado consumidor em expansao e, consequentemente, obter maior produtividade e rendimentos, embora áreas vegetadas possam ser devastadas por meio do fogo. Em geral, pode-se inferir que as transformaçöes impostas ao ambiente pela ocupaçao humana advem das cidades e suas vias de acesso num cenário antagónico ao meio natural, principalmente a partir da revoluçao industrial, quando esta influenciou também os espaços rurais de produçao quanto a maior interaçao com o espaço urbano em virtude da lucratividade (KAGEYANA, 2004; RIBEIRO et al., 2007), além de que vivemos numa época de acelerado crescimento da populaçao urbana e de expansao imobiliária, como de moradias (BARBOSA et al., 2016), geralmente, de forma desordenada, impactando também o meio ambiente.
Para melhor compreender a transformaçao da Amazonia Legal quanto ao desmatamento, que atinge desde as florestas densas até a vegetaçao secundária, induzida pelo desenvolvimento económico e a expansao das atividades produtivas da regiao, foi idealizado e desenvolvido o Projeto TerraClass, com o intuito de mapear e monitorar o uso e a cobertura do solo amazónico por meio de uma análise integrada sobre essas questôes (COUTINHO et al., 2013). Este tipo de estudo visa diagnosticar e acompanhar a dinámica do uso e ocupaçao do solo em diversos municipios, refletindo as mudanças de aspectos socioeconómicos de determinadas regiôes e permitindo o seu monitoramento ambiental (CAMPOS et al., 2016).
Diante do exposto, o municipio de Marapanim apresenta alteraçöes ambientais em relaçao ao manejo do solo, seja pelo aumento populacional e expansao imobiliária seja pelas práticas agricolas, pecuárias e de extrativismo vegetal. Sendo assim, este estudo foi norteado pela questao: qual é a dinámica do uso e ocupaçao do solo, no periodo de 2008 e 2010, no municipio de Marapanim? Para tanto, objetivou-se analisar o uso e ocupaçao do solo no referido municipio com base nos dados do Projeto TerraClass.
2. MATERIAL E MÉTODOS
2.1. Área de estudo
O municipio de Marapanim (0° 43'52" S e 47° 41'54" W) pertence a Mesorregiao do Nordeste Paraense, Zona Fisiográfica da Microrregiáo do Salgado e ocupa a área de 795,987 km2 (IBGE, 2016). Limita-se ao norte, com o Oceano Atlântico; ao leste, com os municípios de Maracaná e Magalháes Barata; ao sul Sao Francisco do Pará e Igarape-açu e a oeste com de Curuçâ e Terra Alta (Figura 1).
De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, em 2010, o municipio de Marapanim era composto por 26.605 habitantes, distribuidos em 62% na zona rural e 38% na urbana. Localmente, o municipio pode ser dividido em: regiáo praiana, ou da água salgada, e regiáo da água doce (CONCEIÇÂO, 1995; CASTRO, 1998). Nesta primeira regiáo está situada a sede municipal e algumas comunidades pesqueiras em virtude da localizaçao litorânea, enquanto que na da água doce, em funçao dos mananciais dulcícolas, concentra-se o maior número de agricultores, representando a maior parcela da zona rural municipal.
Em geral, os povoados ruricolas de Marapanim apresentam alta sociobiodiversidade, sendo caracterizada pela relaçao do homem rural com as atividades agrícolas e extrativistas, principalmente, a agricultura, o extrativismo de crustáceos e moluscos, a mariscagem e a pesca artesanal para fins de aquisiçâo de alimentos e renda, além de outras formas de uso e apropriaçao dos recursos naturais (ALVES et al. 2016). De acordo com Furtado et al. (2006), as comunidades do litoral vivem da pesca e as demais mantem uma agricultura de subsistencia e suas unidades de produçao sao fundadas no trabalho familiar, nas relaçöes de grupos de vizinhança e nas diferentes organizaçöes de máo de obra para o trabalho da pesca, coleta e agricultura insipiente (FURTADO et al., 2006).
2.2. Coleta e análise de dados
Utilizou-se os dados do Projeto TerraClass, referentes as classes temáticas mapeadas e monitoradas nos anos de 2008 e 2010 (Tabela 1). Tal projeto foi desenvolvido por meio da parceria entre o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais/Centro Regional da Amazônia (INPE/CRA), Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária/Embrapa Amazônia Oriental (CPATU) e Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária/Embrapa Informática Agropecuária (CNPTIA), que mapeiam e qualificam a situaçao atual da Amazônia Legal nas áreas desflorestadas, levando em consideraçao os principais fenómenos e processos condicionantes das transformaçöes paisagísticas (COUTINHO et al., 2013).
Para evidenciar as áreas alteradas e inalteradas durante o período definido elaborou-se o mapa temático do municipio de Marapanim utilizando o limite municipal (IBGE, 2016) e os dados TerraClass. Para tanto foi utilizado o aplicativo SPRING versao 5.2.4 (CAMARA et al., 1996) que possui a ferramenta de linguagem de manipulaçao e consulta de mapas denominada LEGAL (Linguagem Espacial de Geoprocessamento Algébrico), pelo qual foi realizada a álgebra de mapas para a análise espacial dos dados do Projeto TerraClass.
Realizou-se também a tabulaçao cruzada dos dados, culminando na elaboraçao de uma tabela, cujas linhas correspondem aos dados de 2008 e as colunas, de 2010. Além disso, com base nestas informaçöes, criaram-se gráficos para a análise dos resultados.
3. RESULTADOS E DISCUSSÄO
Entre os anos de 2008 a 2010, observou-se que o município de Marapanim apresentou maior alteraçao em relaçao ao uso e ocupaçao do solo na regiao da água doce - zona rural (Figura 2). Sabendo-se que esta área é a mais populosa do município e onde se concentram o maior número de agricultores itinerantes, sugere-se que esta alteraçao ocorreu em funçao da açao destes trabalhadores no local, pois, conforme Fearnside (2006), eles podem constituir forças importantes na conduçao do desmatamento no local onde estao estabelecidos.
Os sistemas de produçao agrícola tradicionais sao caracterizados por um modelo praticamente extrativista baseado em atividades e técnicas incoerentes a conservaçao do solo, resultando em desflorestamento e eventuais impactos como erosao, compactaçao e exaustao dos nutrientes, consequentemente, afetando a produtividade agrícola a medida que a fertilidade do solo diminui (FEARNSIDE, 2005; PİZZANI et al., 2009). Em estudo, observou-se que em comunidades rurais do município de Marapanim a maior pressao de uso dos recursos naturais e seus respectivos impactos podem estar associada a agricultura familiar (ALVES, 2016).
No municipio de Marapanim a agricultura ainda se apresenta sob a perspectiva do tradicionalismo, com hábito familiar de produçao e técnicas agricolas rudimentares, afinal, de acordo com Homma et al. (2014) o Estado do Pará é o maior produtor nacional de mandioca em cultivo tradicional. Nesta atividade, é comum o processo de rotatividade do solo, caracterizado pelo caráter "migratorio" de derrubada e queima, com pouca estabilidade territorial e diversidade agronómica: cultivares perenes, pequena criaçao, extrativismo vegetal e até pecuária (HURTIENNE, 2005). No entanto, esta atividade na Amazónia implica no processo de desflorestamento decorrente do método de corte e queima, associado aos baixos niveis de fertilidade natural dos solos, o que requer um tempo de pousio da área, levando o agricultor a desmatar novos espaços para cultivar seus roçados (RAIOL & ROSA, 2013).
Sobre esse método agrícola - rodizio de solo - supóe-se que este processo contribuiu para a modificaçao da paisagem em relaçao ao uso e ocupaçao do solo na regiao de água doce de Marapanim. Neste contexto, verificou-se que houve o decréscimo da classe Mosaico de Ocupaęóes, de 200,20 km2 em 2008 para 18,15 km2 em 2010, ou seja, de 25,0% para 2,0% ao decorrer do periodo, assim como ocorreu o aumento da área de Vegetaçao Secundária, de 122,57 km2 aproximadamente para 196,19 km2, isto é, de 16,0% para 25,0% (Figura 3). Sobre essa mudança, pode-se inferir que a metodologia tradicional de cultivo requer que o agricultor utilize outra parcela de terra para manter sua produçao, pois a que foi usada se encontra "exausta" e deve ser abandonada para que se regenere naturalmente, enquanto os roçados sao transferidos para outro terreno (PEREIRA et al., 2008).
Neste sentido, sugere-se que as variáveis supracitadas mantenham uma relaçao entre si, pois a medida que as áreas de mosaico de ocupaęóes decresceram, as áreas de vegetaçao secundária aumentaram. Desta forma, reforça-se que a prática constante da agricultura itinerante no local com a rotatividade do solo pode ser responsável pela regeneraçao florestal em áreas abandonadas pelos agricultores para pousio. De acordo com Lopes (2016), uma área pode apresentar diversos estágios de sucessao vegetacional, uma vez que se trata de uma regiao de passado agricola, onde áreas devastadas se regeneram com o tempo - vegetaçao secundária, conforme verificado no Parque Municipal da Lagoa do Peri, em Florianópolis-SC. Nao obstante disso, Marapanim é um municipio agricola com marcante vegetaçao secundária, intercalada por áreas de pastagens e culturas agricolas (LEAL et al., 2006).
O projeto TerraClass mapeia apenas as lavouras de larga escala como cultivo agrícola, inserindo essas áreas de agricultura de subsistencia como mosaico de ocupaçöes (COUTINHO et al., 2013). Sobre essa classe, verificou-se que a mesma apresentou o maior número de áreas nao observadas em 2010, com 108,045 km2, representando 54,0% do total da área dessa categoria, ocasionando, juntamente com sua transiçao para a classe de Vegetaçao Secundária, uma reduçao para 18,149 km2 (Figura 4). Torna-se importante destacar que as áreas nao observadas em 2008 correspondiam a 1,0% da área total do municipio de Marapanim aumentando significativamente em 2010 para 19,0%. Na regiao amazónica as limitaçöes ao mapeamento utilizando dados Landsat imposta pela cobertura de nuvens sao relatadas por Asner (2001).
Torna-se importante relatar que na regiao os produtos agrícolas, como: pimenta-do-reino, maracujá e mandioca participam consideravelmente da economia local, sendo essa última a principal cultura praticada no nordeste paraense para produçao principalmente de farinha d'água (MATOS, 2005; FERREIRA et al., 2009), cujo cultivo consiste no processo de corte e queima da vegetaçao. Nestas condiçöes, as capoeiras apresentam relevancia socioeconómica e ambiental enquanto componente do sistema rotacional de uso da terra utilizado pela maioria dos agricultores da Amazónia (HEDDEN-DUNKHORST et al., 2003). Por este processo de sucessao ecológica se evita a erosao, mantém-se a fauna edáfica e a reciclagem de nutrientes (PİZZANI et al., 2009), assim o solo poderá manter a sua produtividade.
Quanto as áreas de floresta estas permaneceram quase intactas, com representaçao de 38,0% durante o período estabelecido, apresentando apenas uma pequena reduçao, cerca de 1 km2, o que pode ser em virtude da resoluçao espacial (30m x 30m) do mapeamento e por 0,51 km2 do território nao terem sido observados em 2010 (Tabela 2). No entanto, pode ser que isto esteja associado aos resultados positivos de projetos realizados a partir do ano 2000 em Marapanim, como: o Tipitamba e o Raizes da Terra. Em síntese, estes objetivavam a reduçao do desmatamento e das queimadas por meio da utilizaçao de métodos alternativos pelos agricultores familiares (tecnología de corte e trituraçao), o uso sustentável do solo e a melhoria da situaçao socioeconómica dos produtores, principalmente, quanto ao cultivo diversificado por meio de sistemas agroflorestais (FERREIRA et al., 2009).
Tratando-se ainda da classe Floresta, infere-se que na regiao litorânea, onde se localiza a sede do municipio e as comunidades pesqueiras, o solo esteja mais relacionado a expansao imobiliária, embora tenha havido um crescimento pouco considerável da área urbana, perpassando de 7,05 km2 em 2008 para 8,06 km2 em 2010 (Tabela 2). Supôe-se que as espécies de mangue tenham pouco interesse económico em relaçao as da terra firme e que a atividade económica desenvolvida as proximidades do litoral, como: pesca, coleta de moluscos e crustáceos, causem menos impactos edáficos na área. Além disso, é sabido que os manguezais sao Áreas de Preservaçao Permanente e que estes ecossistemas estao localizados as margens da cidade de Marapanim, sendo, portanto, protegidos pelo Código Florestal Brasileiro Lei ? 4.771/2012.
Com relaçao a classe Regeneraçao com Pasto, observou-se apenas um aumento de 1,0%, pois em 2008 representava cerca de 7,79 km2 e em 2010, 11,82 km2, sendo que 3,13 km2 da área de floresta em regeneraçao converteu-se em área nao observada em 2010 (Figura 3). Verificou-se também a reduçao das áreas de Pasto Sujo e Pasto Limpo, sendo que este primeiro correspondia, em 2008, a 20,60 km2 e em 2010 representou 3,35 km2 (Figura 3) e, no caso, do Pasto Sujo, 12,22 km2 (59,3%) da área total, em 2008, nao puderam ser observados em 2010 (Tabela 2).
O Pasto Limpo, em 2008, compreendia cerca de 26,46 km2 (3,0% da área total do municipio), mas sofreu reduçao para 4,82 km2 (1,0% do total), em 2010 (Tabela 2). Porém, 20,99 km2 (79,4%) da área total de Pasto Limpo em 2008, nao pode ser observada em 2010, o que falseia a reduçao desta área, isto é, nao se pode afirmar se houve ou nao alteraçöes nesta categoria. Entretanto, ressalta-se que a diminuiçao de áreas de pastos pode ser resultado do abandono das pastagens pelo gado e que, devido ao empobrecimento do solo, podem ser apenas vegetaçöes irregulares e espaçadas, conforme verificado por Campos et al. (2016) ao estudar Áreas de Preservaçao Permanente no Ribeirao das Agulhas, em Botucatu-SP.
4. CONCLUSAO
As mudanças significativas na paisagem ocorreram principalmente na regiao de água doce do municipio, sobretudo, nas classes: Mosaico de Ocupaçöes e Vegetaçao Secundária, podendo estas ter mantido uma relaçao entre si, pois uma decresce a medida que outra aumenta, respectivamente, o que pode estar associada a prática da agricultura familiar e itinerante. As demais classes temáticas estudadas pouco mudaram, sendo que, em particular, houve reduçao mínima nas áreas de Floresta, supostamente por causa da açao de projetos desenvolvidos junto aos agricultores familiares ou também devido ao baixo valor económico que as especies de mangue tem para as populaçöes litorâneas em relaçao as árvores de terra firme.
Ressalta-se que as áreas nao observadas podem ter mascarado as informaçöes reais sobre o municipio estudado. Desta forma, para consolidar as informaçöes geradas no presente estudo propóe-se uma pesquisa de campo com as comunidades locais, a fim de realizar um levantamento mais detalhado e consistente de informaçöes da regiao sobre o uso e ocupaçao do solo, correlacionando os resultados obtidos com a realidade, visando contribuir com dados que possibilitem uma melhor gestao e ordenamento do solo e dos recursos naturais existentes em Marapanim.
REFERENCIAS
Alves, R. J. M. (2016). Diagnóstico socioeconómico, ambiental e de sustentabilidade em comunidades rurais do municipio de Marapanim, Pará, Brasil. (Mestrado em Ciencias Ambientais). Universidade do Estado do Pará, Belém. 109f.
Alves, R. J. M., Pontes, A. N. & Gutjahr, A. L. N. (2016). Cenários de desenvolvimento sustentável de comunidades rurais do municipio de Marapanim, Pará, Brasil. Espacios, 37(20).
Asner, G. P. (2001). Cloud cover in Landsat observations of the Brazilian Amazon. International Journal of Remote Sensing, 22(18), 3855-3862.
Barbosa, G. B., Oliveira, F. A. D. & Ribeiro, P. R. D. (2016). Zoneamento urbano e direito fundamental ao trabalho: possibilidades para o desenvolvimento sustentável. Planeta Amazónia: Revista Internacional de Direito Ambiental e Politicas Públicas, Macapá, 8, 181-190.
Camara, G., Souza, R. C.M. & Freitasum, G. J. (1996). Spring: Integrating remote sensing and GIS by object-oriented data modelling. Computers & Graphics, 20(3), 395-403.
Campos, S., Cardoso, L. G., Campos, M., Nardini, R. C., Rodrigues, B. T., Rodrigues, M. T., Tagliarini, F. S. N. & Traficante, D. P. (2016). Geoprocessamento aplicado no diagnóstico dos conflitos de uso e ocupaçao do solo em áreas de preservaçao permanente no Ribeirao das Agulhas - Botucatu (SP). InterEspaço, Grajaú, 2(6). 163-175.
Castro, J. A. (1998). Noçoes da história de Marapanim. Belém, Gráfica e Editora Sagrada Familia.
Conceiçao. A. A. (1995). Marapanim - Reconstituido Histórica Cultural Mística e Chistosa. Belém: Gráfica Norte.
Coutinho, A. C., Almeida, C., Venturieri, A., Esquerdo, J. C. D. M. & Silva, M. (2013). Uso e cobertura da terra nas áreas desflorestadas da Amazónia Legal: TerraClass 2008. Brasilia, DF: Embrapa, Belém: INPE.
Fearnside, P. M. (2005). Desmatamento na Amazónia brasileira: história, indices e consequencias. Megadiversidade, 1(1), 113-123.
_(2006). Desmatamento na Amazónia: dinámica, impactos e controle. Acta Amazónica, 36(3), 395-400.
Ferreira, A. M. M. & Salati, E. (2005). Forças de transformaçao do ecossistema amazónico. Estudos avançados, 19(54), 25-44.
Ferreira, J. H. O., Kato, O. R., Freitas, A., Goular, J. & Pissatto, M. (2009). Sistemas Agroflorestais na Agricultura Familiar como Alternativa para Diversificaçao da produçao e reduçao de queimadas no Nordeste Paraense. In: VII Congresso Brasileiro de Sistemas Agroflorestais. Diálogo e integraçao de saberes em sistemas agroflorestais para sociedades sustentáveis, Luziânia.
Furtado, L. G., Nascimeto, I. H., Santana, G. & Maneschy, M. C. (2006). Formas de utilizaçao de manguezais no litoral do Estado do Pará: casos de Marapanim e Sao Caetano de Odivelas. Revista Amazonia: Ciencia & Desenvolvimento, Belém, 1(2).
Hedden-Dunkhorst, B., Denich, M.; Vielhauer, K., Mendoza-Escalante, A., Börner, J., Hurtienne, T., Sousa-Filho, F. R. S., Sá, T. D. A. & Costa, F. A. (2003). Forest-based fallow systems: a safety net for smallholders in the Eastern Amazon. In: Proceedings of the International Conference On Rural Livelihoods, Forests and Biodiversity, Bonn, Germany.
Homma, A. K. O., Santos, J. C., Sena, A. L. S. & Menezes, A. J. E. A. (2014). Pequena produçao na Amazónia: conflitos e oportunidades, quais os caminhos? Amazonia: Ciencia & Desenvolvimento, Belém, 9(18), 137-154.
Hurtienne, T. P. (2005). Agricultura familiar e desenvolvimento rural sustentável na Amazónia. Novos Cadernos NAEA, Belém, 8(1), 19-71.
Instituto Brasileiro De Geografia E Estatística - IBGE. (2016). Cidades@. Disponível em: http://www.ibge.gov.br. Acesso em: 10 jun. 2016.
Kageyama, A. (2004). Mudanças no trabalho rural no Brasil, 1992-2002. Agricultura em Sao Paulo, 51(2), 71-84.
Leal, E. C., Vieira, I. C. G. & Kato, M. S. A. (2006). Banco de sementes em sistemas de produçao de agricultura com queima e sem queima no municipio de Marapanim, Pará. Boletim do Museu Paraense Emilio Goeldi: Ciencias Naturais, Belém, 1(1), 19-29.
Lenzi, A. (2012). A vida ativa do solo. Revista Brasileira de Agroecologia, 7(1).
Lopes, A. C. (2016). Estudo sobre uso e ocupaçao do solo da área urbana ao norte do Parque Municipal da Lagoa do Peri. (Graduaçao em Engenharia Sanitária e Ambiental). Universidade Federal de Santa Catarina, Florianopilis, 153f.
Marangon, M., Presznhuk, R., Sordi, R. F. & Agudelo, L. P. P. (2004). Indicadores de sustentabilidade como instrumento para avaliaçao de comunidades em crise: aplicaçao a comunidade de Serra Negra. Revista Educaçao & Tecnología, 8(1).
Matos, L. M. S. (2005). Agricultura Familiar e Informaçao para o Desenvolvimento Rural nos Municipios de Igarape-Açu e Marapanim. (Mestrado em Agriculturas Familiares e Desenvolvimento Sustentável). Universidade Federal do Pará e Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária.
Pereira, K. J. C., Lima, B. F., Reis, R. S. & Veasey, E. A. (2008). Saber tradicional, agricultura e transformaçao da paisagem na Reserva de Desenvolvimento Sustentável Amana, Amazonas. Uakari, 2(1), 9-26.
Pizzani, R., Schaefer, P., Goulart, R. Z. & Ludwig, R. L. (2009). Produçao de Leite a Pasto: a importância do Pastoreio Rotativo. Revista Brasileira de Agroecologia, 4(2).
Raiol, C. S. & Rosa, L. S. (2013). Características socioeconómicas de agricultores familiares com sistemas agroflorestais no municipio de Santa Maria do Pará, Amazónia Oriental. Amazonia: Ciencia & Desenvolvimento, Belém, 8(16), 121-133.
Ribeiro, A. S. S., Palha, M. D. D., Tourinho, M. M., Whiteman, C. & Silva, A. D. S. (2007). Utilizaçao dos recursos naturais por comunidades humanas do Parque Ecoturístico do Guamá, Belém, Pará. Acta amazónica, 37(2), 235-240.
You have requested "on-the-fly" machine translation of selected content from our databases. This functionality is provided solely for your convenience and is in no way intended to replace human translation. Show full disclaimer
Neither ProQuest nor its licensors make any representations or warranties with respect to the translations. The translations are automatically generated "AS IS" and "AS AVAILABLE" and are not retained in our systems. PROQUEST AND ITS LICENSORS SPECIFICALLY DISCLAIM ANY AND ALL EXPRESS OR IMPLIED WARRANTIES, INCLUDING WITHOUT LIMITATION, ANY WARRANTIES FOR AVAILABILITY, ACCURACY, TIMELINESS, COMPLETENESS, NON-INFRINGMENT, MERCHANTABILITY OR FITNESS FOR A PARTICULAR PURPOSE. Your use of the translations is subject to all use restrictions contained in your Electronic Products License Agreement and by using the translation functionality you agree to forgo any and all claims against ProQuest or its licensors for your use of the translation functionality and any output derived there from. Hide full disclaimer
Copyright Instituto Federal de Educacao Ciencia e Tecnologia do Rio Grande do Norte 2018
Abstract
ABSTRACT The human activities change the landscape and remote sensing thats generates data that allow us to analyze such changes. For this, was used the data bank TerraClass Project and the municipal limits established by the Brazilian Institute of Geography and Statistics, which with the use of SPRING software, Version 5.2.4, which was drawn up thematic map of the city with respect to changed and unchanged areas and there was the cross-tabulation of the data. The large number of observed areas may have influenced the results, so, it is necessary a field study with the local communities in the municipality. Cloud cover in Landsat observations of the Brazilian Amazon.
You have requested "on-the-fly" machine translation of selected content from our databases. This functionality is provided solely for your convenience and is in no way intended to replace human translation. Show full disclaimer
Neither ProQuest nor its licensors make any representations or warranties with respect to the translations. The translations are automatically generated "AS IS" and "AS AVAILABLE" and are not retained in our systems. PROQUEST AND ITS LICENSORS SPECIFICALLY DISCLAIM ANY AND ALL EXPRESS OR IMPLIED WARRANTIES, INCLUDING WITHOUT LIMITATION, ANY WARRANTIES FOR AVAILABILITY, ACCURACY, TIMELINESS, COMPLETENESS, NON-INFRINGMENT, MERCHANTABILITY OR FITNESS FOR A PARTICULAR PURPOSE. Your use of the translations is subject to all use restrictions contained in your Electronic Products License Agreement and by using the translation functionality you agree to forgo any and all claims against ProQuest or its licensors for your use of the translation functionality and any output derived there from. Hide full disclaimer
Details
1 Universidade do Estado do Pará