KEYWORDS: conservation, environment, biotechnology.
Submetido 07/07/2020 - Aceito 30/10/2020
DOI: 10.15628/holos.2020.10689
RESUMO
A irregularidade das chuvas limita a produção natural de alimentos para os animais no semiárido Nordestino, lança-se mão da palma forrageira como recurso alimentar estratégico, pois esta cactácea possui aspectos fisiológicos essenciais, viabilizando a economia e o cultivo por longos períodos de estiagem. O objetivo deste trabalho foi testar como diferentes tipos de substrato influenciam o crescimento das palmas orelha de elefante e miúda resistentes à cochonilha-do-carmim durante o processo de aclimatização. Fragmentos de cladódios das duas variedades de palma, miúda e orelha de elefante, foram cultivados em meio de cultura Murashige e Skoog (1962), contendo reguladores de crescimento, em seguida os frascos foram abertos, as mudas lavadas em água corrente e submetidas à aclimatização em estufa com sistema de nebulização programada e temperatura constante de 30°C no qual foram testados quatro tipos de substrato: areia barrada, substrato orgânico comercial, areia barrada acrescida de esterco bovino e areia barrada acrescida de cama de frango. Após 120 dias de acompanhamento, o teste de análise de variância (ANOVA), evidenciou diferença estatística com relação ao diâmetro longitudinal e transversal das plântulas, os dados foram coletados aos 30, 60, 90 e 120 dias, ao final do período observou-se que o tratamento com cama de frango seguida do esterco de gado estimularam os cladódios jovens propiciando maior diâmetro longitudinal e transversal tanto para a variedade de palma miúda quanto para a variedade orelha de elefante.
PALAVRAS-CHAVE: conservaçao, meio ambiente, biotecnologia.
ABSTRACT
The irregularity of rain limits the natural production of animal feed in the Northeastern semi-arid region, it is used the forage palm as a strategic food resource, since this cactus has essential physiological characteristics, enabling economy and cultivation during a long period of drought. The aim of this work was to test how different types of substrate influence the growth of elephant ear and spineless cactus resistant to carmine mealybug during the acclimatization process. The Fragments of cladodes of two varieties of palm, spineless cactus and elephant ear, were grown in Murashige and Skoog (1962) culture medium, containing growth regulators, then the flasks were open, the seedlings were wash under running water and subjected to acclimatization in a greenhouse with a system of programmed nebulization and constant temperature of 30° C in which four types of substrate were tested: clay sand, commercial organic substrate, clay sand with bovine manure and clay sand with poultry litter. After 120 days of monitoring, the analysis of variance test (ANOVA) showed a statistical difference in relation to the longitudinal nd transversal diameter of the seedlings, the data were collected up to 30, 60, 90 and 120 days, at the end of this period it was observed that the treatment of poultry litter followed by organic substrate stimulated young cladodes providing a greater longitudinal and transversal diameter for a spineless cactus variety and either an elephant ear variety.
1INTRODUÇAO
A palma forrageira - Opuntia fícus-indica (L.) Mill. - cactácea exótica originária do México está presente em todos os continentes com diversas finalidades, destacando-se sua utilizaçao na alimentaçao animal. Esta planta é um recurso alimentar estratégico para as regióes áridas e semiáridas do Nordeste brasileiro, já que é uma cultura que apresenta aspectos fisiológicos especiais, suportando prolongados períodos de estiagem (Neves et al., 2010).
Considerando a destruiçao dos palmais da variedade Gigante (Opuntia fícus indica Mill.) pela Cochonilha-do-carmim (Dactylopius opuntiae), e a procura por opçao para abrandar as questóes trazidas pela praga, foram introduzidas variedades resistentes ao inseto-praga, tais como a palma Orelha de Elefante Mexicana (Opuntia stricta Haw) e a Palma Miúda ou Doce (Nopalea cochenillifera Salm Dyck) (Araújo et al., 2019).
De acordo com a Organizaçao das Na&ecedil;óes Unidas (ONU), a palma está entre os alimentos prováveis na batalha contra a fome por exibir em sua composiçao alto valor nutricional, podendo se tornar uma alternativa viável para alimentaçao humana e animal, sendo utilizada em medicamentos contra gastrite, hiperglicemia, diabetes, arteriosclerose e hipertrofia prostática (Cándido Filho, Pereira & Lima, 2014; Díaz, Rosa, Hélies-Toussaint, Guéraud & Negre-Salvayre, 2017).
A cochonilha-do-carmim (Dactylopius opuntiae) é considerada a principal praga da palma no Nordeste brasileiro (Almeida, Silva, Araújo, Oliveira & Leite, 2011), devastando milhares de hectares em vários municipios, o que acarretou insegurança na oferta de alimento em período de estiagem.
Entre os aspectos essenciais para serem analisados no sistema de produçao de mudas de boa qualidade, estao os substratos. Para Kämpf (2001), a seleçao do substrato e o manejo sao sérias questóes técnicas para os viveiristas, pertinente a importáncia da obtençao de mudas de qualidade. Desse modo, emprego do substrato conveniente é um dos fatores essenciais para a produçao de mudas que assegura o estabelecimento do plantio, restringe o tempo de formaçao e as perdas em campo (Vieira, Azevedo, Rodrigues & Rossi, 1998).
As cactáceas sao de extrema importáncia para a sustentabilidade do bioma Caatinga, servindo como fonte de forragem e alimento, especialmente nas épocas de seca prolongada, além de possuírem características de interesse medicinal e ornamental (Coelho, Fuck Júnior & Nascimento, 2015).
As principais ameaças relatadas para a cactáceas estao relacionadas a fragmentaçao do hábitat, principalmente ocasionado pelo desmatamento, desenvolvimento agrícola e diversos tipos de distúrbios ambientais, como o tránsito de pessoas, expansao urbana e pisoteio por animais (Bárbara et al., 2015).
No decorrer dos últimos anos, foram desenvolvidas técnicas de cultivo in vitro para mais de mil espécies, abrangendo as cactáceas, como as Opuntias se multiplicam por estacas de cladódios, demandando grandes áreas para cultivo, a técnica de cultura de tecidos com o intuito de induzir brotos em laboratório e aclimatizar os mesmos em pequenos espaços (Villalobos, 2001).
O esfagno é um musgo que cresce em regiÐes denominadas turfas, sendo que esta cobre somente 3% da superficie terrestre (Charman, 2002). Dentre os substratos mais utilizados por viveiristas na aclimatizaçao de plántulas como orquídeas está o esfagno, nao se tem relato na literatura de prė-aclimatiza&ecedil;ao de cactáceas com este material.
A aclimatizaçao, em linhas gerais, consiste na transiçao do ambiente em que a planta se encontra em cond^Ðes heterotróficas (in vitro) para cond^Ðes autotróficas (ex vitro). Definido como a adaptaçao climática de um organismo, especialmente uma planta, que é transferida para um novo ambiente, sendo todo esse processo realizado artificialmente (Guerra, Torres & Teixeira, 1999).
Pesquisas tem sido realizadas visando detectar os principais gargalos durante o processo de aclimatizaçao, um grande número de plantas micropropagadas nao sobrevive quando sao transferidas das cond^Ðes in vitro para o ambiente externo, sendo os principais problemas relatados associados aos seguintes pontos: baixa capacidade fotossintética, desidrataçao, raizes nao funcionais, doenças, manutençao da alta umidade relativa após transplante e solo adequado (Souza & Junghans, 2006).
A etapa denominada aclimatizaçao, pode ser considerada a fase final da micropropagaçao e sua importáncia é tal que pode significar a limitaçao de todo o processo de multiplicaçao in vitro de plantas, para solucionar este problema as forrageiras tem sido melhoradas através de técnicas de cultura de tecidos vegetais (Spangemberg, 2001).
É necessário difundir as necessidades de harmonizar cada vez mais as cond^Ðes de cultivo in vitro a um sistema mais próximo do natural, a utilizaçao de casas de vegetaçao com sistemas de nebulizaçao programada sao so^Ðes baratas e criativas (Gonçalves, 1993).
Diante do exposto, esse trabalho teve como objetivo testar a aclimatizaçao das palmas forrageiras orelha de elefante e miúda oriunda da micropropagaçao em estufa de nebulizaçao, utilizando diferentes tipos de substrato.
2MATERIAL E MÉTODOS
2.1Estabelecimento e multiplicaçao in vitro
Os experimentos foram conduzidos no Laboratório de Biotecnología de Conservaçao de Espécies Nativas (LABCEN) localizado na UFRN, Rio Grande do Norte, em parceria com o Laboratório de Biotecnologia da EMPARN, plantas de palma forrageira das variedades Orelha de elefante e miúda resistentes a cochonilha-do-carmim (Dactylopius opuntiae) foram estabelecidas (Figura 1A) e posteriormente multiplicadas in vitro em meio de cultura Murashige e Skoog (1962) suplementado com BAP (Figura 1B). As culturas foram mantidas em sala de crescimento com temperatura controlada 25 ± 2°C, sob fotoperiodo de 16/8 horas de luz/escuro e umidade relativa de 70%, em delineamento experimental inteiramente casualizado (Figura 1C).
2.2Prâ-Aclimatizaçâo
As mudas foram retiradas dos frascos, individualizadas (Figura 2A) e lavadas em água corrente, sendo acomodadas em bandejas (Figura 2B), as mesmas foram postas sobre a bancada do laboratorio para prâ-aclimatizaçao em esfagno durante 20 dias. As plantas foram pulverizas 3 (tres) vezes ao dia com água utilizando borrifador manual.
As posiçöes que as mudas foram colocadas no esfagno influenciaram significativamente no sucesso da aclimatizaçao (Figura 2C), pois observamos que as perdas por apodrecimento foram minimizadas com espaçamento de aproximadamente 2 (dois) cm entre as mudas.
2.3Aclimatizaçao
Após 20 dias no esfagno, as plantas das duas variedades de palma foram transferidas para ambiente protegido, com irrigaçao programada e nebulizaçao 3 (tres) vezes por dia por 5 minutos, onde foram testados 4 tipos de substrato: Areia, Areia + adubo orgánico comercial (POLE) (1:1), Areia + esterco de gado (1:1) e Areia + cama de frango(1:1). Com o auxilio de um paquímetro universal, foi realizada a mensuraçao do diámetro longitudinal e diámetro transversal dos cladódios (Figura 3), medidas feitas de 30 em 30 dias até atingir 120 dias em estufa de nebulizaçao (Figura 4). Foram instaladas duas áreas experimentais para validar o processo de micropropagaçao, plantas aclimatizadas foram implantadas em campo sob condiçöes naturais, foram escolhidas uma área na EMPARN e outra na UFRN (Figura 5 A e B).
2.4ANÁLISE DE MACRO E MICRONUTRIENTES DOS CLADÓDIOS APÓS ACLIMATIZAÇÂO
Após 120 dias em ambiente protegido, as plantas sobreviventes das duas variedades foram retiradas dos substratos, lavadas, identificadas, agrupadas de acordo com o substrato testado e a variedade e fotografadas, em seguida foram enviadas para o Laboratório de análises de solo, água e planta da EMPARN para serem analisadas quanto aos macro e micronutrientes.
2.5ANÁLISE ESTATÍSTICA
O delineamento experimental foi o de blocos inteiramente casualizados com 4 (quatro) tratamentos e vinte repetiçöes. Para testar como diferentes tratamentos influenciam no crescimento das palmas Orelha de elefante e Miúda, fizemos dois modelos de ANOVA de medidas repetidas utilizando a funçao "aov" do software R. No primeiro modelo, a variável resposta utilizada foi a medida longitudinal de crescimento das duas especies durante 120 dias e no segundo modelo a variável resposta utilizada foi a medida transversal de crescimento das duas espécies durante 120 dias. Para ambos os modelos utilizamos como variáveis predetoras os tipos de substrato: Areia, Areia+ adubo, Areia + esterco e cama de frango e a espécie de palma (Becker, 2015; Casella & Berger, 2010).
3RESULTADOS E DISCUSSÄO
Na etapa de estabelecimento in vitro, foi observada a contaminaçao por fungos e bacterias nas culturas em torno de 10%, fato este validado por Xavier, Wendling e Silva (2009), que relataram a contaminaçao de explantes no cultivo in vitro devido as condiçöes naturais que as plantas se encontram, ricas em microorganismos. Os reguladores de crescimento determinaram o desenvolvimento e induziram brotaçöes nas variedades de palma orelha de elefante e miúda, segundo Rocha (2009) as mudas submetidas a reguladores de crescimento devem apresentar capacidade de responder a estímulos específicos, e estes resultados foram confirmados pela quantidade de mudas geradas, chegando a obter-se em torno de 20 brotos por explante inoculado, havendo um crescimento significativo em cada repicagem com o intervalo de 20 dias entre uma avaliaçao e outra.
A pre-aclimatizaçao em esfagno foi determinante para a sobrevivencia das mudas, pois a aclimatizaçao é uma etapa crítica no processo de cultivo in vitro, e pode comprometer a produçao de mudas de algumas especies, considerando que as plantas sao expostas a mudanças bruscas no que diz respeito as condiçöes ambientais, sendo a perda de água um dos principais problemas (Souza, Silva & Araújo, 2015). A sobrevivencia nesta etapa foi de 100%, possibilitando um número significativo de plantas viáveis, Silva e Ferreira (2016) confirmam a obtençao de explantes em diversos ciclos em cactáceas. Observamos que devemos sempre preservar a distancia entre as plantas para nao induzir o aumento da umidade na bandeja e apodrecer o material, as qualidades básicas e indispensáveis de um substrato sao: consistencia para suporte, boa aeraçao das raízes, capacidade de retençao de água, alta durabilidade e pH adequado (Silva & Silva, 1997; Kämpf, 2000; Silva, 2000; Souza, 2003).
As duas variedades orelha de elefante e miúda apresentaram um desenvolvimento de cladódios inferior aos demais no substrato areia, este atuou como grupo controle (Figura 6 A e B), onde pudemos observar uma quantidade de raízes nas plantas superior aos demais substratos testados. É essencial para a sobrevivencia da planta, que a parte aérea seja bem desenvolvida e de aspecto sadio, já que a atividade radicular é inicialmente bastante reduzida (Souza & Junghans, 2006). A principal vantagem do enraizamento ex vitro é o menor custo que esta técnica proporciona, um dos grandes gargalos da cultura de tecidos de plantas sao os custos com a produçao segundo Souza, Silva & Araújo (2015).
Durante o crescimento em estufa de nebulizaçao (aclimatizaçao), foi observada a taxa de sobrevivencia de 100%, após 120 dias para ambas as variedades (Figura 6C e D); na figura 6C está registrada a variedade Orelha de elefante em fotos comparativas, onde podemos observar que no substrato "Areia+cama de frango" e "Areia+esterco de gado" as plantas alcançaram melhor desenvolvimento. Na figura 6D podemos observar que na variedade Miúda houve melhor desenvolvimento no substrato "Areia + Cama de frango e Areia + adubo orgânico.
Pudemos observar que os cladódios que foram pré-aclimatizadas ao serem submetidas a temperaturas mais altas na estufa de nebulizaçao sofreram inicialmente perda de água, apresentando murchamento, porém recuperaram sua vitalidade 100% em aproximadamente 5 dias sob nebulizaçao automatizada. Segundo Faria, Assis & Carvalho (2010), o substrato utilizado para aclimatizaçao deve apresentar características satisfatórias quanto a economia hídrica, aeraçao, permeabilidade, poder de tamponamento para valores de pH e capacidade para retençao de nutrientes.
Quanto a análise dos macronutrientes e micronutrientes nos cladódios jovens após 120 dias, foram obtidos valores em destaque para os substratos "areia + cama de frango" comuns as duas variedades de palma, o diagnóstico da parte aérea das plantas, contribui no acompanhamento das necessidades de diversas culturas durante o crescimento, as análises foliares nos orientam a ter uma melhor previsao sobre o estado nutricional e as deficiencias das plantas analisadas salientando onde sao essenciais ajustes dentro do esquema de adubaçao ou escolha do substrato adequado. Segundo Malavolta (1980), quando sintomas visuais nao sao claros ou nao sao visíveis, a análise dos macro e micronutrientes da parte aérea deve ser usada para diagnosticar ou descartar deficiencias nutricionais.
Observamos que os valores do macronutriente Nitrogenio (N) encontra-se superior nas plantas que foram cultivadas em areia + cama de frango e areia + esterco de gado para a variedade orelha de elefante (Quadro 1), e para a variedade miúda temos como destaque areia + cama de frango e areia + adubo orgánico comercial (Quadro 2) esta análise confirmou o que foi observado nas fotos comparativas de crescimento. O nitrogenio atua na forma estrutural da planta, fazendo parte da molécula dos compostos orgánicos do carbono, tais como os diversos aminoácidos formadores das proteínas, enzimas e coenzimas, além de ser constituinte das moléculas de clorofila (Malavolta, 1980), sendo de extrema importáncia para a formaçao de parte aérea das plantas e consequentemente a pega da muda no campo.
Segundo Silva e Ferreira (2016), cladódios mais desenvolvidos podem favorecer a sobrevivencia das plantas durante o processo de aclimatizaçao, bem como propiciar a obtençao de um número superior de plantas, caso a planta seja fracionada para a obtençao de explantes em novos ciclos de multiplicaçao in vitro, este fato foi comprovado pelos nossos experimentos durante as etapas de desenvolvimento com as duas variedades de palma Figura 7 A e B.
DIÁMETRO LONGITUDINAL
As espécies nao diferir&acaron;m em crescimento do diámetro longitudinal ao longo do tempo, mas tiveram diferenças entre os tratamentos (Tabela 1, Figura 8). Os tratamentos de areia + adubo, areia + esterco e cama de frango apresentaram maiores crescimento aos tratamentos de areia pura. O tratamento cama de frango apresentou maior crescimento em relaçao ao tratamento areia+adubo (Tabela 2). O maior fornecimento de matéria orgánica ao solo promove melhorias aos atributos físicos como os diámetros dos cladódios, em funçao de possibilitar melhores condiçöes ao desenvolvimento das plantas, ocorrendo um maior desempenho físico e nutricional (Borba, Silva & Andrade, 2008).
Resultados semelhantes aos nossos foram obtidos por Silva et al. (2018), que trabalhando com adubaçao orgánica em cactáceas, observaram que os maiores incrementos nos atributos físicos foram obtidos nas plantas que receberam a adubaçao bovina, para os diámetros longitudinal e transversal de cladódios, respectivamente.
DIÁMETRO TRANSVERSAL
O diámetro transversal diferiu tanto entre tratamentos, quanto entre as espécies de palma (Tabela 3, Figura 11). De forma geral, a palma "Miúda" apresentou maior crescimento transversal do que a palma "Orelha de elefante". Assim como para o crescimento longitudinal os tratamentos Areia + adubo, Areia + esterco e Cama de Frango apresentaram maiores crescimentos do que o tratamento Areia. O tratamento cama de frango apresentou crescimento transversal superior ao tratamento Areia + esterco (Tabela 4).
Um maior fornecimento de matéria orgánica ao solo possibilita um maior balanceamento nutricional e fisiológico, e consequentemente, favorece a produçao e acúmulo de fotoassimilados (Souza et al., 2018), o que foi confirmado no nosso experimento com o maior desenvolvimentos dos cladódios em estufa para as duas variedades de palma, pois a cama de frango promove a absorçao da agua dos bebedouros e ainda recebe restos de raçöes e penas (Correa & Miele, 2011).
De acordo com Correa e Miele (2011) a adubaçao com cama de aves quando efetuada de maneira adequada promove um acréscimo no potencial de produçao agrícola. Entre os nutrientes presentes na cama de frango o nitrogenio está em maior concentraçao, devido a dieta das aves o que foi confirmado na análise dos macronutrientes dos cladódios das duas variedades em nosso experimento (Aita et al., 2013).
Observamos durante os experimentos que a escolha dos recipientes e substratos foi de extrema importáncia para a saúde e preservaçao das mudas na prâ-aclimatizaçao e aclimatizaçao, evitando que morressem por apodrecimento ou pouca drenagem, segundo Silva (2017) o tipo de recipiente (bandejas, tubetes, sacos plásticos ou copos descartáveis) é de extrema importáncia para o sucesso da aclimatizaçao.
4CONCLUSÖES
Estabelecimento e micropropagaçao de palma forrageira variedades miúda e orelha de elefante sao viáveis em meio MS, 1962 suplementado com BAP;
O esfagno pode ser usado como substrato na fase de prâ-aclimatizaçao para a cultura de palma forrageira;
Mudas de palma forrageira orelha de elefante e miúda multiplicadas em laboratório podem ser utilizadas para propagaçao de novos genótipos tolerantes a cochonilha-do-carmim, comparadas ao método tradicional, desde que em condiçöes controladas de propagaçao e aclimatizaçao em estufa de nebulizaçao;
Os cladódios de comprimento superior apresentaram maiores atributos físico e físicoquímicos na palma "Orelha de Elefante Mexicana" sendo indicada para o plantio;
A aclimatizaçao com substrato "cama de frango" se destacou propiciando maior desenvolvimento de cladódios jovens com diámetro longitudinal e transversal superiores, tanto para a variedade de palma miúda quanto para a variedade orelha de elefante;
A Palma forrageira é uma planta geradora de renda, que viabiliza a permanencia do homem no campo, a técnica de micro propagaçao pode ser utilizada como estratégia de recuperaçao de áreas degradadas e colaborar na restauraçao da caatinga;
A taxa de sobrevivencia foi de 100% para as duas variedades de palma forrageira, comprovando a viabilidade técnica.
COMO CITAR ESTE ARTIGO:
Dutra, M. de F. B., Aloufa, M. H. I., Melo, N. F. de, Leite, J. I. P. (2020). Aclimatizaçao de genotipos de palma forrageira Opuntia stricta (Haw.) E Nopalea cochenillifera (L.) Salm-Dyck resistentes a cochonilha-do-carmim (Dactylopius opuntiae). Holos. 36(7), 1-17.
SOBRE OS AUTORES
M. DE F. B. DUTRA
Biologa, Mestre em Genética e Biologia Molecular e doutoranda do Programa de Desenvolvimento e Meio Ambiente da UFRN (PRODEMA) e colaboradora da Empresa de Pesquisa Agropecuaria do Rio Grande do Norte ao qual participa de Projetos na área de Biotecnología e atua como Coordenadora do Laboratorio de Biotecnología que pertence ao Governo do Estado do Rio Grande do Norte. E-mail: [email protected]
ORCID ID: http://orcid.org/0000-0002-5923-0674
M. H. I. ALOUFA
Doutorado em Biologia e Fisiologia Vegetal da UFRN, Professor e pesquisador lotado no Departamento de Botánica e Zoologia. Coordenador do Laboratorio de Biotecnologia de Conservaçao de Espécies Nativas (LABCEN). E-mail: [email protected]
ORCID ID: https://orcid.org/0000-0002-3762-9625
N. F. DE MELO
Biólogo pela Universidade Federal de Pernambuco (1990), Mestre em Botánica pela Universidade Federal Rural de Pernambuco (1994), Especialista em Biotecnologia Vegetal pelo Agricultural Biotechnology Centre/Hungria (1996) e Doutor em Ciencias Biológicas (Área de concentraçao em Genética) pela Universidade Federal de Pernambuco (2002). Atua como pesquisador da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa Semiárido) e participa como professor permanente dos Programas de Pos-graduaçao em Recursos Genéticos Vegetais da Universidade Estadual de Feira de Santana - UEFS e do Mestrado Academico em Agronomia - Produçao Vegetal da Universidade Federal do Vale do Sao Francisco - Univasf. Na área de gestao, atuou como Chefe de Pesquisa e Desenvolvimento e Chefe-Geral da Embrapa Semiárido. Tem experiencia na área de Biologia Aplicada, com enfase em Biotecnologia e Citogenética Vegetal, sendo revisor de periódicos nacionais e internacionais, atuando principalmente nos seguintes temas: cultura in vitro de células e tecidos vegetais, micropropagaçao, micorriza, citogenética convencional e molecular e melhoramento genético vegetal. E-mail: [email protected]
ORCID ID: https://orcid.org/0000-0001-6888-4090
J. I. P. LEITE
"IN MEMORIAM"
Possui graduaçao em Engenharia de Minas pela Universidade Federal da Paraíba (1987) e mestrado em Engenharia Química pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (1992). Atualmente é professor do Instituto Federal de Educaçao, Ciencia e Tecnología do Rio Grande do Norte. Tem experiencia na área de Engenharia de Minas, com enfase em Métodos de Concentraçao e Enriquecimento de Minérios, atuando principalmente nos seguintes temas: caracterizaçao tecnológica, separaçao mineral, meio ambiente com enfase em processamento mineral. E-mail: [email protected] ORCID ID: https://orcid.org/QQQQ-0QQ2-8331-697X
Editor(a) Responsável: Francinaide de Lima Silva Nascimento
Pareceristas Ad Hoc: MAX PINHO E FRANCISCO CARVALHO MOREIRA
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Abstract
ABSTRACT The irregularity of rain limits the natural production of animal feed in the Northeastern semi-arid region, it is used the forage palm as a strategic food resource, since this cactus has essential physiological characteristics, enabling economy and cultivation during a long period of drought. The aim of this work was to test how different types of substrate influence the growth of elephant ear and spineless cactus resistant to carmine mealybug during the acclimatization process. The Fragments of cladodes of two varieties of palm, spineless cactus and elephant ear, were grown in Murashige and Skoog (1962) culture medium, containing growth regulators, then the flasks were open, the seedlings were wash under running water and subjected to acclimatization in a greenhouse with a system of programmed nebulization and constant temperature of 30° C in which four types of substrate were tested: clay sand, commercial organic substrate, clay sand with bovine manure and clay sand with poultry litter. After 120 days of monitoring, the analysis of variance test (ANOVA) showed a statistical difference in relation to the longitudinal nd transversal diameter of the seedlings, the data were collected up to 30, 60, 90 and 120 days, at the end of this period it was observed that the treatment of poultry litter followed by organic substrate stimulated young cladodes providing a greater longitudinal and transversal diameter for a spineless cactus variety and either an elephant ear variety. 1INTRODUÇAO A palma forrageira - Opuntia fícus-indica (L.) Mill. - cactácea exótica originária do México está presente em todos os continentes com diversas finalidades, destacando-se sua utilizaçao na alimentaçao animal.
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1 Universidade Federal do Rio Grande do Norte
2 Universidade Estadual de Feira de Santana
3 Instituto Federal de Educaçao Ciencia e Tecnología do Rio Grande do Norte