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Abstract
Introdução: A sífilis ainda é um problema mundial, calcula-se que todos os anos aproximadamente 12 milhões de pessoas são infectadas. Na última década, no Brasil foi registrado um aumento dos casos, apenas no ano de 2016, foram notificados 37.436 casos de sífilis em gestantes e 20.474 casos de sífilis congênita, sendo185 óbitos, os maiores números de casos foram notificados na região Sudeste, especialmente no estado do Espírito Santo com elevadas taxas de sífilis em gestantes, estando em terceiro lugar de maior taxa de incidência no país com 10,4 casos/1.000 nascidos vivos, acima da média nacional de 6,8 casos/1.000 nascidos vivos.
Objetivo: Descrever o tratamento terapêutico de crianças afetadas com sífilis congênita, bem como as alterações clínicas, radiológicas e laboratoriais associadas a esta doença.
Método: Estudo retrospectivo, descritivo, exploratório, quantitativo, através 204 fichas de notificação de sífilis congênita no período de janeiro de 2016 a dezembro de 2017.
Resultados: Os achados mostraram que 88,7% das puérperas realizaram o pré-natal. Em relação aos recém-nascidos, 85,3% eram assintomáticos. Ao analisar o regime terapêutico instituído, 22,5% utilizaram penicilina G procaína, 22,5% penicilina G cristalina e 20,6% penicilina benzatina G.
Conclusão: O tratamento instituído por essa maternidade filantrópica para recém-nascidos com sífilis congênita está alinhado às diretrizes propostas pelo Ministério da Saúde. Os sintomas clínicos não representam um achado frequente durante o período neonatal, no entanto, podem ocorrer mais tarde.