RESUMO
O uso e conhecimento de plantas medicinais em ambientes rurais sao frequentes e considerados essenciais para melhorar a qualidade de vida, pois, muitas dessas regioes sao desprovidas de recursos básicos de saúde pública, além de ser uma importante representaçao de saber cultural local. Com base nisso, este estudo objetivou realizar um levantamento socioambiental da utilizaçao de plantas medicinais em comunidades no municipio de Salvaterra-PA, bem como a implantaçao de uma horta medicinal em uma instituiçao de ensino para o desenvolvimento de práticas educativas no ensino de ciencias e áreas afins. Foram aplicados 120 questionários semiestruturados sociobiocultural aos moradores da área urbana de Salvaterra e nas comunidades rurais de Joanes e Jubim do respectivo municipio. A horta medicinal foi desenvolvida no Campus XIX da Universidade do Estado do Pará, localizado na rodovia PA 154, bairro Cajú, municipio de Salvaterra-PA. Quanto aos procedimentos, a pesquisa foi bibliográfica com atividades de campo. Em relaçao aos objetivos, a pesquisa foi exploratoria. Quanto a abordagem, a pesquisa foi de natureza qualitativa. Como resultados, o motivo principal que levam os moradores a possuirem plantas medicinais em quintais domésticos está no fato de gostarem com 37%, seguido daqueles que acreditam na eficácia 14%, respectivamente. Entre as formas de preparo de medicamentos mais utilizados está o chá, com 72%, seguido de xarope (12%), respectivamente. O estudo revelou a importancia que as plantas medicinais tem aos moradores, sendo uma importante ferramenta de apoio a saúde, pois, é a partir desses fitoterápicos que é produzido boa parte dos remédios utilizados para tratar problemas de saúde primária na regiao. A construçao da horta medicinal possibilitou um espaço lúdico, auxiliando no processo de ensino-aprendizagem de alunos do municipio.
PALAVRAS-CHAVE: Etnobotânica, bioculturalidade, recursos naturais, método pedagógico.
ABSTRACT
The use of medicinal plants in rural environments is considered essential for the health of people, because some of these places are deprived of basic resources of public health, besides being an important source of local cultural knowledge. The current study aimed to carry out a social-environmental survey of the use of medicinal plants in communities from Salvaterra city-PA, as well as the implantation of a medical garden in a school for the development of educational practices in science teaching and related areas. 120 socio-cultural semi-structured questionnaires were applied to residents of the urban area from Salvaterra and in the rural at Joanes and Jubim communities of the respective municipality. The medicinal garden was developed in Campus XIX from University of the State of Pará, located at PA 154 highway, Cajú district, Salvaterra-PA municipality. The methodological procedures, the research was bibliographical with field activities. The objective of the research was exploratory. The research approach was qualitative in nature. The results showed that the main motive for residents to own medicinal plants in their homes is the fact that they like 37%, followed by those who believe in effectiveness 14%, respectively. the most used forms of drug preparation are tea, with 72%, followed by syrup (12%), respectively. The study revealed the importance of medicinal plants to residents, an important tool to support health, because it is from these herbal medicines that a large number of medicines used to treat primary health problems are produced in the region. The construction of the medicinal garden allowed a playful space, aiding in the teaching-learning process of students of the municipality.
KEYWORDS: Ethnobotany, bioculturalism, natural resources, pedagogical method.
1INTRODUÇAO
A sobrevivencia das sociedades humanas sempre esteve intimamente relacionada ao meio botánico, pois desde os primordios da civilizaçao a flora é manipulada pelo homem em funçao de suas necessidades nutritivas, culturais e terapéuticas (SANTOS et al. 2013). Além disso, hortas medicinais podem proporcionar o aprendizado de conceitos e de conhecimentos populares, podendo estimular futuramente a criaçao de material didático com orientaçöes envolvendo a família e a comunidade em geral (SANTOS et al. 2015).
O uso e conhecimento de plantas medicinais em ambientes rurais sao frequentes e considerados essenciais para melhorar a qualidade de vida, pois, em grande maioria sao desprovidas de recursos básicos de saúde pública (LOYA et al. 2009). Além disso, a inter-relaçao entre humanos e plantas é constante, cujas finalidades variam de alimentaçao a produçao medicinal, fomentando o saber cultural local (ROCHA et al. 2015).
A ciencia que estuda a relaçao entre o homem e as plantas é denominada de etnobotánica, definida de acordo com Rocha et al. (2015) como o estudo da inter-relaçao existente entre o homem e as plantas, bem como o modo com que elas sao usadas como recurso próprio. Dessa forma, permite compreender o processo de classificaçao, manipulaçao e utilizaçao de determinadas espécies de vegetais.
Quanto ao conhecimento etnobotánico na educaçao, atualmente tém-se entrado em debates e sido muito discutidos em vários campos da pesquisa educacional, o que reflete a mudança do modelo educacional nos últimos anos, onde o professor passa a ser visto nao apenas como um aplicador de teorias diversas, mas também de prática, mesmo que ainda careça de discussôes e reflexóes de ambas as práticas (SANTOS e FRISON, 2014). A importáncia da prática durante as aulas pode despertar o interesse pela Ciencia nos alunos, e os professores carregam consigo, em sua pratica diária, a concepçao inadequada de ciéncia, como conjunto acabado e estático de verdades definitivas (FRANCO et al. 2011). Com isso, o conjunto de saberes permite que os futuros educadores possuam uma compreensao global do fenómeno educativo, especialmente de suas manifestaçöes no ámbito escolar, aspectos socioeconómicos e na dinámica das relaçöes do processo de aprendizagem ao ensino (ALENCAR et al. 2019).
Nesse contexto, ao organizar e conduzir processos educativos surge reflexóes acerca da formaçao do dever ser ao dever fazer do professor, da teoria a prática pedagógica (CARVALHO, 2011). Por meio disso, chama atençao de Santos (1995) ao elucidar que o conhecimento científico precisa ser o mais claro e objetivo possível, para que a partir de um saber prático permita que a ciencia adentre socialmente, derivando daí, uma característica da ciencia pós-moderna, de que o conhecimento científico tende fundamentar-se em senso comum sem transportar consigo um caráter pejorativo, pois estaria ligada a socializaçao do saber.
Segundo Moran (1998) o aluno que hoje frequenta uma escola infelizmente ainda ve o conhecimento como algo muito distante da sua realidade, pouco aproveitável ou significativo nas suas necessidades cotidianas. Com base nisso, o presente estudo objetivou realizar um levantamento socioambiental da utilizaçao de plantas medicinais em comunidades no municipio de Salvaterra-PA, bem como a implantaçao de uma horta medicinal em uma instituiçao de ensino superior para o desenvolvimento de atividades educativas no ensino de ciencias e áreas afins.
2MATERIAL E MÉTODOS
2.1LOCUS DE ESTUDO:
As entrevistas ocorreram no municipio de Salvaterra, Ilha de Marajó, Pará. A horta medicinal foi desenvolvida no Campus XIX da Universidade do Estado do Pará, na rodovia PA 154, bairro Cajú, localizado no municipio de Salvaterra, Ilha de Marajó, Pará. O municipio está localizado na mesorregiao geográfica do Marajó (Figura 1). A escolha do local se deu devido ser um espaço sem utilidade, e que a partir da implantaçao e revitalizaçao da horta medicinal passou a ser utilizado para fins didáticos.
2.2PROCEDIMENTO METODOLÓGICO:
A pesquisa foi de natureza básica, exploratória com levantamento bibliográfico e atividades de campo. Quanto a abordagem, o estudo foi de natureza quali-quantitativo, pois, se baseia no método subjetivo de construçao, além de empregar estatística descritiva para cálculos de média e frequéncia padrao e posterior geraçao de figuras e tabelas, proposto por Bardin (2011).
2.3COLETA DE DADOS
Foram aplicados 120 questionários semiestruturados, com questôes de cunho socioeconómicas e etnobotânicas a respeito de plantas medicinais e do conhecimento tradicional de moradores que residem na área urbana de Salvaterra e nas comunidades rurais de Joanes e Jubim, totalizando 40 questionários aplicados em cada localidade, no período de 02 a 18 de maio de 2018, cujas informaçöes serviram de base para escolha das espécies bem como as doaçöes de mudas advindas dos entrevistados que seriam utilizadas na composiçao do canteiro medicinal.
2.4IMPLANTAÇAO DA HORTA MEDICINAL
O canteiro recebeu um sistema de irrigaçao com mangueiras perfuradas a laser, o que minimizou esforço da mao de obra para molhar a horta. O sistema de iluminaçao foi colocado com apoio dos funcionários do campus XIX, para que os alunos do turno da noite pudessem ter melhor visualizaçao do canteiro. Além disso, foram adicionadas placas de identificaçao com nomes científicos e populares de cada espécie, utilizando-se material PVC e tinta a base de óleo para facilitar a visualizaçao. A partir da tabulaçao das informaçöes, algumas plantas foram identificadas pelo nome científico e popular com auxilio de guias de botánica, chaves de identificaçao e a colaboraçao de um Técnico em Agropecuária da Embrapa Amazónia Oriental.
2.5ELABORAÇAO DE ENCARTE
Foi elaborado um encarte com consequente tiragem de 200 exemplares, para socializar junto a comunidade académica e escolas dos municípios de Salvaterra, cujo objetivo foi informarlhes sobre a horta medicinal no campus, incentivando-os a realizaçao de atividades didáticas.
2.5ANÁLISE DOS DADOS
Os dados foram sistematizados e analisados através da estatística descritiva, para melhor compreensao e discussao dos resultados. A tabulaçao, processamento e análise foram feiras com auxílio do programa Microsoft Excel2016®.
3RESULTADOS E DISCUSSAO
Foram entrevistados 120 moradores do município de Salvaterra, com idades entre 22 a 86 anos, com média de 55 anos, sendo 82% mulheres e 18% homens. Segundo Lima et al. (2011), o conhecimento sobre plantas medicinais é mais difundido em pessoas com mais de 50 anos, o que corrobora com o perfil dos entrevistados na pesquisa. A prevaléncia do género feminino no estudo se dá pelo fato de que, em muitos municípios rurais a presença da mulher é forte no ámbito familiar, assim como na implantaçao e manutençao dos quintais, hortas, roças relacionadas aos serviços domésticos (RUZZA et al. 2014). Quanto a escolaridade, 59% dos entrevistados nao concluiram o ensino fundamental, seguido por ensino medio 13%, respectivamente. O principal meio de subsistencia dos sujeitos entrevistos provém do programa bolsa família do governo federal 43%, seguido da pesca 23% e comercio com 7%, respectivamente. Alem de 27% citarem outras atividades como fonte de renda, como mostra a Figura 02.
Quando questionados sobre o motivo principal de possuírem plantas medicinais em quintais domésticos, houve uma variância nas respostas, onde 37% dos entrevistados afirmaram ter plantas medicinais pelo simples fato de gostarem, seguido daqueles que acreditam na eficacia das plantas no combate as doenças de atençao primaria de alta incidencia e tratamento simples 14%, respectivamente, como mostra a Figura 03. Dentre os entrevistados, apenas 2% alegou nao possuir plantas medicinais em seu quintal, justificando a falta de espaço.
Dentre as formas de repasse do conhecimento tradicional sobre plantas medicináis, 54% dos entrevistados afirmaram ter sido por meio dos pais, mais específicamente as maes, seguido dos avós 36% e 10% por meio dos vizinhos, respectivamente. Esses resultados corroboram com os trabalhos de Ruzza et al. (2014), em que o ámbito familiar é o principal meio de perpetuaçao de conhecimentos tradicionais, onde a prática dos pais produzirem remédios para seus filhos a partir de plantas medicinais é comum e frequente, principalmente quando se trata de doenças gastrointestinais e respiratórias. Segundo Oliveira e Neto (2012) os aspectos culturais é muito representado em comunidades rurais, o que facilita a transmissao dos conhecimentos tradicionais entre os moradores locais. O uso e cultivo de plantas medicinais ainda é muito presente em comunidades rurais, mesmo após os avanços da medicina moderna, onde se tem como importante meio para cura e tratamentos de doenças recorrentes, e os conhecimentos tradicionais adquiridos a partir dessa prática é transmitido ao longo dos anos através de geraçöes (NETO et al. 2014).
Em relaçao as plantas medicinais mais utilizadas, das 86 espécies citadas na entrevista a Tabela 1 destaca as 10 espécies mais citadas pela amostragem do estudo, que posteriormente passaram a compor a horta medicinal do estudo. De fato, muitas plantas com compostos bioativos estao incluidas nas espécies destacadas no estudo (LORENZI e SOUZA, 2008). De acordo com Vásquez et al. (2014) em estudo sobre plantas medicinais em comunidades ribeirinhas no estado do Amazonas, o uso dessas plantas é um importante recurso utilizado para a manutençao da saúde de comunidades rurais da Amazonia, já que o uso e produçao de remédios caseiros é uma alternativa no combate e tratamentos de muitas doenças de caráter comum nessas localidades.
As plantas mais citadas pela amostragem deste estudo corroboram com os resultados registrados na obra de Theisen et al. (2015), onde encontraram muitas especies de plantas que sao utilizadas no combate as doenças de atençao primaria, como por exemplo: problemas estomacais, gripes, febre, dores de cabeça, problemas renais, feridas, dentre outras. Segundo a Agencia Nacional de Vigilancia Sanitaria (ANVISA) através da Resoluçao 48/2004, fitoterápicos sao medicamentos produzidos exclusivamente com plantas ou partes de plantas cujas propriedades medicinais distribuidas em varias partes das plantas (folhas, raízes, cascas, flores, frutos, sementes, entre outros) atuam no combate, tratamentos e prevençao de doenças (ARNOUS et al. 2005). Na obra de Oliveira (2016) é ressaltado que, a observaçao de práticas como essas é que surge um conhecimento rico em fusóes étnicas, religiosas e culturais difundidas em povos amazónicos.
Entre as formas de preparo utilizadas desses vegetais, a mais expressiva foi o chá, com 72%, também foram relatadas outras formas como xarope (12%), banhos (6%), infusao (4,5%), cataplasma (2,5%), entre outros (Figura 4). Resultados semelhantes foram observados nos trabalhos de Merhy e Santos (2017), onde a principal forma de preparo de plantas medicinais é em forma de chá, sendo um método de preparo rápido e fácil, fazendo com que muitos vegetais utilizados pela populaçao local estejam relacionados com o tratamento de enfermidades mais simples, que fazem parte da atençao primária em saúde.
Quando perguntados sobre qual/quais as doenças mais recorrentes na familia dos entrevistados, 32% dos entrevistados afirmaram doenças do trato digestório, seguido de doenças do sistema respiratorio 20%, neoplasias intra-epiteliais 18%, sistema nervoso 10%, entre outros (Figura 05).
Nos trabalhos de Giraldi e Hanazaki (2010) ao estudar o uso e conhecimento tradicional de plantas medicinais no Sertao de Ribeirao, Florianópolis- SC obtiveram resultados nao muito distintos, onde doenças do sistema circulatorio, digestorio e respiratorio foram bastante enfatizados pelos entrevistados, onde o uso de plantas medicinais é o principal método para combate e tratamento das mesmas. É importante ressaltar que a preferencia dos entrevistados em utilizar produtos fitoterápicos para tratamento e combate de enfermidades é algo plausível, uma vez que além de fortalecer as práticas tradicionais quanto ao uso e conhecimento tradicional acerca das plantas medicinais, torna-se uma atividade que propicia o contato direto com a vegetaçao da regiao. Por outro lado, deve-se salientar quanto aos riscos de efeitos bioquímicos desses vegetais, principalmente pela ingestao excessiva e/ou combinaçöes que podem ocasionar efeitos reversos ao individuo (SANTOS et al. 2015).
Posteriormente, por meio de doaçöes de mudas feitas pelos entrevistados foram utilizadas as 20 espécies mais presentes na vida dos mesmos para construçao da horta medicinal na área externa do Campus XIX da Universidade do Estado do Pará, no municipio de Salvaterra, e todas foram plantadas e identificadas com nome científico e popular (Figura 06).
Ao término da pesquisa foram entregues 200 encartes informativos nas escolas municipals e estaduais do município, com objetivo de informar e disponibilizar para professores, material sobre a horta medicinal, como ferramenta pedagógica de atividades curriculares extraclasse. De acordo com Theisen (2015) a horta é uma importante ferramenta escolar, e possibilita o desenvolvimento de diversas atividades pedagógicas, unindo teoria e prática de forma contextualizada, colaborando no processo de aprendizagem por meio do trabalho coletivo entre as comunidades envolvidas.
4CONCLUSÄO
O estudo revelou a importancia que as plantas medicinais tém para a regiao, o que contribuiu para verificar as principais espécies cultivadas em quintais urbanos no município de Salvaterra-PA. Desta forma, esta pesquisa torna-se uma importante ferramenta na promoçao de saúde da regiao, pois, é a partir desses fitoterápicos que é produzido boa parte dos remédios utilizados para tratar problemas recorrentes de saúde primária, seja na produçao de remédios, mais específicamente na forma de chá e outros compostos. O estudo demonstrou também que as plantas medicinais, geralmente, sao cultivadas e administradas por mulheres da regiao e que, além disso, é possível contribuir também no processo educacional dos estudantes, pois, a partir do conhecimento etnobotânico dos moradores locais foi possível construir uma horta medicinal, tornando-a uma excelente ferramenta no processo ensino-aprendizagem de botánica e áreas afins na proposta pedagógica do município.
COMO CITAR ESTE ARTIGO:
Simöes, M. C., Teixeira, L. C., Cardoso, M. B. S., Ribeiro, K. R., Machado, A. L. M., Pereira, M. F. B. C. (2021). O conhecimento tradicional para construçao de uma horta medicinal em Salvaterra, Ilha de Marajó, Pará. Holos. 37(4), 1-14.
SOBRE OS AUTORES
M. C. SIMÖES
Mestre em Ciencias Ambientais, formado pelo Programa de P0s-graduaçao em Ciencias Ambientais da Universidade do Estado do Pará, 2020. E-mail: [email protected] ORCID ID: https://orcid.org/0000-0001-6764-1126
L. C. TEIXEIRA
Graduado em Ciencias Naturais com Habilitaçao em Biologia, Turma 2014. Universidade do Estado do Pará. E-mail: [email protected] ORCID ID: https://orcid.org/0000-0003-3420-5322
M. B. S. CARDOSO
[email protected] ORCID ID: https://orcid.org/0000-0002-9130-8320 Especialista em Pedagogia do Movimento Humano, Universidade do Estado do Pará. E-mail:
K. R. RI BEIRO
Mestrando em Educaçao do Programa de Pos-Graduaçao em Educaçao e Cultura, Universidade Federal do Pará. E-mail: [email protected] ORCID ID: https://orcid.org/0000-0002-8471-9981
A. L. M. MACHADO
Mestrando em Ciencias Ambientais do Programa de Pos-graduaçao em Ciencias Ambientais da Universidade do Estado do Pará. E-mail: [email protected] ORCID ID: https://orcid.org/0000-0002-8147-7518
M. F. B. C. PEREIRA
Mestre em Ciencias Ambientais, formado pelo programa de Pos-Graduaçao em Ciencias Ambientais da Universidade do Estado do Pará. E-mail: [email protected] ORCID ID: https://orcid.org/0000-0002-0306-5454
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Abstract
ABSTRACT The use of medicinal plants in rural environments is considered essential for the health of people, because some of these places are deprived of basic resources of public health, besides being an important source of local cultural knowledge. The current study aimed to carry out a social-environmental survey of the use of medicinal plants in communities from Salvaterra city-PA, as well as the implantation of a medical garden in a school for the development of educational practices in science teaching and related areas. 120 socio-cultural semi-structured questionnaires were applied to residents of the urban area from Salvaterra and in the rural at Joanes and Jubim communities of the respective municipality. The study revealed the importance of medicinal plants to residents, an important tool to support health, because it is from these herbal medicines that a large number of medicines used to treat primary health problems are produced in the region. The construction of the medicinal garden allowed a playful space, aiding in the teaching-learning process of students of the municipality.
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