Resumo: Os desdobramentos pela Crise Mundial da Covid 19 impactaram de forma direta Organizaçoes de saúde em todo o mundo, alavancando inovaçoes de caráter tecnológico voltadas aos atendimentos e monitoramento médico remoto, sendo importantes instrumentos de gestâo da crise. O presente estudo postula determinar a existencia de relaçâo causal entre o grau de instruçâo e a confiança dos usuários nos aplicativos de saúde de smartphones no contexto da Covid 19. A partir da triangulaçâo dos dados primários, da revisâo da literatura e do levantamento de dados estatísticos secundários, foi possível perceber que nao existe relaçâo positiva entre o grau de instruçâo dos usuários de smartphones e a confiabilidade imposta nas soluçoes mobiles disponibilizadas por Órgaos Públicos e privados, além dos dispositivos colaborativos, o que caracteriza a potencialidade e acessibilidade deste instrumento para a gestao remota da saúde em tempos de restriçoes sanitarias de contato social.
Palavras-chave: Aplicativos de Smartphones; Monitoramento Remoto de Saúde; Confiabilidade; Gestâo de Crise.
Abstract: The unfolding of the Covid-19 Global Crisis directly impacted healthcare organizations around the world, leveraging technological innovations focused on care and remote medical monitoring, being important tools for crisis management. This study aims to determine the existence of a causal relationship between the level of education and users' trust in smartphone health applications in the context of Covid 19. From the triangulation of primary data, the literature review, and the survey of secondary statistical data, it was possible to realize that there is no positive relationship between the level of education of smartphone users and the reliability imposed on mobile solutions made available by public and private agencies, as well as collaborative devices, which encourages the characterization of the potentiality and accessibility of this instrument for remote health management in times of sanitary restrictions on social contact.
Keywords: Smartphone Applications; Remote Health Monitoring; Reliability; Crisis Management.
1.Introduçao
A crise na saúde mundial causada pela propagaçao pandémica do vírus da Covid 19 vem marcando a humanidade de forma devastadora, produzindo desafios no gerenciamento de um cenário hostil e intimidador. A área da saúde, pela própria natureza sanitaria da crise, foi a mais afetada e a que demandou esforços titánicos para a produçao de inovaçoes e avanços capazes de, em um período de tempo recorde, poupar vidas e permitir o retorno das atividades económicas e sociais da populaçao mundial. O tempo de resposta das Organizaçoes de Saúde Pública e Privadas póde ser abreviado a partir da utilizaçao de tecnologias de informaçao, em níveis genéricos e específicos, visando nao só a ajuda humanitária como a continuidade de Organizaçoes cujas estratégias voltaramse a sobrevivencia e adaptaçao as condiçoes ambientais radicalmente transformadas e inóspitas. (IVAN0V,2020).
Estudo realizado nos EUA ao longo da pandemia sobre a utiliazaçao de aplicativos de smartfone, esclarece que nove entre dez idosos foram monitorados por familiares ou agentes de saúde, a partir da utilizaçao de seus celulares (Banskota et al, 2020). Levantamentos em diversas localidades corroboram com o estudo citado e apontaram a utilizaçao de aplicativos de saúde em dispositivos móveis como alternativa adotada tanto por usuarios como por Instituiçoes Públicas e Privadas para o gerenciamento da saúde durante a pandemia (SILVA et al, 2020; MENDEZ JUNIOR, et al, 2011). Sob o ponto de vista da qualidade temos a questao da acessibilidade dos aplicativos ao publico alvo do serviço prestado (STEINMAN et al, 2015).
Assim, entender o quanto é fácil utilizar o aplicativo de monitoramento ofertado é algo muito importante para enteder a qualidade do serviço prestado. Essa afirmaçao nos aponta para uma lacuna importante na literatura académica, "O grau de instruçao dos usuários de aplicativos de celular voltados a saúde influencia a confiança depositada nos serviços ofertados?" Com o propósito de esclarecer objetivamente o questionamento que impulsionou esta pesquisa, utilizou-se como variável dependente a confiança dos usuários nos aplicativos de smartphones para saúde de origem pública, privada e colaborativa, a procura de entender se tais fatores impactavam no nivel de confiança dos usuários. Outrossim, a hipótese principal na qual a pesquisa se ancora está no entendimento direcionado a relaçao causal diretamente proporcional entre a confiabilidade dos usuarios de aplicativos de smartphones para saúde e o grau de instruçao desses usuarios.
O presente estudo, metodologicamente quantitativo, ancorou-se em uma abordagem dedutiva, utilizando como levantamento de dados primários uma pesquisa Survey com um "n" inicial de 71 pessoas, demandadas por meios eletrónicos, mais favoráveis ao contexto de isolamento social. Posteriormente, os dados primários foram tratados por meio de uma análise estatística cujos procedimentos foram detalhados em seçao futura deste, e triangulados com a referencia bibliográfica revista e levantamentos netnográficos associados a dados estatísticos, como fonte de dados secundarios.
Os resultados apontam que nao existe relaçao positiva entre o grau de instruçao dos usuários de smartphones e a confiabilidade imposta nas soluçoes mobiles disponibilizadas por Órgaos Públicos e privados. Esse achado é muito importante, pois além dos dispositivos serem usados de forma colaborativa, isso caracteriza uma grande potencialidade e acessibilidade deste instrumento para a gestao remota da saúde em tempos de restriçoes sanitarias de contato social. Assim, a contrinuiçao deste artigo é que os aplicativos para smartfones tem a qualidade e a acessibilidade necessáia para serem utilizado como uma ferramenta de auxilio a pessoas de qualquer grau de instruçao.
2.Referenciái Teórico
2.1.A Tecnología Digital para a Saúde na Gestão da Crise da Covid 19
A propagaçao da pandemia proveniente da Covid 19 fomentou açoes táticas de Órgaos de todos os países mirando na propagaçao, nao obstante ao caráter excepcional e provisorio, da utilizaçao de tecnologías para o gerenciamento da crise na saúde, ainda que imaturas ou originalmente desenvolvidas para outras áreas. A gestao emergencial de fatores desconhecidos e com impactos mortais acelerou processos avaliativos outrora extremamente criteriosos para implementaçâo de estratégias distintas para fins da saúde. (KOBAYASHI et al, 2020).
A Organizaçao Mundial da Saúde (WHO,20i9), ao produzir as primeiras manifestaçoes sobre a pandemia, incentivou os países a lançarem todo aparato tecnológico disponível a fim de que as informaçoes e atendimentos remotos fossem acessados pelo maior número de pessoas, reduzindo desequilibrios na acessibilidade a saúde. A Resoluçao do Conselho Federal de Medicina n. 2.227 de 2018 já previa, num cenário pré crítico, o atendimento médico online e de telediagnóstico mediado por um aplicativo de smartphone, processo acelerado em razao das demandas pandemicas.
Casas et al (2020) versam sobre o incentivo ao uso de tecnologias que atenuem complicaçoes oriundas de situaçoes críticas em escala multisetorial vivenciadas pela Covid 19, justificadas na ausencia de medicamentos capazes de prevenir, tratar ou controlar a disseminaçao da doença.
A utilizaçao de sistemas tecnológicos integrados e multidisciplinares pautou a orientaçao e o direcionamento de açoes públicas e privadas de combate a Covid 19, assim como recomendado pela OMS e Conselho Federal de Medicina.
Celuppi et al (2020) levantaram e classificaram as principais tecnologías de informaçâo utilizadas pelas instituiçoes mundiais no combate ao Corona Vírus, adaptadas e consolidadas no Quadro 1.
A PNAD (2017), realizada antes do advento da Covid 19, identificou que em 93,2% dos domicilios brasileiros existiam smartphones dentre os quais 97% os utilizavam como único ou principal meio de acesso a Internet. Certamente as políticas públicas para gestao da Covid 19 no Brasil respaldaram suas açoes de atendimento a populaçao nos dados relativos a grande acessibilidade aos smartphones pelos brasileiros.
A importância da transmissao continua de informaçoes, atreladas a capacidade de geolocalizaçao e troca de informaçoes, provem as necessidades que um aplicativo de saúde precisa para operar. Soma-se a esses fatores o tempo de resposta imediato e a possibilidade instantánea de realizaçao de mudanças e personalizaçoes, fato que permite, em tempo real, munir com informaçoes atualizadas os gerenciadores de saúde, tornando um ciclo virtuoso e retroalimentado com melhoramentos continuos. (MARTIN et al, 2016)
A relevância desse fato, somado as possibilidades infinitas da utilizaçao desse instrumento tecnológico na promoçao da saúde, pautaram o enfoque desta pesquisa, que encontrou na literatura o arcabouço teórico que respalda as açoes institucionais brasileiras que apostaram no modelo móvel de tecnologia para o controle da saúde no contexto da Covid 19.
2.2.Confiabilidade na Utilizaçao de Aplicativos de Smartphones
A Covid 19 acometeu a sociedade em um momento em que o consumo de soluçoes tecnológicas atrelados aos negócios, serviços e informaçao atingiam seu auge. As Organizaçoes se dedicavam a negócios que se baseavam na tecnología de informaçao para existir, tais como os serviços de compartilhamento de veiculos, as plataformas que reúnem venda e entregas expressas de produtos, os Bancos exclusivamente digitais, os streamings de entretenimento além do nascimento diário de Startups, sempre de base tecnológica. A larga oferta desses serviços fomentou a utilizaçao de aplicativos de smartphones e criou uma cultura que elevou a estima e credibilidade desse instrumento.
3.Metodologia
O caminho metodológico eleito para a conduçao do estudo ancorou-se no positivismo ao exame da compreensao do fenómeno temático por intermédio da análise de dados estatísticos apoiado em processos neutros e padronizados, visando a máxima retidao dos dados coletados. Quanto ao seu propósito, a pesquisa foi dedutiva, tendo em vista que partiu de conceitos bibliográficos pacificados e pré estabelecidos para o direcionamento de seus estudos, mesmo diante do caráter emergente do tema. O artigo respaldou-se em dados de múltiplas fontes dispondo como dados primarios o resultado de informaçoes extraídas a partir da instrumentalizaçao de uma pesquisa Survey com o "n" validado de 71 pessoas, escolhidas de forma a representarem amostras expressivas da populaçao brasileira, seguindo a pirámide etária do IBGE de 2019, entretanto, por nao ter sido controlado a coleta de dados, nao se alcançou a exata reproduçao do percentual etário da populaçao brasileira.
A pesquisa Survey nasceu de um roteiro estruturado oportunizado em decorrencia de um prévio levantamento netnográfico com enfoque na obtençâo de dados claros e objetivos acerca do impacto dos aplicativos de smartphone para os cuidados da saúde.
Para apresentaçâo dos resultados relacionados ao nivel de confiança dos usuários sobre os aplicativos de smartphones, foi realizado o cálculo da mediana, desvio padrao e coeficiente de correlaçâo.
Os dados secundários pautaram-se em levantamentos netnográfico sobre a quantidade e variedade de aplicativos voltados a saúde disponibilizados nas lojas virtuais das plataformas de celulares, aliados a dados públicos estatísticos sobre a temática, ambos realizados entre os meses de maio e junho de 2021. O recorte eleito para a análise temporal foi o transversal, dada a natureza emergente dos fatos supracitados.
A partir dos entendimentos oriundos da revisāo bibliográfica e da avaliaçâo crítica dos dados secundários, as informaçoes obtidas através da Survey foram tratadas de forma estatísticas e relacionais, que possibilitaram explorar o nexo entre algumas variáveis. A seçao seguinte traz luz aos dados coletados e aborda algumas conclusoes obtidas pela análise objetiva dos mesmos.
3.1. Levantamento Netnográfico
O levantamento netnográfico teve como objetivo identificar a quantidade e funcionalidade dos aplicativos de smartphones disponíveis nas lojas de aplicativos para dispositivos moveis ligados a instituiçoes de saúde pública e privadas no Brasil. O levantamento transversal foi realizado entre os meses de maio e junho de 2021 e utilizou dispositivos que acessaram os sistemas Android e iOS, além da pesquisa no site de buscas no site GOOGLE.
Como parámetros de busca utilizou- se as palavras "COVID" e "CORONA" individualmente e "covid+app+store" e "corona+app+store". Cabe ressaltar que, em razāo dos filtros utilizados para busca, os aplicativos públicos e privados que realizam teleatendimento para saúde nāo apareceram nas buscas, somente os voltados ao combate da COVID. Os dados obtidos foram consolidados em uma planilha e separados pelo nome, criador, objetivo, plataforma e link.
O levantamento permitiu identificar que existem aplicativos de Instituiçoes Públicas, Privadas e de plataformas colaborativas. Quanto a funcionalidade percebe-se que podem ser divididos em quatro categorias:
* Informativo: O objetivo primordial é informar os usuarios sobre aspectos da doença e como proceder em caso de suspeita de contaminaçao.
* Controle epidemiológico por geolocalizaçao: O objetivo é controlar o contagio da populaçao de acordo com sua localizaçao geográfica.
* Monitoramento remoto de pacientes: O objetivo é monitorar pacientes com suspeita da doença, os que afirmaram ter tido contato com pessoas diagnosticadas com Covid, ou ainda o monitoramento da evoluçao do quadro de pessoas com a doença
* Serviços médicos: O objetivo desses aplicativos é realizar serviços como agendamento de consultas e exames, realizaçao de teleatendimento.
Determinados aplicativos desempenham mais de uma funçâo, possibilitando um desempenho mais completo tanto pra quem fornece os serviços, quanto para quem os utiliza.
3.2.Survey
A coleta de dados primarios utilizou como ferramenta uma pesquisa Survey que nasceu com o intuito de ser probabilistica, visto que intentava captar uma representatividade da pirámide etária populacional segundo o IBGE (2019), entretanto, as respostas obtidas nāo validaram tal representatividade, tornando-se uma amostragem nāo probabilistica por sujeitos disponiveis. (BABBIE, 1999). O questionário estruturado a partir do levantamento bibliográfico e da análise dos dados secundários, utilizou a ferramenta Google Form para confecçao e apuraçao de informaçoes e foi enviado aos convidados por intermédio de um link disponibilizado através das redes sociais dos autores.
As questoes divididas em variáveis latentes agrupadas pelas temáticas:
* Familiaridade com tecnología
* Nivel de Confiança nos Aplicativos de Smartphones
O objetivo principal da pesquisa survey era identificar se a confiança nos aplicativos de smartphones estava atrelado ao grau de instruçao dos usuarios.
Como objetivos secundários, o questionário buscou identificar características dos respondentes para, no ato da análise, verificar se existiam variáveis independentes que se correlacionavam ao nivel de confiança atribuido aos aplicativos para gestāo de saúde dos smartphones.
4.Análise dos Resultados
4.1. Familiaridade com Tecnología
O nivel de instruçâo ficou bem dividido, permitindo informaçoes bem equilibradas para o presente estudo.
Questionados sobre a existencia de apps ligados a saúde em seus smartphones, 74,6% dos participantes responderam sim, enquanto 25,4% responderam não. Quando questionados sobre possuírem aplicativos ligados a telemedicina, a informaçâo demonstra respostas contrarias as obtidas com apps de saúde. Enquanto 22 participantes (31,4%) responderam que sim, 48 participantes, ou 68,6%, responderam nao possuir.
Também foi questionado sobre a existencia de aplicativos do Governo para informaçoes ou monitoramento da Covid-19. Nessa pesquisa, 78,9% dos entrevistados responderam que nao possuem aplicativos do Governo para esse propósito, e do outro lado, 21,1% respondeu possuir. No que está relacionado a possuir aplicativos colaborativos sobre tratamento e vacinaçao da COVID-19, apenas 15,7% dos participantes responderam possuir este tipo de aplicativo, contra a esmagadora quantidade de 84,3% que responderam nâo.
O padrâo de respostas mostra que os aplicativos para a área de saúde ligados ao monitoramento e acompanhamento de cidadâos está amplamento difundido entre os usuários de planos de saúde e da rede pública de saúde. Evidencia uma percepçâo de que os aplicativos sao úteis para o acompanhamento médico dessa pessoas (MENDEZ JUNIOR, et al, 2011; STEINMAN et al, 2015).
4.2.Nivel de Confiança nos Aplicativos de Smartphones
Analisando os presentes resultados, podemos identificar um feedback bem positivo, em geral. Em relaçao ao questionamento sobre o "Nivel de Confiança na Utilizaçao de App de Saúde", sendo 1 a mais baixa possível e 10 a mais alta possível.
A utilizaçâo da mediana foi escolhida por possibilitar que valores discrepantes nâo distorçam a média de forma drástica. Para estes mesmos casos, também foi realizado o cálculo do desvio padrâo como forma de obter o grau de dispersâo de um conjunto de valores.
A mediana obtida foi 7 (separada por uma linha identificada na cor vermelha) e foi identificado um desvio padrao de aproximadamente 2,24, o que indica que a maioria das respostas se manteve no intervalo de 5 (7-2,24=4,76) e 9 (7 + 2,24=9,24).
Essas informaçoes, corroboradas pela estatística, demonstram o alto grau de confiança dos usuários em relaçâo a utilizaçâo de aplicativos de Saúde.
Pode-se observar no gráfico, de maneira visual, a evidente concentraçao de respostas com nível 8 de confiança (23 respostas).
A partir das informaçoes relacionadas ao nivel de confiança nas informaçoes passadas sobre a Covid 19 por órgäos governamentais, conseguimos identificar uma mediana de 5, que demonstrando um equilibrio no nivel de confiança entre os participantes.
Destes, 26 participantes ficaram abaixo da mediana, contra 44 participantes acima da mediana e com nivel de confiança médio para alto nas informaçoes passadas por órgäos governamentais.
O desvio padrão encontrado foi de aproximadamente 2,6.
O último gráfico de nivel de confiança se refere as informaçoes contidas nos apps colaborativos sobre a saúde, em que se pode destacar uma mediana de 7, representando um alto nivel de confiança nas informaçoes disponíveis em aplicativos colaborativos.
O desvio padrão apurado neste cenário foi de 2,3.
4.3.Confiabilidade dos Usuários de aplicativos de smarphones e o grau de instruçao
Para se analisar a correlaçao entre o grau de instruçao e o nivel de confiança nos aplicativos, hipótese principal em que a pesquisa se ancora, foi realizada inicialmente uma padronizagão dos dados relacionados ao grau de instrugão.
Considerando o tempo de estudo em anos necessário para atingir cada uma das escolaridades permitidas como resposta, foi aplicada a seguinte padronizagão:
Ensino Fundamental = 9 / Ensino Médio = 12 / Ensino Superior = 16 / Especializaçao = 17
O coeficiente de correlaçao de Pearson é um teste usado para medir a relaçao estatistica entre duas variáveis continuas. Se a relagão entre os elementos não for linear, os coeficientes nao serao representados corretamente.
A equaçao para o coeficiente de correlaçao é:
(ProQuest: ... denotes formula omitted.)
MÉDIA(matriz1) e MÉDIA(matriz2).
Os seguintes resultados do Cálculo da Correlaçâo foram obtidos através da Ferramenta Excel (Fórmula CORREL):
1. Grau de Instruçâo x Nivel de Confiança em apps do Governo = +0,1622
2. Grau de Instruçâo x Nivel de Confiança em apps de saúde = +0,1236
3. Grau de Instruçâo x Nivel de Confiança em apps Colaborativos = +0,0382
Os baixos valores obtidos indicam que a correlaçâo é positiva, contudo, distantes do valor +1, o que significa a ausencia de correlaçâo direta.
Teste de hipótese
H0 = nāo há correlaçâo entre o grau de instruçâo e o nivel de confiança do usuario em relaçâo aos aplicativos.
Aplicando a mesma formula de correlaçâo, agora apenas nos resultados dos níveis de confiança, os valores obtidos foram:
1. Nivel de Confiança em App de Saúde x Nivel de Confiança nas Informaçoes de App Colaborativos = +0,757
2. Nivel de Confiança em App de Saúde x Nivel de Confiança nas informaçoes de App passada pelo Governo = +0,709
A partir dos valores superiores a 0,7, observa-se fortes correlaçoes positivas significativas encontradas, podendo afirmar que usuarios que confiam em aplicativos de saúde, também confiam em aplicativos com informaçoes repassadas pelo Governo e nos aplicativos colaborativos.
De forma complementar foi realizada a padronizaçao dos dados também nas demais variáveis pesquisadas (Genero, Faixa Etária, Regiao, Tempo de Uso de Smartphone, Utilizaçao de Apps de Saúde e Apps de Telemedicina) com o propósito de verificar se alguma das variáveis apresentava uma correlaçao próxima de +1, para indicaçao e sugestao de aprofundamento em estudos futuros. Todavia, nao foi identificada nenhuma correlaçao significativa em nenhuma das variáveis utilizadas no Survey, como se ilustra na no gráfico abaixo:
5.Conclusoes
A crise na saúde mundial causada pela propagaçao pandémica do vírus da Covid 19 vem marcando a humanidade de forma devastadora, produzindo desafios no gerenciamento de um cenário hostil e intimidador. A área da saúde, pela própria natureza sanitária da crise, foi a mais afetada. Essa área demandou esforços titánicos para a produçao de inovaçoes e avanços capazes de, em um período de tempo recorde, poupar vidas e permitir o retorno das atividades económicas e sociais da populaçao mundial (IVANOV,202o).
As medidas de caráter transitório implementadas pelas Organizaçoes e Instituiçoes de saúde visando isolamento e distanciamento social fomentaram a colocaçao imediata em vigor de tecnologias já existentes, dentre as quais se destacam a telemedicina e o monitoramento remoto, que permitiram a continuidade de serviços essenciais mesmo diante de restriçoes sanitárias.
Observa-se a velocidade na resposta das áreas da saúde em estabelecer amparos legais e técnicos para a aplicabilidade dessas inovaçoes tecnológicas, o que proporcionou verdadeiros avanços em termos de atendimento remoto, mesmo diante da carencia e disparidade social e económica vivenciada nesse país de dimensoes continentais.
Com esse cenário, responder a seguinte pergunta se tornou algo muito importnte para avaliar a qualidae e a acessibilidade dos aplicativos orfertados; "O grau de instruçao dos usuários de aplicativos de celular voltados a saúde influencia a confiança depositada nos serviços ofertados?" Assim, para responder a essa questao, fizemos um levantamento netnográfico dos tipos de aplicativos disponibilizados para os usuários tanto dos planos de saúde particulares como dos usuários da rede pública de saúde. Partindo dos resultados encontrados, cosntruimos uma survey para capturar a satisfaçao com os aplicativos e cursarmos essa informaçoes com o grau de insrtuçao dos usuários entrevistados, apontando para uma resposta ao que foi perguntado.
O tratamento dos dados de forma objetiva e estatística permitiu concluir a natureza equitativa dos aplicativos de smartphones e o aceite e larga confiabilidade que eles imprimem na populaçao. Outrossim, os dados permitiram concluir que esses instrumentos devem continuar sendo utilizados na batalha contra a COVID-19, que, certamente, os qualifica para a utilizaçao em outras situaçoes críticas e de emergencia de saúde pública.
A confiança atribuída aos aplicativos de smartphones provou-se alta e correlacionada entre si e, rejeitada a hipótese de estar atrelada ao grau de instruçao dos usuários ou até mesmo atrelada as demais variáveis pesquisadas. Mostrou-se positiva a propagaçao desse meio de promoçao a saúde, o que nao foi possível identificar, e que se recomenda estudos futuros, é se essa confiança percebida está relacionada as necessidades impostas pela crise pandémica, ou se, transposto o caráter crítico do contexto, os usuarios adotarão esse novo modelo de cuidado com a saúde.
A contribuiçao deste artigo é que os aplicativos para smartfones tém a qualidade e a acessibilidade necessáia para serem utilizados como uma ferramenta de auxilio a pessoas de qualquer grau de instruçao. Isso nos ganrante que podendo atingir pessoas e lugares que os médicos, fisicamente, nāo conesguiriam chegar para realizarem o monitoramento dos pacientes. Assim, abre-se um grande campo de atuaçâo desses aplicativos mesmo após a fim da pandemia da Covid-19, com um potencial enorme de ajuda a pessoas que antes nao teriam acesso a medicina preventiva e a um acompanhamento geriátrico rotineiro
Recebido/Submission: xx/05/2021
Aceitaçao/Acceptance: xx/07/2021
Referencias
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Abstract
A partir da triangulaçâo dos dados primários, da revisâo da literatura e do levantamento de dados estatísticos secundários, foi possível perceber que nao existe relaçâo positiva entre o grau de instruçâo dos usuários de smartphones e a confiabilidade imposta nas soluçoes mobiles disponibilizadas por Órgaos Públicos e privados, além dos dispositivos colaborativos, o que caracteriza a potencialidade e acessibilidade deste instrumento para a gestao remota da saúde em tempos de restriçoes sanitarias de contato social. Abstract: The unfolding of the Covid-19 Global Crisis directly impacted healthcare organizations around the world, leveraging technological innovations focused on care and remote medical monitoring, being important tools for crisis management. From the triangulation of primary data, the literature review, and the survey of secondary statistical data, it was possible to realize that there is no positive relationship between the level of education of smartphone users and the reliability imposed on mobile solutions made available by public and private agencies, as well as collaborative devices, which encourages the characterization of the potentiality and accessibility of this instrument for remote health management in times of sanitary restrictions on social contact. Keywords: Smartphone Applications; Remote Health Monitoring; Reliability; Crisis Management. 1.Introduçao A crise na saúde mundial causada pela propagaçao pandémica do vírus da Covid 19 vem marcando a humanidade de forma devastadora, produzindo desafios no gerenciamento de um cenário hostil e intimidador.
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1 Universidade Estácio de Sá - Programa de Mestrado Profissional - MADE/UNESA
2 Universisdade Estadual do Rio de Janeiro - UERJ