It appears you don't have support to open PDFs in this web browser. To view this file, Open with your PDF reader
Abstract
As eleições brasileiras de 2018, 2020 e 2022 foram marcadas por atos (principalmente os de fala) agressivos e violentos vindos dos candidatos e reproduzidos por eleitores. Tais atos frequentemente tinham como objeto atacar o campo ideológico oposto na intenção de conseguir voto e engajamento. Mas será que tais estratégias discursivas são efetivas? Tentando responder essa questão, neste estudo, buscamos analisar em que medida o autoritarismo e o discurso político violento influenciaram a intenção de voto e o engajamento em campanha de candidatos com discurso de direita. Para tanto, foi realizado um experimento com vinhetas entre 273 sujeitos da região metropolitana do Estado do Rio de Janeiro, os quais foram divididos em dois grupos aleatorizados por meio do propensity score matching: um grupo de controle cujo texto remete a um discurso não violento; outro de controle, cujo texto possui tom mais violento. Os resultados apontam que o discurso político violento reduz a intenção de voto, mas, quando mediado pela intenção de voto, o discurso político violento gera maior engajamento na campanha do candidato. Por fim, os resultados indicam que os eleitores com maior grau de autoritarismo tendem a se engajarem mais e terem maior intenção de voto, assim como eleitores com maior o interesse por política tendem a se engajarem mais.