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Abstract
As organizações lidam com grupos heterogêneos de diferentes gerações, cujas características e experiências moldam suas atitudes e valores. A gestão eficaz dessas gerações no mercado de trabalho proporciona vantagens competitivas. Pesquisas sobre o tema são relevantes devido às diferenças entre as gerações e à divergência entre os pesquisadores sobre as mesmas. Este artigo tem como objetivo sistematizar a produção científica recente e nacional sobre a geração Y, identificando consensos e dissensos sobre o tema. A metodologia adotada consistiu numa revisão sistemática da literatura, incluindo uma busca abrangente de artigos no portal de periódicos CAPES e em eventos acadêmicos, com critérios de inclusão e exclusão definidos, resultando em 76 textos selecionados para análise. Foram estabelecidas categorias de análise para identificar convergências e divergências sobre a Geração Y no contexto do mundo do trabalho. A revisão da literatura aponta que a maioria das pesquisas é baseada em estudos estrangeiros, o que pode comprometer sua aplicação no contexto brasileiro. Boa parte das amostras envolve universitários de grandes centros urbanos, o que não reflete a realidade de todo o País. Além disso, há divergências na delimitação temporal da Geração Y. No que diz respeito às potencialidades dessa geração no ambiente de trabalho, há convergência em relação à busca por desafios, habilidade em trabalhar em equipe e criatividade. Também é destacada a importância de um ambiente colaborativo e o valor atribuído à diversidade. Por outro lado, os desafios na gestão dos profissionais da Geração Y incluem a busca por progressão rápida na carreira, a necessidade de reconhecimento e a dificuldade em lidar com hierarquia e autoridade. Quanto às expectativas, destacam-se o equilíbrio entre vida pessoal e profissional, o crescimento acelerado das organizações e a remuneração adequada. Foram identificados dissensos em relação ao perfil profissional, às expectativas e, principalmente, à caracterização homogênea retratada na literatura. Partindo desses achados, uma sugestão para pesquisas futuras é ampliar a investigação da Geração Y para incluir geografias diversas, levando em conta a diversidade regional e cultural existente. Além disso, é importante incluir pessoas com menor poder aquisitivo e acesso limitado à tecnologia, a fim de enriquecer os estudos e obter uma compreensão mais abrangente dessa geração ou, mais adequadamente, das muitas gerações Y que coexistem no País.