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Abstract
O diário de Anne Frank cartografa um singular instante de produção de subjetividade individual, institucional e coletiva. Nessa ambiência de relações entre realidade ideal e realidade possível, trataremos de agenciamentos de subjetivação que parecem ser embasados por espacialidades pelas quais os actantes são determinados, mas que também são capazes de transformar os lugares e não lugares (Augé, 2000), nos quais estão inseridos. Dessa forma, a rostidade (Deleuze & Guattari, 1996) de Anne Frank é processada em seu diário/testemunho nos entrelugares entre estratégias da história e da ficção. Perceberemos, na performance textual da adolescente judia em seu Anexo Secreto, constituições pontuais e deslocamentos constantes de uma possível identidade rizomática (Deleuze & Guattari, 1995) movida pelo que se aproximaria da heterotopia de desvio (Foucault, 2001). Tais espacialidades vivenciadas e narradas dialogam também com a compleição diaspórica (Hall, 2003), capaz de possibilitar ao sujeito condições de heterogeneizar pertencimentos existenciais sob iminentes riscos de destruição para contextos capazes de ativarem mecanismos de sobrevivência, de tolerância e de manutenção de condições básicas de existência.