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RESUMO
Este artigo apresenta urna revisäo dos principáis desenvolvimentos e marcos na evoluçâo do International Accounting Standards Committee (IASC), seguida pela evoluçâo do International Accounting Standards Board (IASB). Na conclusäo, säo sugeridos cinco desafíos enfrentados pelo IASB.
Palavras-chave: IASC. IASB. IAS. IFRS. Normalizaçâo. Regulamentaçâo.
1 INTRODUÇÃO
Nos últimos anos, a maioria dos estudiosos na área da contabilidade tem acompanhado de perto o International Accounting Standards Board (IASB) e a produção de suas Normas Internacionais de Relatórios Financeiros (IFRS). Em sua curta existência, desde 2001, o IASB redesenhou substancialmente o mapa mundial das informações financeras empresariais. Entretanto, foi o International Accounting Standards Committee (IASC), durante seus 27 anos, de 1973 a 2000, que serviu de palco para o IASB, que, por sua vez, nasceu do IASC1. Mostra-se oportuno esboçar urna perspectiva histórica que possa lançar luz sobre o IASB de hoje. Neste artigo serão enfocados os principais desenvolvimentos e marcos nesses 37 anos da su a evolução, sugerindo alguns dos desafios que o IASB enfrenta hoje.
A história contada neste artigo baseia-se em pesquisas históricas. Tal investigação raramente produz explicações simples e claras das causas e efeitos e dos motivos para eventos e desenvolvimentos. Apesar disso, procurei utilizar os frutos desta pesquisa para explicar a evolução em forma de história, porém, com apartes e eventuais qualificações e digressões para revelar mais que duas dimensões. Darei maior destaque aos primeiros que aos últimos anos, não somente porque é mais difícil obter urna perspectiva histórica de eventos e desenvolvimentos muitos recentes, mas, também, porque o IASB recebeu muito mais atenção de um público mais amplo nos últimos anos.
A evolução do IASC e IASB é a história de um órgão de normalização contábil internacional do setor privado que conseguiu ganhar respeito e apoio, inicialmente das entidades contábeis nacionais, seguidas pelos órgãos de normalização nacionais e, finalmente, pelos reguladores dos principais mercados de capitais e dos ministérios governamentais, além dos preparadores e usuários de demonstrações contábeis ao redor do mundo. Parte de seu sucesso deve-se ao timing: era o único órgão competente de normalização contábil internacional no final dos anos 1990, quando a União Europeia (UE) se debruçava sobre a criação do mercado de capitais interno e a Comissão Europeia estava em busca de urna alternativa aos...