ABSTRACT
As the work market matures, one of the areas that grow in importance and opportunities is the information technology field. The objective of this paper is to check if the universities and other tertiary education institutions in Rio Grande do Sul (a Southern state in Brazil) offer suitable education with respect to market demands concerning informatics knowledge and alike. In order to achieve that, a descriptive research was carried out, based on a survey and documental evidence. Data colection took place by means of direct contact with the coordinators of undergraduate programs in the field and the National Institute for Educational Studies and Research. Only those courses that have IT in their core were considered for the study, among which Computer Science, Computer Engineering, Information Systems and Computing Teaching. Results show that tertiary education institutions are concerned about market demands in Rio Grande do Sul, as the areas of knowledge that are most demanded are precisely those that are emphasized in the curricula. It should be highlighted that tertiary institutions, especially private ones, use tools to monitor the professional performance of their alumni, by means of a formal follow up program, with the purpose of publicizing success cases as a marketing effort.
Keywords: work market; information technology; tertiary education.
RESUMO
Com a evoluçao do mercado de trabalho, uma das áreas que cresce em importância e oportunidades é o segmento de tecnologia da informaçao. O objetivo principal deste trabalho é identificar se as instituées de ensino superior do estado do RS oferecem uma formaçao acadêmica adequada às exigências do mercado de trabalho na área de informática e afins. Para atingir este objetivo, foi realizada uma pesquisa descritiva e optou-se pela técnica de levantamento (survey) e pela pesquisa documental. Para a coleta de dados foram utilizados dados primários, obidos junto aos coordenadores dos cursos da área de computaçao ofertados no RS e pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais. Neste trabalho, somente foram considerados os cursos de bacharelado em Ciência da Computaçao, Engenharia da Computaçao, Sistemas de Informaçao e Licenciatura em Computaçao. Os resultados obtidos indicam que as instituiçôes de ensino superior parecem estar atentas às exigências do mercado de trabalho no estado, visto que as áreas de conhecimento mais exigidas sao as que têm maior importância nas grades curriculares dos cursos. Destaca-se também que as instituiçôes, em especial as privadas, utilizam ferramentas de monitoramento do desempenho profissional, por meio de um sistema formal de acompanhamento de seus egressos visando a divulgar casos de sucesso como forma de publicidade.
Palavras-chave: mercado de trabalho; tecnologia da informaçao; formaçao superior.
1 INTRODUÇÂO
Com as transformaçoes ocorridas no mercado de trabalho, uma das áreas que cresce em importância e oportunidades é o segmento de tecnologia da informaçao (TI). Esta área no senso comum é confundida com uso de computadores e/ou informática, mas segundo Laudon e Laudon (2007), a tecnologia de informaçao contemporánea vai além do computador isolado e abrange as redes de comunicaçoes, equipamentos e demais aplicaçoes multimídia e de comunicaçao em vídeo. Esta área está estritamente ligada à chamada era da informaçao ou do conhecimento, que alguns autores consideram ser mais importante que todas as anteriores (CASTELLS, 1999). Assim sendo, nada mais se faz sem informaçao. A TI tornou-se uma infraestrutura básica para a sociedade e economia atuais (PASTORE, 2008).
Este mercado de trabalho, juntamente com os demais negocios da área de tecnologia da informaçao, é um dos que mais cresce e oferece melhores perspectivas futuras. A oferta de empregos no setor de TI cresce quase 7% ao ano, quatro vezes mais que o índice de crescimento total do mercado de trabalho no Brasil técnica (PITOL; ZANATTA, 2009).
Desta forma o objetivo principal deste trabalho é identificar se as instituiçoes de ensino superior do Estado do Rio Grande do Sul oferecem uma formaçao académica adequada às exigências do mercado de trabalho, na área de computaçao. Ainda como objetivos específicos busca-se, identificar se a oferta de cursos, conforme perfis estabelecidos por entidades como a Sociedade Brasileira de Computaçao (SBC) e órgaos governamentais como o Ministério da Educaçao (MEC), está condizente com as exigências do mercado de trabalho - embora reconheça-se que as instituiçoes de ensino superior tém outras finalidades, além de formar mao-de-obra para o mercado de trabalho - e verificar se ferramentas de monitoramento da aceitaçao de seus egressos pelo mercado de trabalho é utilizada pelas instituiçoes de ensino superior.
Nos próximos tópicos serao abordados a revisao bibliográfica, a metodologia utilizada, serao apresentados e discutidos os resultados e, finalmente, tecidas as conclusoes do trabalho, indicando suas limitaçoes e fornecendo sugestoes para trabalhos futuros.
2 REFERENCIAL TEÓRICO
Neste tópico, aborda-se o referencial teórico que sustenta o desenvolvimento do trabalho. Os temas abrangem mercado de trabalho, a área de Tecnologia da Informaçao (TI) e a educaçao superior como formadora e/ou qualificadora de mao-de-obra.
2.1 MERCADO DE TRABALHO
O mercado de trabalho, segundo Offe e Hinrich (apud ARAÚJO; ALBUQUERQUE; SILVA, 2009), configura-se como a principal instância na qual o sistema produtivo procura ser provido com o trabalho necessário para a geraçao de riqueza. Os individuos detentores da força de trabalho buscam meios monetários (salário e demais benefícios) e sociais (status) para assegurar sua sobrevivência. Os autores (acima citados) organizam esta relaçao contrapondo os que ofertam a força de trabalho com aqueles que a estao demandando.
O funcionamento do mercado de trabalho é de vital importância para o desempenho de uma economia. Níveis salariais, taxas de emprego/desemprego, desigualdades de renda, incrementos de produtividade, investimentos em qualificaçao, bem como o grau de conflito entre os diversos atores, sao algumas das variáveis que devem ser consideradas. A relaçao entre elas é influenciada por forças políticas, económicas e legais (ARAÚJO; ALBUQUERQUE; SILVA, 2009).
Segundo Araújo (2006), o mercado de trabalho sofreu alteraçoes em suas características com o transcorrer do tempo, de forma coerente com as transformaçoes ocorridas na sociedade. Para o autor acima citado após a revoluçao industrial, vigorou um sistema de produçao concentrado na padronizaçao das atividades, forte determinaçao de padroes de produçao e ênfase no controle e autoridade no ambiente de trabalho. Diversas alteraçoes económicas, políticas e tecnológicas mundiais impactaram este cenário. As modificaçoes sempre remeteram sua configuraçao para uma diminuiçao da importância da força bruta em detrimento do trabalho intelectual. Assim em meados da década de 1950, pela primeira vez o número de trabalhadores "intelectuais" ultrapassou os "braçais" (ARAÚJO, 2006).
Neste contexto emerge a era da informaçao, concomitantemente, com a era do conhecimento. Consequentemente, surge uma diversidade de categorias profissionais que modificam a estrutura do mercado de trabalho. A intensa penetraçao de novas tecnologias, novos padroes de qualidade e produtividade na sociedade causaram grande impacto no mercado de trabalho. Alguns autores, como Castells (1999), comentam sobre uma "terceira revoluçao industrial" e definem algumas tendências para esta nova fase, tais como o aumento da produtividade vinculada ao conhecimento, prestaçao de serviços com maior importância, reduçao do emprego rural e industrial, entre outras transformaçoes.
Todas estas mudanças deram origem a uma nova economia, chamada "economia digital", que aborda os novos negócios vinculados ao uso das novas tecnologias, em especial tecnologias de informaçao e comunicaçao. Nesta nova economia emerge um novo mercado de trabalho, o chamado mercado de trabalho na área de tecnologia da informaçao ou TI (CASTELLS, 1999).
Em entrevista a revista Época, Bill Gates fundador da Microsoft alerta que os computadores e, em especial, a Internet transformaram o mundo (ÉPOCA, 2010). Mas seu impacto definitivo será ainda maior. Seu papel será mais importante na educaçao, nos negócios, nos governos e na sociedade em geral. Para competir e vencer nesta nova realidade, os países, organizaçoes e indivíduos precisam concentrar-se em aumentar o potencial produtivo, por meio de sua força de trabalho. Uma maneira de fazer isso, se nao a melhor, é investir na tecnologia da informaçao, que é capaz de aprimorar a capacidade de trabalho. A tecnologia da informaçao e a educaçao sao críticas na geraçao de oportunidades na economia do conhecimento (ÉPOCA, 2008).
2.1.1 Mercado de trabalho na área de TI
Desde que surgiram comercialmente, na década de 1950, os computadores provocaram grandes transformaçoes no cenário das organizaçoes e na sociedade em geral (TECMUNDO, 2011). Uma destas mudanças, sem dúvida, foi o surgimento de diversas profissoes até entao impensáveis dentro do mercado de trabalho, com o desenvolvimento tecnológico, popularizaçao dos computadores (microcomputadores ou computadores pessoais) e surgimento de novas aplicaçoes.
Embora muitas destas profissoes estejam estritamente vinculadas a competéncias e habilidades técnicas, alguns profissionais desta área necessitam de outros conhecimentos para desempenhar suas atividades, em especial, quando estas funçoes tém como principal objetivo alinhar a área de TI com objetivos organizacionais.
Esta diversidade de funçoes, ou ocupaçoes, na área de TI pode ser comprovada por meio da classificaçao brasileira de ocupaçoes (CBO, 2010). Pode-se exemplificar com a funçao de analista, que se desmembra em diversas ocupaçoes: analista de sistemas (informática), analista de sistemas para Internet, analista de sistemas web (webmastef), analista de suporte de banco de dados, analista de aplicativo básico (software), entre outras. Esta mesma diversidade de funçoes pode ser encontrada para outras da área de TI, tais como engenheiros, que podem ser engenheiros de sistemas computacionais (aplicativos), engenheiros de sistemas computacionais (equipamentos), engenheiros de software computacional básico, engenheiros de softwares computacionais entre outros (CBO, 2010).
A vigésima segunda pesquisa anual realizada pelo Centro de Tecnologia de Informaçao Aplicada (CIA) da FGV-EAESP revela a grande expansao da área de tecnologia da informaçao (MEIRELLES, 2011):
- em 1988 as empresas gastavam 1,3% do faturamento líquido em TI, atualmente gastam 6,7%;
- em 1988 as empresas tinham um teclado para cada vinte funcionários. Atualmente esta relaçao é de um teclado para cada 1,5 funcionários;
- em 1988, existia aproximadamente um milhao de microcomputadores no Brasil. Atualmente existem aproximadamente sessenta e quatro milhoes, devendo este número ser de 140 milhoes em 2014.
De acordo com os números, percebe-se que sao grandes as oportunidades para os profissionais que procuram atuar neste mercado de trabalho. Estas deverao aparecer tanto no segmento empresarial (pessoas jurídicas) como junto às pessoas físicas. Ainda conforme a pesquisa, o ritmo de cres- cimento das vendas de computadores é maior entre as pessoas físicas e que fatores como educaçao e renda influem positivamente neste sentido.
Segundo Pastore (2008), o mercado de trabalho na área de TI deve crescer mundialmente e os brasileiros devem estar preparados para ocupar este importante espaço de atuaçao econômica. Segundo este autor, alguns números e indicativos apontam as oportunidades e desafios neste setor:
- grande utilizaçao de mao-de-obra na modalidade de terceirizaçao (outsourcing) e até mesmo de terceirizaçao em outros países (offshoring), pois este setor se beneficia do fato que seus produtos nao precisam ser transportados por aviao ou navios e nao passam em alfândegas;
- necessidade de trabalhadores qualificados e com fluência em língua inglesa;
- grandes players mundiais estao fugindo da concentraçao de maode-obra em países desenvolvidos e isto pode beneficiar o Brasil.
Por outro lado, Pastore (2008) reconhece que alguns países, também em desenvolvimento, como a Índia têm uma vantagem em relaçao ao Brasil, que é a fluência da populaçao na língua inglesa, que é um dos requisitos fundamentais para a ocupaçao de vagas neste segmento.
No Brasil o mercado de informática, acompanhando o crescimento da economia como um todo, aliado a outros fatores como câmbio favorável, incentivos às indústrias de software (pela reduçao de tributos) e também a indústria do hardware (o governo reduziu os tributos para quem estiver disposto a fabricar tablets no país), favorecem o crescimento deste mercado com números acima da média mundial (COMPUTERWORLD, 2011). Uma pesquisa realizada sobre as vendas de computadores no Brasil no primeiro trimestre de 2011 aponta que houve um acréscimo de 33% nas vendas em relaçao ao mesmo período de 2010 (IDC, 2011). A pesquisa também revela que estes números já colocam o Brasil na quarta posiçao mundial na comercializaçao de computadores, ficando atrás apenas dos Estados Unidos, China e Japao.
Dentre as regiôes que mais se destacam neste contexto está a regiao Sul, que tem se tornado um importante pólo de investimento da indústria de tecnologia de informaçao. Isso se deve principalmente à busca de empresas clientes de pequeno e médio porte - abundantes nesta regiao, ao bom desempenho do agronegócio e à mentalidade empresarial local, acostumada a lidar com projetos de informática e que visualizam a TI como importante aliado na gestao do negocio (FILOMENA, 2008).
Além dos fatores citados, diversas universidades desta regiao têm desenvolvidos projetos de polos e parques tecnológicos, como, por exemplo, o parque tecnológico da Pontificia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS), em Porto Alegre, ganhador de diversos prêmios nacionais por sua reconhecida importância e excelência de atuaçao. Outras universidades como a Universidade do Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS), em Sao Leopoldo, também criou seu pólo tecnológico (TECNOSINOS, 2008).
Muitas vagas ofertadas no mercado de trabalho na área de tecnologia de informaçao (TI) nao sao ocupadas. Segundo algumas entidades como o Sindicato das Empresas de Informática do Rio Grande do Sul (SEPRORGS), Associaçao das Empresas Brasileiras de Tecnologia da Informaçao (ASSES-PRO) e Associaçao Sul-Riograndense de Apoio ao Desenvolvimento de Software (SOFTSUL), o mercado de trabalho exige profissionais com conhecimentos técnicos específicos em ferramentas que sofrem constante atualizaçao tecnológica. De forma concomitante, as exigências técnicas das organizaçôes também estao a exigir profissionais com habilidades e capacidades que vao além do conhecimento técnico da área. Estas devem ser agregadas com conhecimentos complementares à sua formaçao acadêmica e/ou técnica (PITOL; ZANATTA, 2009).
A regiao sul do Brasil, em especial o Rio Grande do Sul, sofre com a carência de mao-de-obra qualificada. Verifica-se a falta de profissionais em todos os niveis do mercado (tanto universitários como técnicos nao universitários). Segundo as entidades acima citadas os maiores problemas (ou gargalos) estao na formaçao de profissionais para a área de desenvolvimento de software especialista em consultoria para sistemas de gestao, também conhecidos como Enterprise Resource Planning (BAGUETE, 2011).
É evidente que o mercado tende a seguir crescendo, pois o mercado nacional deve manter seus niveis de crescimento económico e de educaçao e, desta forma, algumas medidas devem (ou deveriam) ser adotadas pelos diversos integrantes deste mercado (COMPUTERWORLD, 2011; IDC, 2011). Neste contexto as instituiçôes de ensino superior têm um papel importante, pois boa parte da formaçao da mao-de-obra para o mercado de trabalho é uma tarefa reservada a estas organizaçôes.
2.2 EDUCAÇÂO SUPERIOR COMO FORMADORA E/OU QUALIFICADORA DE MÄO-DE-OBRA
Segundo Pastore (2010) nao restam dúvidas que o desenvolvimento de um pais está atrelado ao nivel de educaçao e qualificaçao de sua força de mao-de-obra. Uma das opçôes para educar pessoas/profissionais e também qualificar mao-de-obra é a formaçao educacional no nivel superior.
Este sentimento nao é apenas brasileiro, pois de acordo com pesquisa da Unesco (apud NEVES; RAIZER; FACHINETTO, 2007) a segunda metade do século passado passará para a história do ensino superior pela extraordinária expansao deste setor. O número de matriculas de estudantes em escala mundial passou de 13 milhôes em 1960 para 82 milhôes em 1995. Há uma demanda crescente por ensino superior e um reconhecimento de sua importância estratégica para o desenvolvimento económico e social. Generaliza-se a convicçao de que o desenvolvimento requer cada vez mais a ampliaçao do nivel de escolaridade da sociedade (CORSEUIL et al., 2010).
Embora o mercado de trabalho necessite de outras habilidades e competências que nao somente as advindas das formaçôes em instituiçôes superiores, a formaçao oferecida por estas ainda é um importante balizador para o mercado de trabalho. Esta afirmaçao pode ser corroborada pela pesquisa realizada pelo Sindicato das Entidades Mantenedoras de Ensino Superior do Estado de Sao Paulo (SEMESP). Esta pesquisa (SEMESP, 2008) revela que cresce a importância da opçao pelo ensino superior para a empregabilidade e a evoluçao profissional dos jovens. Esta opçao possibilita maior mobilidade social e aumento de renda. Ainda, segundo esta pesquisa, 72% dos entrevistados tiveram aumento de salário e 69% mudaram de cargo após concluírem o curso superior.
Identificar competéncias e habilidades requeridas a um profissional é um processo complexo e desafiador quando se aborda uma nova profissao no cenário do mercado de trabalho, especialmente na área de tecnologia da informaçao, pois esta profissao, além de ser relativamente nova, ainda nao é regulamentada (CAMPOS, 2010). Com o crescente desenvolvimento tecnológico e as inúmeras áreas de atuaçao possíveis, torna-se cada vez mais difícil definir o perfil dos profissionais desta área, fato que reforça a importância da formaçao e/ou ensino superior (NETO; ANIDO, 2009).
O governo federal brasileiro tem realizado grandes investimentos, quer de forma direta em instituiçoes públicas, quer indireta (bolsas e linhas de financiamentos) em instituiçoes privadas, visando a aumentar o número de indivíduos com acesso ao ensino superior, bem como melhorar a sua qualidade (SEMESP, 2008). Em 1999, existiam no Brasil aproximadamente 150 cursos na área de computaçao, segundo o censo da educaçao superior, realizado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisa (INEP) em 2008, o qual registrou mais de 320 cursos nesta área (INEP, 2011). Estes dados sao uma evidéncia de que as organizaçoes, tanto públicas como privadas, estao atentas as oportunidades deste mercado de trabalho e tentam acompanhar suas demandas.
3 METODOLOGIA
Neste tópico, apresentam-se os procedimentos metodológicos utilizados no trabalho. Justifica-se a estratégia de pesquisa utilizada, procedimentos para a coleta de dados e, finalmente, o instrumento de pesquisa.
3.1 ESTRATÉGIA DE PESQUISA UTILIZADA
Utilizou-se o levantamento do tipo "survey", para a interaçao com os coordenadores, o qual, segundo Pinsonneault e Kraemer (1993), requer informaçoes padronizadas do assunto estudado. Essas informaçoes podem ser relativas a indivíduos, grupos, organizaçoes ou comunidades, ou também projetos, aplicaçoes ou sistemas. O principal meio de coleta de dados é por questoes pré-definidas e estruturadas cujas respostas constituem o dado a ser analisado.
O trabalho também fez uso de pesquisa documental. Segundo Marconi e Lakatos (2007), caracteriza-se quando sua fonte de coleta de dados está restrita a documentos. Estes podem ser de fontes públicas, particulares ou estatísticas. Neste trabalho foram utilizadas as fontes de documentos oficiais, de instituiçoes privadas e documentos com informaçoes estatísticas, oriundos da Sociedade Brasileira de Computaçao (SBC), do Ministério da Educaçao e Cultura (MEC) e das páginas dos cursos (sítios) onde foram verificados os Projetos Pedagógicos dos Cursos (PPC) e Planos de Desenvolvimento Institucionais (PDI). Deve-se ressaltar que nem todos os PPCs e PDIs estavam disponíveis nas páginas (sítios) dos respectivos cursos. Estes documentos foram acessados para verificar se o perfil do curso era coerente com o perfil sugerido pela SBC e pelo MEC, fato que também foi motivo de questionado aos coordenadores dos cursos analisados.
Nascimento (2001) afirma que quando o pesquisador utiliza documentos objetivando extrair dele informaçoes, ele o faz investigando, examinando, usando técnicas apropriadas para seu manuseio e análise. Nisso, segue etapas e procedimentos, organiza informaçoes a serem categorizadas e posteriormente analisadas. Para fins deste trabalho foram utilizadas para análise de documentos técnicas de categorizaçao conforme Bardin (2009).
3.2 PROCEDIMENTOS PARA A COLETA DE DADOS
A escolha de quais PPCs seriam consultados foi realizada com base em uma amostragem por conveniência, ou seja, a possibilidade do acesso a estes documentos por meio da página na Internet (sítio) de cada curso. A acessibilidade foi o critério que norteou a escolha, nesse caso.
Quanto à coleta de dados, esta se valeu de dados primários, que sao definidos como aqueles coletados especialmente para atender às necessidades da pesquisa (GIL, 2010). Desta forma foram coletadas informaçoes junto aos coordenadores dos cursos da área de computaçao ofertados no Rio Grande do Sul e o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (INEP, 2011).
É importante destacar que no Rio Grande do Sul há 41 instituiçoes de ensino superior, sendo uma pública estadual, nove públicas federais e as demais comunitárias ou privadas com fins lucrativos, dentre as quais constatou-se que 31 oferecem cursos da área de computaçao, sendo que algumas oferecem mais de um curso da área.
Neste trabalho, somente foram considerados os cursos de Ciências da Computaçao, Engenharia da Computaçao, Sistemas de Informaçao e Licenciatura em Computaçao. Esta escolha se justifica, pois segundo dados do censo da educaçao superior (INEP, 2011) e da Sociedade Brasileira de Computaçao (SBC, 2008), estes quatro cursos sao responsáveis por mais de 95% dos egressos de cursos superiores da área. Destaca-se que, nos últimos anos, a demanda por outros cursos superiores, tais como, Segurança da Informaçao, Desenvolvimento de Sistemas WEB, Jogos Digitais, Tecnologias Digitais, em especial tecnólogos, também aumentou de forma considerável.
Ainda segundo as fontes analisadas a oferta de cursos de ensino de graduaçao a distância cresceu aproximadamente três vezes mais que a oferta de cursos de graduaçao presenciais na última década (INEP, 2011; SBC, 2008). Entretanto, na área de computaçao ou tecnologia da informaçao, a procura por estes cursos é pequena devido a características peculiares como a grande necessidade de interaçao entre docentes, discentes e equipamentos e/ou ferramentas. Desta forma nao foram considerados neste trabalho os cursos de graduaçao a distância.
Acessando a página na Internet de cada instituiçao foram identificados 49 cursos (diversas instituiçôes oferecem dois ou até três dos quatro cursos objetos deste estudo) e informaçôes dos respectivos coordenadores (nome e endereço eletrônico). No Quadro 1 apresenta-se a distribuiçao dos cursos.
Para a coleta de dados foram enviadas mensagens eletrônicas para todos os coordenadores, contendo um texto explicativo sobre o trabalho acompanhado do instrumento de pesquisa (questionário).
Dos 49 cursos pesquisados, em cinco nao foi possível identificar o coordenador e, consequentemente, realizar contato, apesar das diversas tentativas de contato por correio eletrônico com a instituiçao de ensino. Sendo assim, o questionário foi enviado para 44 coordenadores, e obtevese a resposta de 24 coordenadores. Destaca-se que dos 24 respondentes, vinte foram de instituiçôes privadas e apenas quatro de instituiçôes públicas.
Deve-se ressaltar que diversas instituiçôes têm campi distribuidos, com cursos às vezes duplicados, ou seja, o mesmo curso é ofertado em dois ou mais campi. Neste caso foi considerado apenas um curso e realizado o contato com o coordenador de apenas um campus. Este procedimento foi adotado, pois neste caso o perfil, objetivos e demais características do curso sao as mesmas em todos os campi.
Estes cursos duplicados nao foram computados nos totais de cursos, desta forma uma instituiçao que oferte o curso de Sistemas de Informaçao em diversos campi teve o curso computado apenas uma vez.
3.3 INSTRUMENTO DE PESQUISA
Quanto ao instrumento de pesquisa, este foi desenvolvido a partir das conclusôes do trabalho de Pitol e Zanatta (2009). Neste trabalho realizouse um estudo que teve como resultado a formaçao de um banco de dados que registrou as ofertas de emprego na área de TI no Rio Grande do Sul. Durante um ano foram registradas todas as vagas ofertadas no caderno de empregos dominical do jornal Zero Hora, sendo este jornal o de maior circulaçao no estado. A partir dos resultados deste trabalho, procurou-se verificar se as necessidades do mercado de trabalho (explicitas no perfil das vagas oferecidas) estao sendo atendidas pela formaçao oferecida pelas instituiçoes de ensino superior do Rio Grande do Sul no que tange aos seus cursos da área de computaçao.
No Quadro 2, apresenta-se a descriçao das questoes, justificativas e objetivos inseridas no instrumento de pesquisa deste trabalho.
O questionário era composto por questoes fechadas e uma questao aberta que foi oferecida para que os coordenadores realizassem consideraçoes que julgassem pertinentes sobre a composiçao de seu curso e que pudessem ser importantes para o trabalho.
Destaca-se que foi realizada a validaçao do instrumento com quatro profissionais da área, sendo dois atuais coordenadores de cursos e dois ex-coordenadores. Com base nesse pré-teste foram feitas algumas modificaçoes no questionário até sua versao final. Segundo Gil (2010), o instrumento deve passar por uma prova preliminar, cuja finalidade é assegurar clareza e precisao dos termos, forma, ordem e/ou desmembramento das questoes e introduçao ao questionário.
A pesquisa foi de corte transversal, uma vez que os dados foram coletados em um dado momento no tempo, nao havendo intençao de avaliar/monitorar suas variaçoes no decorrer do tempo.
4 RESULTADOS E DISCUSSÖES
Um dos objetivos do trabalho era identificar se a oferta de cursos, conforme perfis estabelecidos por entidades como a Sociedade Brasileira de Computaçao (SBC) e órgaos governamentais como o Ministério da Educaçao (MEC), estava condizente com as exigências do mercado de trabalho. Este objetivo foi atingido comparando-se as necessidades do mercado com os currículos de referência estabelecidos pelos órgaos/entidades acima citados.
No trabalho de Pitol e Zanatta (2009), a área de conhecimento mais solicitada pelo mercado era relacionada com desenvolvimento de software com cerca de 48% das ofertas (programador, analista de sistemas, desenvolvedor e projetista de software, entre outras).
A partir da leitura de documentos disponíveis nos sítios (páginas da Internet) da SBC e do MEC, póde-se perceber que, dentre os quatro cursos alvo deste trabalho, o curso de Sistemas de Informaçao é o que tem o perfil mais próximo destas demandas. Conforme consta no documento da SBC, na definiçao do perfil do egresso dos cursos de bacharelado em Sistemas de Informaçao, uma das habilidades esperadas, se nao a principal, é:
desenvolvimento e evoluçao de sistemas de informaçao e da infraestrutura de informaçao para uso em processos organizacionais, departamentais e/ou individuais. Esta área corresponde à implementaçao das estratégias de tecnologia da informaçao alinhadas às estratégias de negócio, implicando na concretizaçao nos níveis tático e operacional das soluçoes necessárias à inovaçao e flexibilidade organizacionais. Nesta área o profissional de Sistemas de Informaçao atuará prioritariamente no desenvolvimento, implantaçao, gestao e evoluçao dos sistemas de informaçao e da infraestrutura de tecnologia da informaçao no âmbito organizacional, departamental e/ou individual de acordo com o alinhamento estratégico entre negócios e tecnologia da informaçao e dentro de uma perspectiva de melhoria contínua dos processos e produtos organizacionais.
A partir das informaçoes do Quadro 1, pode-se observar que, no Rio Grande do Sul, sao oferecidos dezenove cursos de Sistemas de Informaçao na modalidade presencial. Destes, dezessete em instituiçoes privadas e apenas dois em instituiçoes públicas. Este fato pode estar relacionado com a maior preocupaçao que as instituiçoes privadas têm em demonstrar para seu público alvo a empregabilidade que seus cursos proporcionam aos egressos.
Esta preocupaçao decorre do fato que estas instituiçoes, diferentemente das públicas, que têm sua sobrvivência financeira garantida por verbas governamentais, dependem de uma maior atratividade junto aos alunos interessados em ingressar em um curso superior, visando a obter maiores receitas e, consequentemente, maiores chances de sucesso.
No instrumento enviado para os coordenadores foram destacadas as áreas que mais tiveram ofertas de emprego, conforme o trabalho de Pitol e Zanatta (2009), sendo estas as seguintes: programaçao, analista/pro- jetista de software, tecnologias para web, professor, suporte e manutençao de hardware, desenvolvimento e projeto de hardware e redes. Os coordenadores tinham que pontuar quais as áreas tinham um enfoque maior em seus conteúdos curriculares.
A área mais pontuada foi a de analista/projetista de software, seguida da área de programaçao. Este fato é coerente com a maior oferta do curso de Sistemas de Informaçao e se ajusta à maior oferta de vagas de emprego pelo mercado de trabalho.
A crescente importância da Internet, sendo sua base tecnológica as redes de computadores, faz com que o mercado demande profissionais nestas áreas. Desta forma, a área de redes foi a terceira área mais pontuada pelos coordenadores, seguida pela área de tecnologias web.
As outras trés áreas demandadas pelo mercado (professor, suporte e manutençao de hardware, desenvolvimento e projetista de hardware e redes) sao coerentes com a oferta de cursos, visto que estas áreas sao competéncias dos cursos de Licenciatura e Engenharia de Computaçao. Contudo, tiveram menos pontuaçao que as demais, na análise dos coordenadores, sendo a de professor a menos pontuada.
Ainda, no trabalho de Pitol e Zanatta (2009), a área de conhecimento menos solicitada pelo mercado estava relacionada com a educaçao, ou seja, professores de computaçao. Apenas 4% das ofertas de trabalho eram para esta área.
Dos quatro cursos considerados neste trabalho, o curso de Licenciatura em Computaçao é a que, tipicamente, forma estes profissionais. Segundo o MEC (2011) estes cursos tem como objetivo principal preparar professores para formar cidadaos com competéncias e habilidades necessárias para conviver e prosperar em um mundo cada vez mais tecnológico e global e que contribuam para promover o desenvolvimento económico e social do país.
De outra parte segundo estatísticas da Sociedade Brasileira de Computaçao (SBC), publicada em 2008, os cursos de Licenciatura em Computaçao tiveram um crescimento em sua oferta de aproximadamente 20% nos últimos anos, embora estes representem aproximandamente 4% dos totais dos cursos da área de computaçao.
Convém ressaltar ainda que, no Rio Grande do Sul, apenas trés instituiçoes ofertam este curso e, segundo o coordenador de uma delas, o curso encontra-se em fase de extinçao, pois a instituiçao nao oferta mais vestibular ou outra forma de ingresso no curso.
Esta baixa oferta de cursos de Licenciatura pode estar relacionada com a crise que vive a educaçao brasileira, em especial relacionada com a remuneraçao (nao atrativa) para docentes (professores), o que acaba desestimulando a procura dos jovens por cursos de licenciatura, em todas as áreas (TARTUCE, NUNES e ALMEIDA; 2010).
Outra particularidade apontada no trabalho de Pitol e Zanatta (2009) é que uma parte das ofertas exigia o domínio de uma língua estrangeira, sendo o inglés praticamente a única citada. Desta forma, uma das questoes do instrumento foi verificar se as instituiçoes tinham esta interpretaçao do mercado de trabalho e como procuram atendé-la. Dos 24 respondentes, onze afirmaram que consta na grade curricular de seu curso a oferta de uma disciplina cujo conteúdo é a língua inglesa. Outros cinco afirmaram que esta disciplina é oferecida como disciplina optativa. Com isso, observa-se que as instituiçoes de ensino reconhecem a importância desta formaçao para seus académicos. Nenhuma das quatro instituiçoes públicas oferece uma disciplina de língua estrangeira (inglés) em seu currículo.
Diversos estudos já comprovaram a importância de uma instituiçao de ensino superior ter formalmente implementado um sistema de acompanhamento de egressos. Entre estes estudos, cita-se Pena (2000), que afirma que este sistema possibilita que a instituiçao analise a situaçao de seus egressos, bem como o seu desempenho profissional no mercado de trabalho.
Com relaçao à questao sobre se a instituiçao dispoe de um sistema formal de acompanhamento de egressos, dos 24 coordenadores respondentes, dez afirmaram que sim, ou seja, suas instituiçoes fazem uso deste recurso. Destaca-se que esses dez coordenadores sao de instituiçoes vadas. Além
fato já citado que pode explicar uma maior oferta dos cursos de Sistemas de Informaçao e Ciéncias da Computaçao pelas instituiçoes privadas, observa-se que, consultando os documentos da SBC e MEC, e em especial as sugestoes de diretrizes curriculares da SBC, fica evidente que o curso de Engenharia da Computaçao requer o suporte de melhores laboratórios, em virtude de que esses cursos: devem
trabalhar um conjunto de conteúdos básicos que suportam a formaçao tecnológica, coerentemente com a abrangéncia e profundidade com que cada conteúdo tecnológico deve ser trabalhado. Os conteúdos tecnológicos e básicos sao: Projeto de Sistemas Digitais; Projeto de Circuitos Integrados; Microeletrónica e Nanoeletrónica; Processamento Digital de Sinais; Comunicaçao de Dados; Sistemas de Controle; Automaçao de Projeto; Transdutores; Teoria dos Semicondutores; Teoria Eletromagnética; Eletrónica Digital; Eletrónica Analógica; Circuitos Elétricos; Eletricidade; Física. Estas
exigéncias encarecem o curso e este fato pode explicar o fato de só ser ofertado em cinco instituiçoes privadas, sendo nestas a preferencia pela oferta dos cursos de Sistemas de Informaçao e Ciéncias da Computaçao, conforme já relatado. Ao
final do questionário era permitido aos coordenadores realizarem alguma consideraçao que julgassem pertinente. Dos 24 respondentes, treze fizeram algum tipo de consideraçao. Dentre estas, a que mais chamou atençao foi a afirmaçao de diversos coordenadores sobre a a necessidade dos acadêmicos buscarem outros conhecimentos além dos ofertados regularmente nas grades curriculares, como forma de complementar sua formaçao e aumentar sua empregabilidade.
5 CONCLUSÖES
Verifica-se, que as instituiçôes de ensino superior, parecem estar atentas às exigências do mercado de trabalho no Rio Grande do Sul, visto que as áreas de conhecimento mais exigidas neste mercado sao as que têm maior importância nas grades curriculares dos cursos. Constata-se que até mesmo a oferta de cursos reflete isto, visto que segundo as recomendaçôes da SBC e do MEC, o curso de Sistemas de Informaçao é o que mais se aproxima do perfil de profissional exigido pelo mercado de trabalho, sendo este o curso mais oferecido e também aquele cuja oferta mais cresce entre as instituiçôes.
De outra parte, as instituiçôes também se mostraram atentas a outros fatores que o mercado julga importantes, como o dominio de outros idiomas, visto que é oferecido em suas grades curriculares o acesso a este conhecimento.
Destaca-se que as instituiçôes, em especial as privadas, utilizam ferramentas de monitoramento do desempenho profissional, por meio de um sistema formal de acompanhamento de seus egressos visando a divulgar casos de sucesso como forma de publicidade.
Os resultados também mostraram que, na área de tecnologia da informaçao ou computaçao, também está presente a crise enfrentada no pais pela opçao por licenciaturas. Este curso é a menos frequente e enfrenta reduçao de oferta no Rio Grande do Sul.
Por fim, ressalta-se a diferença no perfil de cursos oferecidos entre as instituiçôes públicas e privadas. Nas públicas há uma predominância de cursos de Engenharia da Computaçao e Ciências da Computaçao, enquanto nas instituiçôes privadas predominam os cursos de Ciências da Computaçao, mas especialmente os cursos de Sistemas de Informaçao. Entre os fatores que balizam esta oferta estao os custos para a oferta destes cursos e maior atençao (interesse) em oferecer ao mercado, profissionais com maior empregabilidade.
Uma limitaçao deste trabalho é o fato de ter sido utilizada uma única fonte de referência para balizar a oferta de vagas de trabalho no mercado de tecnologia da informaçao (um jornal de circulaçao em todo o estado), embora o período de coleta de dados tenha sido longo, para procurar evitar distorçôes sazonais. Caso se dispusesse de mais tempo, talvez pudessem ser obtidas informaçôes adicionais dos coordenadores, enriquecendo ainda mais as conclusôes do estudo.
Outra limitaçao é o fato de os dados utilizados (dados nacionais sobre os cursos da área de computaçao) serem defasados. No momento de realizaçao da pesquisa, alguns dos dados oficiais disponíveis estavam bastante defasados.
Para futuros trabalhos e até mesmo continuaçao deste sugere-se abranger na oferta de vagas no mercado de trabalho outras fontes, tais como agéncias de empregos, parques tecnológicos e entidades de classe. Também, recomenda-se que seja obtido um contato mais profundo com as instituiçoes de ensino, bem como incorporar outros cursos da área no trabalho.
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(artigo submetido em abril de 2012)
Claudio Sonáglio Albano
Doutorando em Administração da FEA-USP e
Professor da Universidade Federal do Pampa
Alexandre Lazaretti Zanatta
Mestre em Administração pela UFSC e
Professor da Universidade de Passo Fundo
Fabiane Tubino Garcia
Mestre em Engenharia da Produçao pela Universidade Federal de Santa Maria e Professora
substituta da Universidade Federal de Santa Maria
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